Theresa Catharina de Góes Campos

  Data: Tue, 25 Jul 2006 11:39:38 -0300
De: "Adelaide Oliveira - Embracine Entretenimento S.A."
Para:
theresa.files@gmail.com<;>
Assunto: Cabine de imprensa na Embracine


Prezada jornalista,
Convidamos você para a cabine de imprensa do filme O ÚLTIMO MITTERRAND, de Robert Guédiguian, a se realizar nesta quarta-feira, 26 de julho, às 10h30, nos Cinemas Embracine CasaPark.

Sinopse Curta: Um fascinante filme sobre os últimos meses da vida de Mitterrand (Michel Bouquet), presidente da França 1981-95, e sua relação com um jovem, Antoine Moreau (Jalil Lespert), que foi contratado para escrever a sua biografia.

Confira em anexo outras informações sobre o filme.

Aguardamos você,
Adelaide Oliveira
Cinemas Embracine

Apresenta

 O Último Mitterrand

Título: O Último Mitterrand

Título original: The Late Mitterrand // Le Promeneur du champ de Mars // Le Dernier Mitterrand

(França, 2005, 116min. / 117min. França).

Diretor: Robert Guédiguian

Data de lançamento: SP: dez/2005 /  RJ: mar/2006

Sinopse Curta: Um fascinante filme sobre os últimos meses da vida de (Michel Bouquet), presidente da França 1981-95, e sua relação com um jovem, Antoine Moreau (Jalil Lespert), que foi contratado para escrever a sua biografia.

Sinopse: O filme dramatiza os últimos dias de uma liderança política e uma vida privada: de François Mitterrand.

Conforme o presidente se envolve em sua batalha final contra a doença, um dedicado jovem jornalista tenta extrair dele algumas lições universais sobre política e história, amor e literatura... certezas sobre a vida.

Mas o velho mal tem algo a oferecer por ele, este é o momento quando o tempo – passado, presente e futuro – se combinam; tempo quando somente dúvidas permanecem, quando todos os homens são iguais: o momento da proximidade da morte.

FICHA TÉCNICA

Diretor                                      Robert GUEDIGUIAN

Baseado no livro “Le dernier Mitterrand” de Georges-Marc BENAMOU

Roteiristas                                  Gilles TAURAND and Georges-Marc BENAMOU

Diretor de fotografia                     Renato BERTA

Assistente de direção                   Carole GUENOT

Editor                                        Bernard SASIA

Cenários                                    Michel VANDESTIEN

Som                                         Laurent LAFRAN

Produtores executivos                  Frank LE WITA - Marc     CBAYSER - Robert GUEDIGUIAN

Produtor                                    Frank LE WITA

Uma co-produção                        FILM OBLIGE, AGAT FILMS & Cie, ARTE FRANCE CINEMA

ELENCO

Michel BOUQUET               O Presidente

Jalil LESPERT                     Antoine Moreau

Philippe FRETUN                Dr. Jeantot

Anne CANTINEAU              Jeanne

Sarah GRAPPIN                 Judith

Catherine SALVIAT             Mado

Jean-Claude FRISSUNG       René

Philippe LEMERCIER            Fleury, o guarda-costas

Serge KRIBUS                   Riou, o motorista

Jean-Claude BOURBAULT    O livreiro

Grégoire OESTERMANN       Garland

Philippe LEHEMBRE             Chazelles

Istvan VAN HEUVERZWYN Deletraz

Rémy DARCY                             Ladrière

Béatrice BRUNO                Thérèse Manicourt

Convidadas especiais: Geneviève CASILE and Gisèle CASADESUS

Site oficial: http://www.lepromeneurduchampdemars.com/

Premiações: Indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Algumas palavras…

François Mitterrand incorporou a possibilidade de socialismo na França ao mesmo tempo em que o socialismo entrava em colapso pelo mundo. Independentemente do que tencionasse ou não – quaisquer que fossem os papéis da convicção e da ambição pessoal como parte de seu destino – Mitterrand fez o sonho socialista ser digno de crédito por uma década.

Eu vivi ao longo dessa década obstinadamente.

Para levantar hoje novamente a questão de uma alternativa ao capitalismo globalizado através de um personagem histórico embora me pareça perfeito para continuar com o compromisso político de esquerda que tem acompanhado o meu trabalho até agora, que é, usar o cinema para lidar com os problemas de nossos tempos.

O ÚLTIMO MITTERAND é um filme de ficção livremente baseado no livro de Georges-Marc Benamou’s: LE DERNIER MITTERRAND.

O livro trouxe forma artística à estória por sua construção e interpretação dos fatos relatados.

Também, permitiu-me desenvolver livremente o personagem do jovem jornalista, com quem eu pude me identificar em oposição a um personagem com mais restrições por definição por serem fatos históricos. Mais do que tudo, o livro continha o sentido de “urgência” imposto pela doença e pela iminência da morte.

O ÚLTIMO MITTERRAND é inteiramente contido na conversa-relacionamento entre este jovem buscando as suas certezas e este velho cheio de terror diante de sua própria morte.

Além disso, eu flertei por um longo tempo com a idéia de vagar pela batida trilha. Não que eu sentisse a menor preocupação ou obstáculo em fazer isso mas... por curiosidade...

Eu precisava enfrentar um desafio equivalente a essa curiosidade, seguir um caminho bem diferente. Foi Frank Le Wita que me ofereceu este filme, junto com Michel Bouquet.

E embora o filme seja uma ficção sobre François Mitterrand, é também um testemunho da arte de Michel Bouquet.

Robert GUEDIGUIAN

Robert GUEDIGUIAN

Nascido em Marselha em dezembro 1953.

Como roteirista, diretor e produtor:

2004 - O ÚLTIMO MITTERRAND

2003 MON PERE EST INGENIEUR

2001 MARIE-JO E SEUS DOIS AMORES

1999 A CIDADE ESTÁ TRANQÜILA

1999 A L’ATTAQUE !

1998 A LA PLACE DU COEUR

1996 MARIUS ET JEANNETTE

1994 A LA VIE, A LA MORT !

1992 L’ARGENT FAIT LE BONHEUR

1989 DIEU VOMIT LES TIEDES

1985 KI LO SA ?

1983 ROUGE MIDI

1980 DERNIER ETE (co-dir. Frank Le Wita)

Robert Guédiguian é um dos produtores associados de  AGAT FILMS & Cie e EX-NIHILO, que produziu filmes de: René ALLIO, Solveig ANSPACH, Jean-Christophe AVERTY, Dominique BAGOUET, Lucas BELVAUX, Didier BEZACE, Luc BONDY, Peter BROOK, Dominique CABRERA, Carolyn CARLSON, Claire DEVERS, Olivier DUCASTEL et Jacques MARTINEAU, Pascale FERRAN, Piotr FOMENKO, Jean-Claude GALLOTTA, Lucile HADZIHALILOVIC, Cédric KAHN, Tonie MARSHALL, Ariane MNOUCHKINE, Agnès OBADIA, Christophe OTZENBERGER, Nicolas PHILIBERT, Jean-Henri ROGER, Ghassan SALHAB, Pierre SALVADORI, Claire SIMON, Paul VECCHIALI, Anne VILLACEQUE, Jean-Jacques ZILBERMANN …

Filmografia selecionada de Michel BOUQUET

2004 – O ÚLTIMO MITTERRAND (Robert Guédiguian)

2004 - L’APRES-MIDI DE Mr ANDESMAS (Michelle Porte)

2003 – AS COSTELETAS  (Bertrand Blier)

2001 – COMO MATEI MEU PAI (Anne Fontaine)

1991 – TOTO, O HERÓI (Jaco Van Dormael)

1991 – TODAS AS MANHÃS DO MUNDO (Alain Corneau)

1985 - POULET AU VINAIGRE (Claude Chabrol)

1982 - LES MISERABLES (Robert Hossein)

1976 - VINCENT MIT L’ANE DANS UN PRE (Pierre Zucca)

1976 - LE JOUET (Francis Weber)

1973 – FRANCE SOCIETE ANONYME (Alain Corneau)

1972 - LE SERPENT (Henri Verneuil)

1972 - L’ATTENTAT  (Yves Boisset)

1970 - UN CONDE (Yves Boisset)

1970 – BORSALINO (Jacques Deray)

1969 - LA FEMME INFIDELE (Claude Chabrol)

1969 - A SEREIA DO MISSISSIPI (François Truffaut)

1967 – A NOIVA ESTAVA DE PRETO (François Truffaut)

Filmografia selecionada de Jalil LESPERT

2004 - O ÚLTIMO MITTERRAND (Robert Guédiguian)

2004 - LE PETIT LIEUTENANT (Xavier Beauvois)

2004 – BONIMENTEUR (Mabrouk El Mechri)

2003 - PAS SUR LA BOUCHE (Alain Resnais)

2003 - L’ENNEMI NATUREL (Pierre-Erwan Guillaume)

2002 - LES AMATEURS (Martin Valente)

2001 - VIVRE ME TUE (Jean-Pierre Sinapi)

2000 - INCH’ALLAH DIMANCHE (Yamina Benguigui)

2000 - BELLA CIAO (Stéphane Giusti)

1999 - SADE (Benoît Jacquot)

1999 - RESSOURCES HUMAINES (Laurent Cantet)

1998 - NOS VIES HEUREUSES (Jacques Maillot)

1997 - UN DERANGEMENT CONSIDERABLE (Bernard Stora)

1995 - JEUX DE PLAGE (Laurent Cantet)

Georges-Marc BENAMOU

Roteirista e escritor

LE DERNIER MITTERRAND é o primeiro livro de Georges-Marc Benamou. É um tipo de crônica de sua relação com François Mitterrand, e em particular das entrevistas conduzidas com o ex-presidente de 1992 ao final de 1995, publicadas como MEMOIRES INTERROMPUS (1996). Em sua publicação em 1997, o livro foi sensação, elogiado por escritores,  criticado por parte da família do falecido presidente. Desde então, Georges-Marc Benamou publicou uma espécie de trilogia do século XX francês e sus fantasmas: C’ETAIT UN TEMPS DERAISONNABLE (1999), que aborda os primeiros combatentes da resistência; JEUNE HOMME, VOUS NE SAVEZ PAS DE QUOI VOUS PARLEZ (2001) em que volta à questão de Vichy e Mitterrand; e UN MENSONGE FRANÇAIS (2003) que aborda a Guerra da Argélia, aquele outro buraco negro na memória coletiva da França. Georges-Marc Benamou começou a sua carreira no jornalismo quando François Mitterrand subiu ao poder. Ele desistiu de idéia de estudar direito para estudar no iconoclasta Quotidien de Paris. Então escreveu para Nouvelles Littéraires, antes de fundar a revista Globe no final de 1985. A aventura desta geração do periódico mensal é relatada  no livro coletivo LES ANNEES TOURNANTES publicado por Seuil em 1992

Para o cinema e a televisão, Georges-Marc Benamou produziu uma homenagem coletiva a Jean Vigo: A PROPOS DE NICE, LA SUITE (1995), com colaborações de Abbas Kiarostami, Raymond Depardon, Costas-Gavras, Raoul Ruiz e outros. Mais recentemente ele co-escreveu com François Margolin: OAS, L’HISTOIRE INTERDITE for France 5; com Bruno Dega, ele co-escreveu um docudrama sobre a tentativa de assassinato em Petit Clamart contra De Gaulle, produzido por Capa para TFI.

CRÍTICAS E  RESENHAS

“Franceses e francófonos que não renegaram o socialismo

 (...) , Robert Guédiguian. Revelado no Brasil pela Mostra, o diretor de Marselha assina O Último Mitterrand, com excepcional interpretação de Michel Bouquet. (...)

(...) Em O Último Mitterrand, o que Guédiguian discute é a personalidade imperial do presidente francês que colocou no poder a rosa do socialismo. O filme discute se esse regime ainda é viável no mundo dominado pela economia neoliberal. Você pode até discordar, mas a interpretação de Bouquet, ator-fetiche de Claude Chabrol, é impressionante. Física e eticamente, ele vira François Mitterrand diante da câmera de Guédiguian. (...)” - Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo

“(...) Mas os ricos continuam explorando os pobres em toda parte, fora do socialismo não há salvação, é o que diz o François Mitérrand de Le Promeneur du Champ de Mars, de Robert Guédiguian. O homem consciente de que vai morrer e de que o seu sonho talvez vá morrer com ele, num mundo que se transforma, é obcecado pelo poder - demais, até.” - Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo

“Mitterrand renasce na pele de Michel Bouquet

Guédiguian diz que Le Promeneur só foi feito porque pôde contar com o ator

(...)O Mitterrand de Guédiguian tem consciência de ser um dinossauro, mas sabe que seu discurso não perdeu a validade no mundo cuja economia se globaliza. Ele defende a luta de classes como mais atual que nunca, num mundo capitalista onde o valor é um não valor, o dinheiro. (...) É um filme majestoso e fúnebre, sombrio.

(...) o trabalho excepcional de Michel Bouquet. Numa cena, ele diz que a grande burguesia nunca o perdoará, porque ele veio dela. Para todos os efeitos, é um traidor da sua classe. Quando Michel Bouquet diz isso, fica evidente que não foi só pela semelhança física - impressionante - que Robert Guédiguian o escolheu” - Luiz Carlos Merten, O Estado de São Paulo

“ (...) O Último Mitterrand discute socialismo

"O Último Mitterrand", do politizado francês Robert Guédiguian, é um filme sobre idéias, sobre os contrastes que comandar a política e a vida pública de um país --no caso, a França-- criam no interior de um homem, sobre a importância da história e da memória coletiva e sobre como as duas se interconectam. (...) Antes de tudo, "O Último Mitterrand" conta com atuação sensível e extraordinária de Michel Bouquet no papel do presidente morto em 1995, pouco depois de deixar o poder. Mas se trata de uma obra que vai muito além dos últimos 15 meses de sua vida.

Esse trabalho de Guédiguian, (...)é um daqueles filmes ostensivamente sobre um tema específico, mas que, de fato, discutem vários temas ao mesmo tempo: política em geral, o lugar do socialismo na sociedade, a história, a doença e a eternidade.
(...)” - Márcio Senne de Moraes, Folha de S. Paulo

Filme sobre Mitterrand faz reflexões sobre o poder e a morte

da France Presse, em Paris

É um verdadeiro desafio para o ator, já que as imagens reais ainda estão muito frescas. Desafio que Bouquet, 79, uma das grandes personalidades do cinema e do teatro na França, vence com sucesso. Por alguns momentos, o espectador se esquece que não está vendo o verdadeiro Mitterrand.

Folha on Line

Filme humaniza mito em torno de Mitterrand

 (...) Da glória o quanto sobra para a pessoa?, pergunta-se Guédiguian. Daí deriva o interesse de seu filme, que, do contrário, seria um retrato bem conduzido de uma época recente, mas capaz de conquistar apenas os aficionados pela França e por sua história.

As ambigüidades do poder, uma política real em discordância com os valores ideológicos, a duvidosa participação no governo anti-semita instalado em Vichy, todas são questões do Mitterrand histórico que movem a ficção do filme de Guédiguian.

Mas é o homem acuado pela iminência da morte, o velho que pede ajuda para sair de dentro da banheira (numa cena extraordinária) que Guédiguian insiste em fixar aos nossos olhos (no que conta com a atuação sobrenatural de Michel Bouquet).

A partir daí, tanto faz se o Mitterrand em cena corresponde ao histórico. O que interessa é a habilidade de Guédiguian, através da ficção, de devolvê-lo à arena onde estão soltos os leões.”- Cássio Starling Carlos, colaboração para a Folha de S. Paulo

“(...) O coração do filme é o diálogo entre os homens -- entre a inocência e a experiência, idealismo e cinismo, esperança de um futuro melhor e fixação com o passado.

Isso poderia ser uma fórmula para um desastre válido, mas prolixo. Porém, não é o que ocorre com a brilhante representação de Mitterrand feita por Bouquet (elogiado na exibição para a imprensa pelo amigo e ministro das Relações Exteriores de Mitterrand, Roland Dumas). Bouquet capta com perfeição as inflexões verbais de Mitterrand, sua postura e muitos dos seus trejeitos físicos.

O filme funciona bem como retrato de um homem velho acertando as contas com a morte iminente. Nesse nível, é às vezes tocante, em especial na sua visão da luta de Mitterrand contra a dor, da resistência ao recurso fácil das drogas que poderiam trazer alívio, mas comprometer a mente.

Também há humor, transmitido vividamente por Bouquet, no entusiasmo de Mitterrand pela vida, em seu amor às referências literárias e frases espirituosas, na vaidade atroz e em seu fraco pelas mulheres.

"O Último Mitterrand" impressiona pela sobriedade, marcada pelos cinzas e azuis que realçam a frieza do túmulo, e há momentos de emoção real, em particular durante a última visita de Mitterrand à igreja de Jarnac, sua cidade natal....-  Bernard Besserglik, REUTERS

“(...) Permitindo-se ser ambíguo, o filme compõe um fascinante retrato do líder socialista, amparado na sólida performance de Michel Bouquet – que se beneficia também de uma extraordinária semelhança física com Mitterrand. Ao seu lado, Jalil Lespert encarna com total credibilidade o papel de um jovem mergulhado em dúvidas, não só sobre seu próprio personagem, como sobre a própria vida. Ao abrir espaço para retratar também a vida e os problemas de Antoine, a obra ganha maior autenticidade. E aí está a marca de Guédiguian, o grande diretor de A Cidade Está Tranqüila e Marie-Jo e seus Dois Amores.” - Neusa Barbosa, Crítica cineweb 4/5 estrelas 

Os últimos dias de um líder do socialismo

(...)

Pois bem, em comparação com seus filmes de ficção (pelo menos os que se conhecem por aqui) este O Último Mitterrand é de uma sobriedade sem par. Apresenta com senso de solenidade discreta os dias finais da vida de um homem que foi durante 14 anos presidente dos franceses. E que sabe estar vivendo um momento de viravolta histórica, pois termina sua existência em 1996, quando já nada ou muito pouco havia restado dos seus sonhos socialistas.

O Muro de Berlim havia caído, a União Soviética fora para o brejo, e a doutrina neoliberal auto-elegera-se pensamento único.

Num dado momento, Mitterrand, magnificamente interpretado por Michel Bouquet, diz algo do tipo: “Eu sou o último dos grandes presidentes; depois virão apenas os financistas e os contadores.”

Em seu balanço final de vida, o velho político reflete sobre a globalização, a União Européia e a futura diminuição das soberanias nacionais. O ritmo, bem captado pelo diretor, é não apenas de uma vida que se encerra em dor e mal-estar, mas um mundo que está indo embora, e sendo substituído por outro, não necessariamente melhor.

Mas não apenas do presente se fala nesse réquiem. Há um passado confuso, sob o trauma do colaboracionismo durante a 2ª Guerra, o governo títere de Pétain, Vichy e a resistência de De Gaulle. Mitterrand, acusam detratores, tem participação confusa nessa nebulosa passagem da história francesa.

E essa ambigüidade é mantida no filme, assim como a grandeza do personagem, em luto por si mesmo e pelo sonho socialista perdido.

O Estado de São Paulo 

 

Jornalismo com ética e solidariedade.