Theresa Catharina de Góes Campos

     
 
(...) "O diretor do clássico "O Exorcista" ( The Exorcist, 1973) – única película de terror a ser indicada ao Oscar de melhor filme –, por exemplo, confessa ter feito o filme não para ser uma história "de terror", mas para retratar "o mistério da fé". Mesmo sendo agnóstico, William Friedkin explica que, na trama, "o objetivo do demônio não é a menina, mas o sacerdote que está perdendo a fé". O filme fez tanto sucesso nos Estados Unidos, que chegou mesmo a suscitar vocações para a vida sacerdotal.
Mais recentemente, "O Ritual" ( The Rite, 2011), estrelado por Anthony Hopkins, também está baseado na "crise vocacional" de um diácono que, depois de lidar com o ministério de um padre exorcista, acaba se tornando um católico devoto e fiel. A sua emocionante profissão de fé ao final da história ilustra como o contato com o mal pode conduzir as almas a um encontro com Cristo.(...)"
 
"(...) Algumas coisas, no entanto, ainda estão fora do lugar. O demônio existe, é verdade. As possessões, os rituais de exorcismo, o poder da água benta também são reais. Ao lado disso, porém, existem coisas como "tentação", "pecado" e "inferno" – e essas realidades não só estão vivas e ativas no mundo, como são muito mais graves e têm efeitos muito mais devastadores do que qualquer possessão diabólica. O problema é que ninguém fala sobre elas, nem nos cinemas, nem nos livros da moda e, tragicamente, nem nos púlpitos de nossas igrejas.(...)"
 

Jornalismo com ética e solidariedade.