Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Reynaldo Domingos Ferreira: EPIFANIA SOBRE MEDO E VERGONHA   
 

 
De: Reynaldo Ferreira <reydferreira@gmail.com>
Date: sex., 2 de mai. de 2025 
Subject: EPIFANIA SOBRE MEDO E VERGONHA
 
 
EPIFANIA SOBRE MEDO E VERGONHA

 
"Observai, portanto, para que podereis agir, / conforme vosso Deus ordenou: / Não vos desvieis, / nem para a direita, / nem para a esquerda.  /
 Andareis. em todo o caminho / que vosso Deus vos ordenou, / para que vivais, sendo felizes, / na terra que ides dominar "
O Decálogo, de Moisés, 
(Na introdução do Código Deuteronômico, do Antigo Testamento) 

 
Como é triste um país, / que se destaca, entre as mais corruptas nações / e cada dia está pior, / sob o arbítrio / de um  punhado de homens  / alienados, / impiedosos, / tiranos e mentirosos, /  que não sabem / ou fingem não saber / que, para ser bom julgador, precisa antes ser probo, justo, conciliador.

 
Como é triste um país, que aos seus filhos / causa medo e vergonha. / Onde não se respeitam as leis, / ou se delas se servem, / não são devidamente 
aplicadas / para  todos igualmente, / de maneira justa e equânime, / como determinam / os preceitos constitucionais. / Sua justiça criminal, por exemplo, /  
é a oitava mais ineficiente, do mundo ,  / que não acaba com a impunidade, / apesar de o judiciário gastar, por ano, / mais de 130 bilhões de reais 
( 1% do PIB ), / quando os países ricos investem, em média, meio por cento do PIB.

 
Como é triste um país, / que trava uma luta íntima, /  entre o dever, e a omissão, o que o impossibilita  / de livrar seus filhos das mais terríveis privações. / 
Onde o ódio perpassa / uma classe de pessoas / sob a tutela / de um movimento proibicionista, / exasperante, / vizinho da crueldade / que faria enlouquecer 
de indignação /  a qualquer outro tipo de nação / mas a que seus habitantes / só resta aceitar, com espanto, / mas, sempre no silêncio atroz.

 
Como é triste um país /  que se acomoda na passividade / e numa constante fuga às responsabilidades, / onde o inferno todo /  se acrisola  / no frio coração / 
de um bando de pessoas / de togas negras / como fantasmas, / que se dizem defensores / de uma democracia, / absurda, na qual se negam provas / se distorcem fatos / e se trata com negligência / a sua própria história!

 
Como é triste um país, /  que mais parece um maldoso pai / lúgubre e lento em suas decisões / que, a despeito de ter bela e rica natureza, / suas instituições / governamentais, / estão sob domínio eterno do arbítrio, / e da corrupção, / sendo, por isso, opressivas,  / degradantes / só  disseminadoras do pavor!

 
Como é triste um país, / cuja figura, hoje, mais do que ontem / se afigura como uma troca de substância por sua sombra maligna / onde se vive de incerteza, / 
de intolerância, / de impaciência, / de abismos, / de como será o seu amanhã, amanhã e amanhã!,  / como disse Shakespeare, em  " Macbeth " / o tirano 
que acabou, / tendo a cabeça decapitada / e mostrada, na ponta de uma espada, / sob os aplausos de uma multidão de escoceses, / em festa, até alta madrugada!...

 
REYNALDO DOMINGOS FERREIRA
BsB, maio de 20225
ANISTIA, JÁ - ANISTIA, JÁ, ANISTIA, JÁ, ANISTIA, JÁ - ANISTIA, JÁ, ANISTIA, JÁ!...

 
 
 

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