Como é
triste um
país, / que
se destaca,
entre as
mais
corruptas
nações / e
cada dia
está pior, /
sob o
arbítrio /
de um
punhado de
homens /
alienados, /
impiedosos,
/ tiranos e
mentirosos,
/ que não
sabem / ou
fingem não
saber / que,
para ser bom
julgador,
precisa
antes ser
probo,
justo,
conciliador.
Como é
triste um
país, que
aos
seus filhos
/ causa medo
e vergonha.
/ Onde não
se respeitam
as leis, /
ou se delas
se servem, /
não são
devidamente
aplicadas /
para
todos igualmente,
/ de maneira
justa e
equânime, /
como
determinam /
os preceitos
constitucionais.
/ Sua
justiça criminal,
por exemplo,
/
é a oitava
mais
ineficiente,
do mundo ,
/ que não
acaba com a
impunidade,
/ apesar de
o judiciário
gastar, por
ano, / mais
de 130
bilhões de
reais
( 1% do PIB
), / quando
os países
ricos
investem, em
média, meio
por cento do
PIB.
Como é
triste um
país, / que
trava uma
luta íntima,
/ entre o
dever, e a
omissão, o
que o
impossibilita
/ de livrar
seus filhos
das mais
terríveis privações.
/
Onde o ódio
perpassa /
uma classe
de pessoas /
sob a tutela
/ de um
movimento
proibicionista,
/
exasperante,
/ vizinho da
crueldade /
que faria
enlouquecer
de
indignação
/ a
qualquer
outro tipo
de nação /
mas a que
seus
habitantes /
só resta
aceitar, com
espanto, /
mas, sempre
no silêncio
atroz.
Como é
triste um
país / que
se acomoda
na
passividade
/ e numa
constante
fuga às
responsabilidades,
/ onde o
inferno todo
/ se
acrisola /
no frio
coração /
de um bando
de pessoas /
de togas
negras /
como
fantasmas, /
que se dizem
defensores /
de uma
democracia,
/ absurda,
na qual se
negam provas
/ se
distorcem
fatos / e se
trata com
negligência
/ a sua
própria
história!
Como é
triste um
país, / que
mais parece
um maldoso
pai /
lúgubre e
lento em
suas
decisões /
que, a
despeito de
ter bela e
rica
natureza, /
suas
instituições
/
governamentais,
/ estão sob
domínio
eterno do
arbítrio, /
e da
corrupção, /
sendo, por
isso,
opressivas,
/
degradantes
/ só
disseminadoras
do pavor!
Como é
triste um
país, / cuja
figura,
hoje, mais
do que ontem
/ se afigura
como uma
troca de
substância
por sua
sombra
maligna /
onde se vive
de
incerteza,
/
de
intolerância,
/ de
impaciência,
/ de
abismos, /
de como será
o seu
amanhã,
amanhã e
amanhã!, /
como disse
Shakespeare,
em "
Macbeth " /
o tirano
que acabou,
/ tendo a
cabeça
decapitada /
e mostrada,
na ponta
de uma
espada, /
sob os
aplausos de
uma multidão
de
escoceses, /
em festa,
até alta
madrugada!...
REYNALDO
DOMINGOS
FERREIRA
BsB, maio de
20225
ANISTIA, JÁ
- ANISTIA,
JÁ, ANISTIA,
JÁ, ANISTIA,
JÁ -
ANISTIA, JÁ,
ANISTIA,
JÁ!...