Sou uma
mãe,
cristã,
cidadã
brasileira,
filha
desta
terra
linda e
ferida,
cansada
da
violência
que nos
rouba o
sono e o
sorriso
— e, ao
mesmo
tempo,
cheia de
misericórdia
por quem
nunca
experimentou
o amor
de
Deus.
Eu, como
você que
está
acompanhando
as
notícias
do Rio,
como
cidadã
movida
de
misericórdia
por quem
não
conheceu
o amor
de Deus,
vejo
mães com
medo,
jovens
perdidos,
trabalhadores
exaustos…
e lembro
com
Santo
Agostinho
que nos
deixou
este
ensinamento:
A paz é
a
tranquilidade
da
ordem:
sem
ordem, o
medo
governa;
com
ordem
justa, o
coração
respira;
E, com São
Tomás de
Aquino,
reconheço
que a
justiça
é parte
da
caridade —
proteger
o
inocente
é amar
de
verdade,
punir o
mal é
restaurar
a ordem
que o
próprio
Deus
instituiu;
a
própria
Escritura
é
clara:
“A
autoridade
não traz
a espada
em
vão” (Rm
13,4)
O
cristão
não é
chamado
à
covardia,
mas à coragem
moral.
Eu,
Glauciane,
convido
você a
refletir
comigo:
onde
precisamos
de
coragem
hoje —
nas
ruas,
nas
instituições, dentro
de nós?
Que
passo
concreto
podemos
dar, sem
ódio e
com
firmeza,
para que
a ordem
justa
volte a
respirar
em
nossas
cidades?
Digo
isso com
o
coração
apertado:
quando a
polícia
enfrenta
criminosos,
eu não
comemoro
a morte
— eu
suspiro
pela
vitória
da ordem
sobre o
caos.
Porque
amar o
bem é
odiar o
que o
destrói.
Cristo,
que
perdoou,
também
empunhou
o
chicote
ao
purificar
o
Templo.
O amor
autêntico
não é
neutro
diante
do mal.
Quero um
Rio onde
as
crianças
possam
brincar
na
calçada,
onde os
pais
voltem
para
casa em
paz,
onde o
trabalho
honesto
seja
mais
forte
que o
tráfico
e o
vício.
Quero
também
um Rio
onde o
pecador
encontre
caminho
de
volta,
porque
ninguém
nasce
para a
escuridão:
muita
gente se
perdeu
porque
nunca
foi
alcançada
por um
amor que
salva e
dá
sentido.
O Rio
possui
um dos
maiores
símbolos
do
mundo: o Cristo
Redentor, que
olha
esta
cidade
do alto
— posso
imaginar
como
chora o
Cristo
ao ver
seus
filhos
se
perdendo,
como
sofre o
coração
de Deus
diante
de um
Rio em
chamas e
marcado
por
sangue;

Assim,
meus
amigos, defender
o Cristo
Redentor —
como
santuário,
não como
ponto
turístico —
é
lembrar
que esta
cidade
tem um
horizonte
mais
alto que
a
montanha:
…fomos
feitos
por Deus
e para
Deus, e
a
dignidade
humana é
sagrada;
Sem esse
norte,
tudo se
relativiza
— a vida
vira
estatística,
a
violência
vira
rotina,
a
esperança
murcha.
Com
‘Ele, a
verdade
nos pede
conversão
concreta:
menos
omissão,
mais
serviço;
menos
discurso,
mais
firmeza
moral;
menos
cinismo,
mais
responsabilidade
com os
fracos;
paz não
é
passividade,
paz é
fruto da
verdade
e da
justiça.
Quero
saber de
você.
O que
mais tem
ferido o
seu
coração
quando
pensa no
Rio?
Você já
sentiu
medo de
voltar
para
casa,
seja no
Rio ou
em
qualquer
parte do
Brasil?
Como
isso
mudou
sua
rotina?
Na sua
opinião,
onde
falta
coragem
moral —
nas
ruas,
nas
instituições,
em nós?
O que
você
acha que
cada um
de nós
pode
começar
a fazer
hoje, de
modo
simples
e real,
para que
a ordem
e a
misericórdia
caminhem
juntas?
Convido
você,
hoje, a
elevar
sua
oração
pela paz
mundial:
que Cristo,
Príncipe
da Paz, acalme
corações,
converta
violências
em
reconciliação
e
inspire
líderes
e povos
a
buscarem
a
justiça
que gera
verdadeira
paz, com
políticas
públicas
eficazes.
Onde
você
estiver,
ofereça
um
minuto
de
silêncio
e um
pedido
sincero
— que
nossas
pequenas
orações,
unidas,
se
tornem
um
grande
rio de
paz para
o mundo.