“A vida
sem a música é simplesmente um erro, uma
tarefa cansativa, um exílio”
Friedrich Wilhelm Nietzsche
Hoje vi a Música... Sei que
em rigor deveria dizer que "hoje ouvi a
Música", porém
também é verdade que em algumas
oportunidades, conseguimos certas formas de
visão que vão muito além do que os olhos
possam captar.
Por isso, depois de tanto
tempo considerando-a minha fiel companheira,
depois de tanto tempo vivendo próxima à ela
e desfrutar de sua maravilha, acredito que
hoje tenho conseguido "vê-la".
É fácil na juventude
deixar-se arrebatar pelos sentimentos que
despertam a música; é fácil deixar-se levar,
voar por quem sabe que mundos exóticos; é
fácil deixar que os sorrisos ou as lágrimas
fluam quase sem motivo aparente, nada mais
que ao toque dos sentidos. Porém, falta ter
vivido uns anos mais para não conformar-se
com o simples fenômeno da emoção. Então, ao
cabo do tempo, surgem as perguntas
profundas, as que vêem da mesma raiz
interna, ali onde dorme o verdadeiro Homem,
que poucas vezes atreve-se mostrar-se em
nós. Então, ao cabo do tempo, essa Música
que antes resumia-se em múltiplas sensações,
agora volta-se uma realidade e uma resposta.
Hoje vi, como em uma chispa,
que ainda detrás dos ruídos ensurdecedores
da cidade, segue havendo música. Hoje
vi que tudo vibra em sons nem sempre
compreensíveis para nossos ouvidos. Hoje
vi que não é bom deter-se nas aparências dos
cárceres cotidianos, senão que para chegar
ao coração da Música, há que buscar sempre
um pouco mais além, um pouco mais
profundamente. E este coração da Música é a
harmonia com que tudo se manifesta.
Quando, por breves instantes,
conseguimos escapar-nos da rotina material
do viver com minúsculo, se abrem nossos
olhos ante imensidão a do Universo que
sabemos incompreensível, porém, que sem
dúvida, não sentimos alheio a nossa condição
de humanos. O que é então, que nos chama
atenção primeiro? A ordem, a harmonia
inquebrantável que tudo se desenvolve, os
ritmos incansáveis com que os com ciclos
voltam a aparecer uma e outra vez... Isso é
Música. Assim, tomam novo valor as palavras
dos velhos filósofos que nos explicavam
aquilo da "harmonia das esferas". Assim,
entendemos que, efetivamente, detrás de
nossos ruídos, existem sons belos e
acorrentados que vão atando sutilmente as
formas universais da vida. Assim, entendemos
que a Música que chega a nossos ouvidos é
apenas uma sombra - e nem por isso menos
bela ante nossos imperfeitos sentidos -
daquela outra Música Cósmica que,
provavelmente, ressoará cadenciosa e
infinitamente no Espaço.
Por isso, hoje vi a Música e
entendi seu grande segredo. Ela não
é obra nem criação dos humanos ou, pelo
menos, não é fruto dos humanos enceguecidos
e acorrentados à matéria... Ela vem de
distantes regiões e se deixa apanhar pelos
gênios que, em seus lapsos de inspiração,
podem ascender às esferas da Harmonia. Estes
são os homens felizes - verdadeiramente
felizes? - que podem viver o fenômeno de
elevar-se até esse mundo superior e
transcrever, com o desespero da pressa, umas
notas em suas páginas, ou uns acordes em
instrumentos, que deverão resumir o que eles
perceberam tão esclarecedoramente.
E a nós, resta-nos o ouvir ou
o ver... o abrir essa porta mágica que
alguma vez foi secreta e hoje mostra-nos o
caminho da Música. Os sons não
morrem no ar, não desvanecem no tempo; basta
querer ver para observá-los dançando no
espaço, repetindo-se milhões de vezes na
memória. É a harmonia que clama por
seus ancestrais; é a Música que apresenta-se
ante nós.
Queres vê-la também? Há
muitos autores que a tem escrito... Há
muitos homens que expressaram sua Verdade
através da Beleza do som. E
é certo que se deixássemos penetrar essa
Harmonia no mais profundo de nosso ser,
muitas angústias seriam varridas como por
arte de magia: o ritmo universal terá
colocado ordem em nosso microuniverso que
chamamos "homem".
Livro:Beethoven:
Ode à Alegria (Comentários sobre o
simbolismo em grandes obras):No
livro "Beethoven: Ode à Alegria", a autora
Eloiza Limeira oferece uma perspectiva
filosófica sobre a vida e obra de Ludwig van
Beethoven, compositor considerado um dos
maiores gênios da humanidade. Indo além das
notas musicais, Eloiza Limeira explora os
pensamentos, emoções e complexidades que
definiram o homem por trás da música. A obra
proporciona uma caminhada enriquecedora,
repleta de ensinamentos e reflexões sobre a
vida, em uma experiência inspiradora para o
leitor. O livro "Beethoven: Ode à Alegria"
faz parte da coleção "Comentários sobre o
Simbolismo em Grandes Obras".
Livro: Simbolismos
em A Flauta Mágica, de Mozart (Comentários
sobre o simbolismo em grandes obras):"Simbolismos
em A Flauta Mágica, de Mozart" é um livro
escrito pela renomada professora e filósofa
Lúcia Helena Galvão, da Nova Acrópole. Neste
livro, a autora tece importantes comentários
sobre os símbolos presentes na famosa ópera
"A Flauta Mágica", de Wolfgang Amadeus
Mozart, tão rica em elementos de diferentes
tradições. "Simbolismos em A Flauta Mágica,
de Mozart" faz parte da coleção "Comentários
sobre o simbolismo em grandes obras", e
certamente é uma leitura recomendada para
todos os interessados em simbolismo e artes.
Música: Orquestra
do programa MÚSICA PARA O BEM:Sob
a direção do Maestro Ricardo Sousa-Castro,
podemos apreciar um pouquinho da orquestra
do Programa Criança para o Bem, promovido
pelos voluntários da Assistência Social de
Nova Acrópole, que presta serviços
socioeducativos e na área médica, de forma
sistemática e gratuita, a crianças de 4 a 16
anos em situação de vulnerabilidade social,
residentes no Varjão, Paranoá e Itapoã em
Brasília -DF.
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