Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Nova  Acrópole: Hoje Vi a Música
 

De: Nova Acrópole 
<propaganda@acropolebrasil.com.br>
Date: seg., 6 de out. de 2025 
Subject: #176 Hoje Vi a Música
To: <
theresa.files@gmail.com>
 
 

 

  

  

“A vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio” 

 Friedrich Wilhelm Nietzsche

 

Hoje vi a Música... Sei que em rigor deveria dizer que "hoje ouvi a Música", porém também é verdade que em algumas oportunidades, conseguimos certas formas de visão que vão muito além do que os olhos possam captar.

Por isso, depois de tanto tempo considerando-a minha fiel companheira, depois de tanto tempo vivendo próxima à ela e desfrutar de sua maravilha, acredito que hoje tenho conseguido "vê-la".

É fácil na juventude deixar-se arrebatar pelos sentimentos que despertam a música; é fácil deixar-se levar, voar por quem sabe que mundos exóticos; é fácil deixar que os sorrisos ou as lágrimas fluam quase sem motivo aparente, nada mais que ao toque dos sentidos. Porém, falta ter vivido uns anos mais para não conformar-se com o simples fenômeno da emoção. Então, ao cabo do tempo, surgem as perguntas profundas, as que vêem da mesma raiz interna, ali onde dorme o verdadeiro Homem, que poucas vezes atreve-se mostrar-se em nós. Então, ao cabo do tempo, essa Música que antes resumia-se em múltiplas sensações, agora volta-se uma realidade e uma resposta.

Hoje vi, como em uma chispa, que ainda detrás dos ruídos ensurdecedores da cidade, segue havendo música. Hoje vi que tudo vibra em sons nem sempre compreensíveis para nossos ouvidos. Hoje vi que não é bom deter-se nas aparências dos cárceres cotidianos, senão que para chegar ao coração da Música, há que buscar sempre um pouco mais além, um pouco mais profundamente. E este coração da Música é a harmonia com que tudo se manifesta.

Quando, por breves instantes, conseguimos escapar-nos da rotina material do viver com minúsculo, se abrem nossos olhos ante imensidão a do Universo que sabemos incompreensível, porém, que sem dúvida, não sentimos alheio a nossa condição de humanos. O que é então, que nos chama atenção primeiro? A ordem, a harmonia inquebrantável que tudo se desenvolve, os ritmos incansáveis com que os com ciclos voltam a aparecer uma e outra vez... Isso é Música. Assim, tomam novo valor as palavras dos velhos filósofos que nos explicavam aquilo da "harmonia das esferas". Assim, entendemos que, efetivamente, detrás de nossos ruídos, existem sons belos e acorrentados que vão atando sutilmente as formas universais da vida. Assim, entendemos que a Música que chega a nossos ouvidos é apenas uma sombra - e nem por isso menos bela ante nossos imperfeitos sentidos - daquela outra Música Cósmica que, provavelmente, ressoará cadenciosa e infinitamente no Espaço.

Por isso, hoje vi a Música e entendi seu grande segredo. Ela não é obra nem criação dos humanos ou, pelo menos, não é fruto dos humanos enceguecidos e acorrentados à matéria... Ela vem de distantes regiões e se deixa apanhar pelos gênios que, em seus lapsos de inspiração, podem ascender às esferas da Harmonia. Estes são os homens felizes - verdadeiramente felizes? - que podem viver o fenômeno de elevar-se até esse mundo superior e transcrever, com o desespero da pressa, umas notas em suas páginas, ou uns acordes em instrumentos, que deverão resumir o que eles perceberam tão esclarecedoramente.

E a nós, resta-nos o ouvir ou o ver... o abrir essa porta mágica que alguma vez foi secreta e hoje mostra-nos o caminho da Música. Os sons não morrem no ar, não desvanecem no tempo; basta querer ver para observá-los dançando no espaço, repetindo-se milhões de vezes na memória. É a harmonia que clama por seus ancestrais; é a Música que apresenta-se ante nós.

Queres vê-la também? Há muitos autores que a tem escrito... Há muitos homens que expressaram sua Verdade através da Beleza do som. E é certo que se deixássemos penetrar essa Harmonia no mais profundo de nosso ser, muitas angústias seriam varridas como por arte de magia: o ritmo universal terá colocado ordem em nosso microuniverso que chamamos "homem".

   Delia Steinberg Guzmán

                            

   

 

Vídeo: A MÚSICA SENSIBILIZA OS OUVIDOS DOS SERES HUMANOS - Prof. Lúcia Helena de Nova Acrópole: Neste vídeo, a professora Lúcia Helena Galvão, em poucos minutos, traz profundas reflexões sobre o poder da música para os seres humanos.

Livro: Beethoven: Ode à Alegria (Comentários sobre o simbolismo em grandes obras): No livro "Beethoven: Ode à Alegria", a autora Eloiza Limeira oferece uma perspectiva filosófica sobre a vida e obra de Ludwig van Beethoven, compositor considerado um dos maiores gênios da humanidade. Indo além das notas musicais, Eloiza Limeira explora os pensamentos, emoções e complexidades que definiram o homem por trás da música. A obra proporciona uma caminhada enriquecedora, repleta de ensinamentos e reflexões sobre a vida, em uma experiência inspiradora para o leitor. O livro "Beethoven: Ode à Alegria" faz parte da coleção "Comentários sobre o Simbolismo em Grandes Obras".

Livro: Simbolismos em A Flauta Mágica, de Mozart (Comentários sobre o simbolismo em grandes obras): "Simbolismos em A Flauta Mágica, de Mozart" é um livro escrito pela renomada professora e filósofa Lúcia Helena Galvão, da Nova Acrópole. Neste livro, a autora tece importantes comentários sobre os símbolos presentes na famosa ópera "A Flauta Mágica", de Wolfgang Amadeus Mozart, tão rica em elementos de diferentes tradições. "Simbolismos em A Flauta Mágica, de Mozart" faz parte da coleção "Comentários sobre o simbolismo em grandes obras", e certamente é uma leitura recomendada para todos os interessados em simbolismo e artes.

Música: A Flauta Mágica - Mozart (VII Festival Fábrica de Óperas - Elenco Wolfgang): Sob a direção do Maestro Abel Rocha, neste vídeo é possível apreciar a ópera de Mozart, apresentada em 2016 pelo Instituto de Artes da UNESP.

Música: Orquestra do programa MÚSICA PARA O BEM: Sob a direção do Maestro Ricardo Sousa-Castro, podemos apreciar um pouquinho da orquestra do Programa Criança para o Bem, promovido pelos voluntários da Assistência Social de Nova Acrópole, que presta serviços socioeducativos e na área médica, de forma sistemática e gratuita, a crianças de 4 a 16 anos em situação de vulnerabilidade social, residentes no Varjão, Paranoá e Itapoã em Brasília -DF.

  

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