Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Uma estrela - Nova Acrópole DF

De: Nova Acrópole DF 
Date: seg., 29 de jan. de 2024 
Subject: #88 - Uma estrela
 

"Pense na beleza da vida. Observe as estrelas e veja-se correndo com elas” – Marco Aurélio

 

 

Hoje vi uma estrela...

Eu pude vê-la com outras estrelas que Deus colocou nos seres humanos: os olhos. E assim, entre meus olhos e a estrela do céu se estabeleceu uma estranha relação de simpatia.

Subitamente apareceram em minha mente todos os extensos ensinamentos sobre os sóis que brilham no firmamento; sobre os anos-luz de distância que separam um astro de outro; sobre a matéria inconcebível que conforma esses mundos espaciais, e a estrela que vi cobriu a nova dimensão da Beleza. Sua mensagem já não foi o simples feito matemático de sua existência dentro do magno universo.

Recordei que desde épocas remotas, as estrelas foram associadas ao destino das pessoas e de suas realizações principais. Soube por que os seres humanos buscaram nas estrelas o resultado de suas vidas.

Umas estrelas se abrem à vida com renovado fulgor; outras se ofuscam e caem lentamente. Prazer e dor, felicidade e tristeza... a roda eterna do existir também se reflete nas estrelas.

É certo que quando vi minha estrela coloquei toda minha alma para vê-la mais reluzente que nenhuma outra, pedindo-lhe que seu brilho demarcasse momentos triunfantes. E também é certo que, apesar de tudo, a estrela perdia luz por instantes, parecendo que, ao contrário de meu interno sentir, podia apagar-se a qualquer momento.

O que é uma estrela que se apaga? É um ciclo que acaba, que ela resume em sua própria vida? É ruim, por acaso, que uma estrela se apague? É ruim que aquilo que tem vivido se dissolva lentamente no espaço, deixando rastros brilhantes?

Se a estrela tem vivido, se tem recolhido em seu espelho de luz momentos gloriosos, se tem cumprido com seu destino, o fim é o digno fechamento de um não menos digno existir. Há na morte de uma estrela, há no escuro vazio que ela deixa, um mistério mais profundo que a mesma vida.

O que é uma estrela que nasce? É um raio que abre passo no cosmos. É um velho ser que, sob nova luminosidade, começa outra vez seu destino ante os olhos visíveis. Ela tem uma nova missão que cumprir e novos seres humanos aos que alentar no caminho da vida que, ao final e ao cabo, é a mesma Vida para estrelas que para homens.

Ali é onde se produz a comunhão: brilha a estrela do destino, brilham os olhos que a veem, e surge um mágico compromisso. Enquanto dure a estrela durará o juramento; enquanto haja luz, haverá força; enquanto ela palpite no céu, haverá vida no coração; enquanto ela percorra caminhos siderais, nós traçaremos sulcos na terra.

E quando ela acabe, quando sua luz se esconda detrás do manto do Silêncio, nossos olhos, acostumados a segui-la, se fecharão simultaneamente para buscá-la por mundos insondáveis, e para regressar em prol de novos ideais com seu inalterável guia.

Hoje vi uma estrela... Será que voltarei a vê-la?

 

Adaptado de Delia Steinberg Guzmán no livro “Hoje vi”

 

 

 

 

 

Livro: Filosofia para viver. Delia Steinberg Guzmán. Este livro alcança, com objetividade e profundidade, a arte de transmitir o vislumbre da filosofia como a atitude mais natural de um ser humano. Faz vibrar em cada um a vontade de descobrir o melhor de si, de conviver com o outro, com a Natureza a partir da compreensão de suas Leis, de poder unir-se aos demais para construir um futuro novo e melhor.

Filme: Estrelas além do tempo. 2016. Uma história verídica, incrível e inspiradora, sobre três mulheres da Nasa que foram fundamentais em uma das maiores operações da história: o lançamento do astronauta John Glenn em óbita. Disponível no Disney+

Vídeo-palestra: Para estar de bem com a vida. Rumi. A professora Lúcia Helena Galvão compilou 21 conselhos muito simples de aplicar (desde que se queira!) para ficar de bem com a vida e consigo mesmo, retirados das mais preciosas tradições da sabedoria universal.

Apreciação artística:  Abertura Romeu e Julieta. Tchaikovsky. Como todos nós, Tchaikovsky  foi um entusiasta da obra de Shakespeare. Escreveu a versão final dessa obra para orquestra em 1880, após ter sofrido uma desilusão com o final de seu curto casamento. O compositor é conhecido pela grande expressividade de sua música que pode ser percebida nessa abertura. Conseguem perceber a expressão de emoções nessa música? Ouça com atenção!

 

  

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