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Se eu tivesse que ensinar apenas uma única coisa aos meus filhos, seria confiança neles mesmos. Todos os pais devem ensinar seus filhos a acreditarem em suas ideias, projetos e terem orgulho de si.

Todos receberemos críticas e desaprovação em algum momento da vida. O maior problema das pessoas é que não saberem lidar com elas de maneira que nos ajude a melhorar, em vez de destruir nossa autoestima. Isso ocorre porque muitas vezes não fomos ensinados para isso.

Ao receber uma crítica você sente que não ficou à altura da expectativa, o que pode desencadear, em algumas pessoas, risco de rejeição e abandono, causando estresse. Fomos feitos para nos importar com a maneira como o outro nos vê, e não adianta achar que você irá conseguir parar totalmente de se importar com isso.

Nosso senso de identidade é criado a partir das nossas experiências pessoais, a forma como interagimos com os outros e as ideias e percepções das pessoas a nosso respeito. A percepção dos outros influencia nas nossas decisões, no que faremos. Mas isso não deve impedi-lo a fazer algo que realmente seja importante para você.

Quando tentamos não ligar para o que os outros pensam o estímulo é momentâneo, tem um breve impacto. O que devemos ter cuidado é em não querer sempre agradar o outro, passando por cima de si mesmo. Ser gentil, todos devem ser. Isso não tem nada a ver com se colocar em primeiro lugar.

Muitas pessoas falam sim, mesmo querendo dizer não, por medo da desaprovação, de não serem aceitos. E por mais que, às vezes, fique o ressentimento, não consegue mudar. Por isso, coloque na sua cabeça o seguinte: Quando você fala sim para o outro, você fala não para você. Opinião por opinião, escolha sempre a sua.

Por isso, repito, se tivesse que ensinar apenas uma coisa para os meus filhos, seria CONFIANÇA.

Coragem e confiança andam lado a lado

O trabalho da minha vida inteira é baseado em confiança. Eu precisei dela todas as vezes que respirei fundo, com os óculos na minha cara, e tive que enfrentar uma disputa esportiva e meus fantasmas.

Eu ensinei mais de 1000 nadadores, no um a um, olho a olho a confiarem neles, a performarem e manifestarem seus talentos. Eu treinei mais de 1500 estudantes universitários para terem confiança na Hora H e confiarem na sua inteligência e força de trabalho.

Foram 4 anos liderando um time enorme do Instituto Neymar e minha dedicação exclusiva em fazer com que os profissionais desenvolvessem a confiança em si, nas suas competências pedagógicas para projetar a confiança em mais de 5 mil alunos que precisavam deles. São mais de 20 anos trabalhando com direção, velocidade e confiança em todos os meus treinamentos para mais de 50 mil pessoas no Brasil e no mundo.

O maior equívoco das pessoas é acreditar que ter confiança é comodidade. O que significa não sentir medo. Se você pensa assim, sinto lhe dizer, você está errado. Para você construir a confiança é preciso permitir que o medo esteja presente enquanto faz o que é realmente importante.

A única forma de se tornar confiante é estar disposto a ficar sem ela. Quando nos colocamos em situações que nos fazem sentir medo do desconhecido, mesmo assim conseguimos conviver e avançar, isso é a coragem. Primeiro vem a coragem, para depois vir a confiança.

Não estou aqui dizendo para que perca o medo de tudo. Não. O medo é bom, faz com que tenhamos cautela. Mas aceite que é ele quem nos impulsiona a sermos melhores, a avançar naquilo que realmente é importa. Afinal, é o medo de não conseguir nos sustentarmos a nós e nossa família que faz com que trabalhemos por horas.

Como desenvolver a autoconfiança

A confiança é como se fosse uma casa que construímos para morar, e quando nos mudamos, precisamos construir uma nova. É muito importante que a gente sempre se coloque em situações desconfortáveis, para que o medo do desconhecido não cresça cada vez mais.

Construir a autoconfiança é um processo que nem sempre é fácil. Para isso, separei mais algumas dicas:

1. Vulnerabilidade: Esteja disposto a suportar o desconforto de se sentir vulnerável.

2. Autocompaixão: Faça o melhor por você mesmo. Se algo não der certo, apoie-se. Não seja muito crítico.

3. Vergonha: Não tenha vergonha de fracassar. Não desista porque algo deu errado. Só erra quem faz.

4. Medo: Não temos que viver com medo. Ressignifique o medo, não o veja como uma ameaça, mas sim como um desafio que te convida a ser corajoso.

A confiança faz por nós o que pouquíssimas outras coisas são capazes de fazer. Elas tiram todas as nossas ideias do papel e as transformam em algo concreto. Se eu pudesse te ensinar apenas uma coisa na vida, ensinaria a confiar em você e te treinaria para não amarelar na Hora H.

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