“Se no mundo objetivo, buscando pisar na Lua conseguimos de fato essa proeza, o que não alcançaríamos pondo a mesma energia em chegar a nós mesmos?” - Jorge Ángel Livraga

  

Os seres humanos diferem-se dos demais seres da Natureza por sua razão e inteligência, que lhe permitem ir além, compreender o universo e perceber o Divino.

Ter ido à Lua é algo fantástico. Poder perceber a imensidão do espaço e do planeta que habitamos é algo extraordinário.

Mas o que aprendemos com isso? O que podemos mudar em nossas vidas sabendo que a Terra, essa que possui milhares de quilômetros, na verdade é um grão de areia, quase que insignificante diante da dimensão de todo o universo?

A terra gira em torno do Sol e em torno de si mesma; isso nos “garante” o dia e a noite, a primavera, o inverno, outono e o verão.... Isso nos garante momentos de ação e de descanso, momentos de plantar e de colher...

Podemos perceber as plantas, os rios, o mar, a terra... todos eles, cada um deles, com suas funções...

Tudo na natureza tem sua função.

E o ser humano, é bom lembrar, faz parte da Natureza!

Não somos um ser isolado ao qual coube usufruir de toda essa beleza.... Cabe a nós a tarefa de construir a nós mesmos.

Platão dizia que todo homem possui dois cavalos, um que lhe puxa para cima, lhe eleva em direção ao Divino, e o outro que caminha para baixo, buscando as paixões... Depende de nós qual cavalo será mais alimentado.

Precisamos parar de simplesmente fazer coisas, mas sim fazê-las com consciência, com sabedoria, de forma que possamos aprender com elas e transpor esse conhecimento para o nosso crescimento enquanto seres humanos.

É essencial o resgaste desses valores!

Se cremos que Deus existe, faremos em nome Dele, faremos para o outro, serviremos a ele e o honraremos...

Em tempos como os atuais, em que a presença de Deus parece cada vez mais distante em nosso dia a dia, o que encontramos?

Parece que fomos vencidos pelos nossos instintos, pelos instintos de sobrevivência; e nessa batalha vale tudo!

As pessoas parecem perder essa consciência do divino, do mistério que está além delas próprias, e transformam a busca da sobrevivência em seu bem e objetivo maior.

E quem vence é o segundo cavalo de Platão, aquele que nos puxa para baixo, para longe de Deus, sendo alimentado pelas paixões e desejos.

Perdemos o homem na Terra!

Mas assim como o dia e a noite, o inverno e o verão, a vida é cíclica, e um novo ciclo há de surgir. Mas cabe ao ser humano fazê-lo renascer.

Primeiro dentro dele mesmo, praticando as virtudes, resgatando valores e propósitos de acordo com aquilo sabemos lá no fundo que é o Bem, que sabemos que é Deus!

  

Adaptado de texto da Nova Acrópole

 

  

Apreciação poética: Prece. Belíssimo poema (ou oração) de Fernando Pessoa, declamado na voz de Maria Bethânia.

Artigo: Por que acreditar na humanidade. ”... E acho incrível que, com poucas horas de diferença, um homem atente contra minhas esperanças e outro as devolva de forma tão honrosa...” Texto da Professora Lúcia Helena Galvão, vale a pena conferir na íntegra.

Filme: O Homem que viu o Infinito. Este filme recria a vida inspiradora do matemático indiano Srinivasa Ramanujan, que, com pouquíssima formação acadêmica, mas com muita fé e genialidade, revolucionou seu campo de estudo. "Uma equação não significa nada para mim a não ser que expresse um pensamento de Deus."- Srinivasa Ramanujan. Disponível na HBO Max. 

Vídeo-palestra: Seja Humano sempre. Neste vídeo inspirador, a Profa. Lúcia Helena Galvão demonstra que ser humano significa ter consciência e responsabilidade por nossas escolhas e ações. Ela explora os principais temas e ideias da filosofia, incluindo a busca pela verdade, a ética, a sabedoria e a conexão com a natureza.

  

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