Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 

Nova Acrópole _  A solidão e seu papel

 
De: Nova Acrópole <propaganda@acropolebrasil.com.br>
Date: seg., 4 de ago. de 2025 
Subject: #167 – A solidão e seu papel
To: <
theresa.files@gmail.com>

 

  

  

"O silêncio sussurra ao coração."

Khalil Gibran

 

Faz parte do viver nos sentirmos, com certa frequência,  solitários. No passado, antes do advento da eletrônica, uma pessoa não tinha outro remédio que ficar só nos momentos em que não pudesse ter companhia, e então, sem ninguém mais para conversar, só podia ter a si mesma como companheira: seus pensamentos e sentimentos, suas dúvidas e seus medos, suas certezas e confianças.

Foi ao perscrutar seu interior, buscar em seu íntimo as respostas que lhes faltavam, que os grandes homens da história nos legaram a mais rica herança que poderíamos deles ter. Deram-nos o saber contido em suas obras, as mais belas histórias da literatura universal. Deram-nos também a poesia, a música,  a ciência, a legislação, e tudo mais que constitui nossa cultura e  civilização.

Foi em momentos de solidão e inspiração que nasceram as mais belas composições. Foi também em visionária solidão que surgiram as mais inovadoras descobertas da ciência. E é na solidão, em nosso íntimo, que tomamos as mais importantes decisões de nossas vidas.

Hoje, cercados de aparelhos eletrônicos, de telas e teclados (ou sem teclados), estamos perdendo (ou perdemos) o costume de nos entregar a esses ricos momentos de inspiradora e produtiva solidão. Perdemos a prática de estar sós. E nos lançamos a uma desesperadora busca por estar sempre acompanhados, física ou virtualmente, por um sem fim de “amigos”, por estar sempre “conectados”. Ficamos entretidos com programas de TV, vídeos do YouTube, postagens nas redes sociais ou qualquer outra coisa que nos afaste da terrível solidão.

Muitos desses amigos não atendem exatamente à definição da palavra, sendo, portanto, uma grande perda de tempo o atender às suas demandas. Ao fugir desses importantes momentos (de solidão), jogamos fora muitas oportunidades que a vida nos oferece de encontrarmos respostas.

O Google pode nos trazer muitas respostas, e as redes sociais nos conectam a inúmeras pessoas, e certamente têm o seu valor. Mas quem pode realmente nos levar à compreensão de nós mesmos? De que forma podemos saber se realmente estamos no caminho que devemos estar? Quais devem ser de fato nossas propostas de vida para que possamos ser felizes?

Não faltam exemplos, nas biografias de muitos, de que seu sucesso e  felicidade, em última instância, foram determinados por decisões cruciais, em momentos de grande introspecção e profunda reflexão sobre o que era realmente importante. E não se conseguem essas respostas “fora”. Essas respostas só podem ser encontradas “dentro”, pois não são as mesmas para pessoas diferentes, e somos todos, intimamente, diferentes.

A vida nos dá muitas pistas do que devemos buscar, mas é preciso refletir para compreendê-las; nos oferece muitas oportunidades, mas é necessário buscar no íntimo de nós mesmos o seu significado.

Se prestarmos atenção, veremos que aqueles que melhor souberam conviver com as demais pessoas, que melhor souberam compreender a vida, e a viver com intensidade e respeito por tudo e por todos, foram aqueles que aprenderam a lidar com a solidão, a decifrar seus enigmas, a desvendar os tesouros escondidos que ela guarda e que subjazem dentro de nós mesmos.

 

 

                                                                                                             Jean César Antunes Lima

Texto adaptado

Professor da Nova Acrópole

Goiânia/GO

 

                            

    

 

Vídeo: ENTENDA A DIFERENÇA DA SOLIDÃO E O ISOLAMENTO - LUCIA HELENA GALVÃONeste vídeo profundo e reflexivo, Lúcia Helena Galvão nos convida a ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE SOLIDÃO E ISOLAMENTO, dois estados muitas vezes confundidos, mas com significados e impactos muito distintos em nossas vidas. Através de uma abordagem filosófica e sensível, ela explora como a SOLIDÃO pode ser uma oportunidade de AUTOENCONTRO, enquanto o ISOLAMENTO tende a gerar DESCONEXÃO e SOFRIMENTO.

Vídeo: Amizade Virtual, Solidão real: Neste vídeo, o professor e voluntário da Nova Acrópole de Belém - Pará - GALDINO RIBEIRO nos traz algumas reflexões sobre a Amizade em tempos de Redes Sociais. Apenas para iniciar um diálogo sob o viés filosófico sobre o tema, que é muito extenso. O uso das redes sociais tem mudado significativamente o comportamento das pessoas, de maneira geral e global, e essa mudança ainda está em fase de início de assimilação e compreensão de seu alcance. Vale começar a refletir seriamente sobre isso.

Livro: Nós: O Atlântico em solitário:  Em 2021, em plena pandemia, a navegadora Tamara Klink partiu da França com o objetivo de chegar até a costa brasileira pelo mar. Nessa empreitada ambiciosa, contou apenas com a companhia permanente de seu caderno e do barco, Sardinha. À distância, teve o apoio (e também a preocupação) constante da família, dos amigos, de Henrique ― conselheiro de primeira hora ―, e dos admiradores nas redes sociais, que seguiram a viagem praticamente em tempo real. Em meio a vitórias, fracassos, temores e desvios de percurso, este livro nos convida a embarcar numa jornada corajosa, feita de deslocamentos físicos, mas sobretudo de impressionantes superações psicológicas. Um livro que nos permite observar que as respostas surgem de dentro de nós.

Vídeo: Yo Yo Ma - Bach Six Cello Suites - The Odeon of Herodes Atticus Greek Live: Neste vídeo, Yo Yo Ma iniciou uma turnê musical ao redor do mundo. Ele planejava percorrer 36 cidades em seis continentes para tocar as Seis Suítes para Violoncelo de Bach. O antigo teatro grego, o Odeão de Herodes Ático, em Atenas, foi sua primeira parada. Infelizmente, a pandemia interrompeu a turnê mundial de Yo Yo Ma. A apresentação no Odeão de Herodes Ático grego foi uma das versões mais belas da interpretação de Yo Yo Ma das Seis Suítes de Bach.

 

 

 

 

 

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