Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Mafalda, a pequena filósofa - Nova Acrópole DF
 
De: Nova Acrópole DF
Date: seg., 15 de jan. de 2024 
Subject: #86 - Mafalda, a pequena filósofa
 

 

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.” – José Saramago

 

 O Mundo de Mafalda

Mafalda nasce nos anos 60, em meio ao idealismo da época: “Sejamos realistas, peçamos o impossível”. Do feminismo, dos hippies, da chegada do homem à Lua.

Quino, seu criador, não sente que a tivesse criado, parece-nos que ele a captou de alguma forma. Não sabe por que é mulher, nem porque tem aquela personalidade.

Quino diz que o humor não pode mudar o mundo, tem uma certa verdade, mas entendemos que pode despertar consciências. Nas palavras de HP Blavatsky, o bom-senso e o bom humor são os dois requisitos para percorrer o Caminho.

Por isso agradecemos a Quino pela sua obra.

 

As personagens

As diversas personagens formam uma rede complexa, todos temos um pouco de cada uma delas. Todos temos um pouco do sonhador Filipe, e da futilidade de Susaninha.

– Mafalda

Nasce numa família de classe média argentina. O pai é corretor de seguros. E a mãe é dona-de-casa. Tem um irmão mais novo, Guilherme.

Gosta muito dos Beatles, de ler, ouvir rádio, andar de baloiço, jogar xadrez e brincar de cowboy. Odeia sopa, que perguntem se gosta mais do seu pai ou da sua mãe, a violência e a injustiça. Faz muitas perguntas, questiona tudo e todos. É irônica e contestadora. Não é perfeita, por isso a admiramos, mas procura ser.

Quando crescer quer ser tradutora da ONU. Para quando os embaixadores discutirem, pretende traduzir tudo ao contrário para que se entendam melhor e haja paz de uma vez por todas.

– O Papá e a Mamã

São um típico casal de classe média. Ele trabalha num escritório, e leva uma vida enfadonha e rotineira. É uma das vítimas favoritas das perguntas de Mafalda. Por vezes as suas questões conseguem despertar nele o idealismo adormecido. O seu passatempo são as suas plantas.

– Gui

Guilherme é o irmão mais novo de Mafalda. Conforme vai crescendo torna-se um discípulo da irmã. E ela admira a sua inocência e preocupa-se com ele, enquanto símbolo da geração futura.

– Manelinho

É muito trabalhador, ambicioso e materialista, mas, com um grande coração. Sabe que quando crescer vai ter uma cadeia de supermercados. É admirador de Rockefeller. E odeia os Beatles.

– Susaninha

É fútil, coscuvilheira e egoísta. Tem o futuro totalmente planificado: um casamento magnífico, um marido com uma boa condição econômica e muitos, muitos filhos. Não tem paciência para as reflexões da Mafalda.

– Miguelito

É egocêntrico e sonhador. Preocupa-se só com ele próprio. Pergunta a Mafalda se o mundo já existia antes de ele nascer, quando ela diz que sim, não compreende, acha um desperdício. Quer ser grande.

– Burocracia

É a tartaruga de estimação de Mafalda. É muito lenta.

Analisemos agora, brevemente, alguns aspectos focados repetidamente ao longo da obra:

 

A Primavera

A Primavera é vista como a esperança do futuro. De coisas novas, que podem nascer. Que a guerra pode terminar, pode haver paz e justiça para todos. Essa ideia volta a ser repetida com a chegada do Ano Novo.

O Mundo

É o companheiro de Mafalda em muitas brincadeiras. Ela cuida dele quando está doente, fala muito com ele, e pede-lhe para ter paciência com os humanos, pois somos muito irresponsáveis. Simboliza, numa chave, que o Mundo é de todos, e como tal, somos responsáveis pelo que lhe acontece. 

 Ana Margarida Mourão

 

 

 

Livro: Mafalda, todas as tiras. Poucos personagens conservam plena força cinquenta anos depois de ter nascido no papel. Mafalda é universalmente um deles. Nesta publicação em comemoração ao seu meio século de existência, o leitor poderá deliciar-se com todas as tiras protagonizadas por Mafalda e sua turma de amigos.

Artigo: Mafalda e a luta contra a injustiça. ”... Mafalda recusa o mundo, tal como ele é, e diz-nos que se os homens, ou os adultos, quisessem, a vida na Terra poderia ser feliz e fraterna, em toda a parte. Apela-nos à reflexão e ao despertar da consciência. Astuta, impertinente, contestatária, defensora do planeta, rebelde, perspicaz e corajosa, representa todo o ser humano, com as suas virtudes e defeitos, mas que busca ser melhor...” Vale a pena conferir na íntegra.

Tirinha: Mafalda e seu inquilino interior. E nós, temos escutado o nosso inquilino? O que nossa personagem está retratando é o que inúmeras tradições chamam de alma ou Eu Maior. Esse habitante que nos mostra o melhor caminho a ser trilhado.

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