Date:
seg., 8 de set. de 2025
Subject: #172 O lugar que só você pode
ocupar.
To: <theresa.files@gmail.com>
“Eu sou apenas um, mas ainda
sou um. Não posso fazer tudo, mas ainda
posso fazer algo; e porque não posso fazer
tudo, não me recusarei a fazer o que posso
fazer.”
Helen Keller
Em meio a tantas vidas, nomes
e histórias que cruzam este exato
espaço-tempo, há algo que nos torna únicos:
o lugar que só cada um de nós pode ocupar.
Parece simples, mas não é. É um paradoxo
belo — somos parte de um todo e, ao mesmo
tempo, absolutamente singulares. Ninguém
pode viver a sua vida por você. Ninguém pode
oferecer à Vida aquilo que só você tem.
É como se estivéssemos todos
em uma grande peça de teatro, apresentada
uma única vez. Cada gesto, cada
fala, cada silêncio importa. E,
quando alguém não ocupa o seu lugar, um
vazio se forma — não como falha, mas como
ausência de algo que tinha potência para
florir e não floriu.
Se cada ser humano ocupa um
único lugar na Vida, não precisamos disputar
pelo mesmo espaço. Manter atenção nesse
aspecto é importante, porque só assim
deixamos de tentar “ser melhor que” para
simplesmente “ser melhor”. Não para sermos
vistos, nem para atender às expectativas
alheias, mas como uma oferenda. Um gesto de
Amor à própria existência.
A Vida, com V
maiúsculo, não exige comparação, exige
presença. Ela
pede que sejamos inteiros, ainda que
imperfeitos. E que façamos o nosso papel com
dignidade, mesmo quando o palco parecer
pequeno ou o cenário escuro demais para nós.
Ser melhor, então, é um
compromisso íntimo com o próprio caminho. É
perguntar-se: em relação a que desejo
crescer? Que valores me sustentam? O que me
inspira? Ao invés de fita métrica, usamos
uma bússola; pois essa nos mostra caminhos,
aquela nos exige medidas. Ao invés de
competir com o outro, cultivamos nossas
potencialidades de acordo com quem somos.
Se pensássemos mais dessa
forma, a empatia, por exemplo, não seria
medida por simpatia ou aparências, pois sua
natureza é silenciosa e profunda. Não se
trata de “fazer com o outro o que eu
gostaria que fizessem comigo”, mas de fazer
o que é bom para o outro, mesmo que seja
diferente do que seria bom para mim. A
verdadeira empatia é reconhecer a bagagem
que cada um carrega dentro de si e acolhê-lo
sem julgamentos e comparações.
A Vida não é sobre vencer
sobre o outro, mas sobre contribuir ao mundo
com a sua existência. Não é sobre se
destacar, mas sobre iluminar junto. E
talvez o maior gesto de coragem seja este:
ocupar com inteireza o lugar que só você
pode habitar — e, assim, permitir que o Todo
brilhe com a tua presença.
Livro: O
Manuscrito de Elif Shafak:Ella
não está nem um pouco feliz com o caminho
que seguiu até agora. Aos quarenta anos, em
um casamento fracassado, está perdida e
frustrada. Mas, ao ser contratada em uma
agência literária, o primeiro manuscrito com
o qual tem contato se torna responsável por
mudar sua vida completamente, levando-a a
embarcar em uma jornada espiritual guiada
por Rumi, um religioso famoso por seus
sermões, e Shams, um dervixe sábio, que
preenchem as páginas do romance de um
misterioso escritor. Neste livro é possível
observar como a descoberta do nosso lugar no
mundo é um processo que abrange desde as
pessoas com as vidas aparentemente mais
simples como Ella, uma dona de casa, quanto
com grandes personalidades, como Rumi.
Filme: Soul
| Trailer Oficial Dublado | Disney+:Você
já se perguntou de onde vêm sua paixão, seus
sonhos e seus interesses? O que é que faz de
você... VOCÊ? Uma animação da Pixar que
aborda de forma profunda e divertida o
propósito da vida e a descoberta de nossa
"faísca" interior. Um músico frustrado de
jazz, Joe Gardner, tem uma experiência de
quase morte e acaba no "Além da Vida", onde
precisa ajudar uma alma jovem a encontrar
sua paixão antes de poder retornar à Terra.
É uma reflexão sobre o que realmente nos
move e dá sentido à nossa existência.
Dirigido por Pete Docter e produzido por
Dana Murray, o filme está disponível no
Disney+.
Música: Christopher
Tin: Live at Llangollen - Calling All Dawns
(Full Album):Neste
vídeo vemos Christopher Tin reger uma
apresentação de seu ciclo de canções
vencedor do Grammy, 'Calling All Dawns', com
a Orquestra da Ópera Nacional de Gales e o
Coral Celebração, no 70º Festival Musical
Internacional Llangollen, País de Gales, em
5 de julho de 2017.
Contando com a soprano galesa
Elin Manahan Thomas, a fadista portuguesa
Nathalie Pires, o cantor Joel Virgel,
nascido em Guadalupe, a cantora mongol
Nominjin, o tenor indiano-australiano Shanul
Sharma, e os artistas maoris Lewis Whaitiri
e David Jones. Também apresentando as forças
vocais combinadas do Coral Celebração de
Gales, do Coral Ching-Yun de Taiwan, do
Coral Jovem KZN da África do Sul, e do
Capital City Girls e Aeolians dos EUA.
Neste tipo de performance é
possível observarmos com clareza a
importância de cada um no desenvolvimento de
seu papel que é único e essencial para o
funcionamento tanto no âmbito técnico como
na geração de beleza. Não bastasse toda a
questão da performance musical, esta
apresentação abrange canções de diferentes
lugares do mundo, demonstrando mais uma vez
que há diferentes maneiras de se contribuir
para o mundo e que cada um carrega sua luz.
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