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Jurista Ives Gandra da Silva Martins, estudioso
e defensor da Constituição brasileira
#Repost @mdulcesampaio
Um país que arrasta aos tribunais um jurista de
90 anos por estudar a Constituição não é
mais uma democracia. É uma farsa.
Angela Gandra, filha do jurista Ives Gandra da
Silva Martins, expôs nesta quarta-feira, 21 de
maio, o que deveria ser manchete em todos os
jornais,
motivo de revolta nacional e repúdio
internacional:
“Meu pai Ives Gandra teve que defender-se mais
uma vez, sustentando oralmente na OAB, contra a
acusação de incitação a golpe, com 90 anos,
recém-infartado, 66 anos de advocacia, por algo
que escreveu em 1988. A obsessão vai anulando
completamente a consecução da justiça.”
Dr. Ives Gandra, é um dos maiores juristas do
Brasil, professor emérito, membro da Academia
Brasileira de Filosofia, autor de dezenas de
obras, entre elas
a trilogia Conheça a Constituição. Foi
consultor do Congresso, do Executivo e das
Forças Armadas. Ajudou a moldar a
Constituição de 1988, e agora é tratado como
criminoso por interpretá-la.
O processo foi aberto porque a PF encontrou, no
celular de Mauro Cid, arquivos com reflexões
jurídicas de Gandra sobre o artigo 142 da
Constituição.
Um texto legal, discutido em faculdades de
Direito há décadas, virou “prova” de crime. A
ABI - sim, a Associação Brasileira de Imprensa
- move um processo ético vergonhoso para punir
um jurista por fazer o que qualquer livre
pensador deveria ter o direito de fazer:
estudar, escrever, debater.
Ives Gandra sempre deixou claro que a
possibilidade de intervenção militar prevista
no artigo 142 é nula. Ele jamais defendeu
rupturas, mas sempre explicou - como mestre do
Direito - os limites da ordem constitucional.
Mas tudo isso está sendo ignorado pelo tribunal
midiático inquisitório.
Hoje, basta ler a Constituição em voz alta
para ser tratado como criminoso e golpista.
Explicar a lei virou “incitação ao golpe”,
ensinar virou subversão e pensar virou ameaça.
A Justiça foi corrompida a tal ponto que já
não se reconhece nem a si mesma. E os
“jornalistas” - servos submissos do sistema -
aplaudem, como cúmplices de um teatro farsesco.
Estão salvando o quê? Uma democracia que nunca
existiu? ( Karina Michelin)
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