Theresa Catharina de Góes Campos

 

Boletim da Fenaj - 31 de julho de 2006
Federação Nacional dos Jornalistas
www.fenaj.org.br

 
 
 
Artigo 2 31/07/2006 | 18:59
Pela liberdade de expressão
 
* Augusto Brandão

O Jornalismo busca a verdade do fato e a transparência da informação, no contexto social da notícia, desde que do interesse da empresa e da população.

O Assessor de Comunicação procura a verdade do fato e a transparência da informação, no contexto social da noticia, desde que sejam do interesse da empresa e da população. Isto é o fato. Isto é a verdade. Isto é a realidade.

Tanto no caso do Jornalismo, exercido na redação, quanto o jornalismo, praticada na Assessoria de Comunicação, existem interesses convergentes e divergentes. Há, sem dúvida, interesses em jogo que pesam, antes de ser divulgados.

Não é verdadeiro o jornalista, da redação, afirmar que publica tudo que chega às suas mãos, como também não é possível o jornalista, trabalhando como assessor de comunicação, tornar público os dados que são enviados à assessoria. Ambos – saliente-se - têm responsabilidades institucional e profissional, fato esse que os leva a pensar, duas vezes, antes da divulgação de qualquer assunto.

Acrescente-se que o compromisso dos dois deve ser somente com a verdade dos fatos, a transparência, a justiça, a democracia, a liberdade, a responsabilidade social. Mas, como tudo na vida, a divulgação tem seus limites que, apenas, o tempo e a racionalidade podem explicar.

No dia em que o jornalista, na qualidade de assessor de Comunicação, perder o senso crítico de repórter, ele, fatalmente, deixará de ser jornalista-assessor, para transforma-se em mero burocrata, ou seja, divulgador de qualquer assunto.

Reconheça-se ser o campo do jornalista, de redação, amplo e aberto. Já o do jornalista-assessor, restrito, fechado. Esclareça-se, aqui, que o caminho é o mesmo, as dificuldades também e os conflitos “idem”.

A Medicina, a Advocacia, a Engenharia e outras Ciências têm vários ramos de atividade. Assim, é a Comunicação Social, exercida pelo jornalista, de redação, e pelo jornalista que trabalha em assessoria de comunicação. A bem da verdade, ambos fazem jornalismo, dentro dos seus limites e das respectivas áreas, tendo como matéria-prima informações diversas, em formato e linguagem apropriada de acordo com o veículo específico de comunicação de massa, como a notícia, a reportagem, o editorial, o artigo, o release.

O preconceito e a discriminação, no relacionamento entre as redações e assessoria de comunicação vêm desde o surgimento das assessorias e da forma como elas foram criadas. Isto, gente, foi passado! Na atualidade, o contexto é outro ! A realidade é bem diferente! É cada um na sua arena com o mesmo ideal : a verdade da informação, se bem que a verdade tem lá suas conveniências e a informação, seus interesses.

Importante destacar que a Ordem dos Advogado do Brasil – OAB - passou 89 anos, para ser criada, tendo enfrentado inúmeros e idênticos obstáculos. A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ – também, acredito, piamente, sairá vencedora nesta luta pela liberdade de pensamento, pela liberdade de expressão, pela dignidade da imprensa, pelo pleno funcionamento da democracia, pela justiça social, pela pregação da igualdade entre os povos, pela paz entre os homens, pela preservação da natureza, pela criação do Conselho Federal de Jornalismo - CFJ.

* Jornalista e Assessor de Comunicação

 
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