Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Verde Vago Mundo

Nasci no Verde Vago Mundo
Aprendi cedo que há, nele,
uma grande variedade de verde
Verde água, verde escuro,
Verde claro, verde-amarelo,
Verde transparente.
Verde verde,
Verde belo.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
Para celebrar a semente que arde em luz.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
Para celebrar as fontes murmurantes.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
para celebrar a pele do Pau Mulato.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
Para celebrar o canto do Uirapuru.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
Para celebrar as noites claras de luar.

Sei que vivo entre o céu e a terra.
Para celebrar também as entranhas do nosso país.

A fim de inaugurar, em cada canto
uma escola, um hospital e um celeiro
com fartura, no meu verde vago mundo.
Atrevo-me, agora, a convidar gente para sonhar,
acreditar e inaugurar,
em cada canto, repito, do nosso verde vago mundo,
uma escola,
um hospital e um celeiro com fartura,
presentificando,
atualizando
este sonho do Bernardo Sayão.

Será que existe uma solução para salvar o meu verde vago Mundo?

Maria do Carmo Pereira Coelho
 

Jornalismo com ética e solidariedade.