A indicação do nome do tenente-brigadeiro-do-ar William de Oliveira Barros foi aprovada, por unanimidade, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar (STM), em decorrência da aposentadoria do tenente-brigadeiro-do-ar Marcos Herndl. A análise da mensagem com a indicação será feita em Plenário em regime de urgência, já que requerimento nesse sentido também foi aprovado pelos senadores. O último posto ocupado pelo oficial foi o de comandante-geral de Operações Aéreas, em Brasília.

- Comando quarenta e cinco por cento do efetivo da Força Aérea Brasileira, são trinta mil homens e mulheres e trezentos e cinqüenta e cinco aeronaves para cumprir missões do Comando Geral da Aeronáutica - informou.

O militar exerceu ainda a chefia do Centro de Comunicação Social e a direção de vários centros de ensino da Aeronáutica, como a Escola Preparatória de Cadetes do Ar.

- Por causa disso devem existir por este Brasil afora vários capitães que passaram por suas mãos, visto que estiveram sob o seu comando diversas áreas de ensino - observou o relator da mensagem, senador Romeu Tuma (PFL-SP).

Nascido em Natal (RN), William de Oliveira Barros graduou-se em Administração de Empresas pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília (Ceub) e concluiu cursos acadêmicos como o de Formação de Oficiais Aviadores na Academia da Força Aérea Brasileira; o de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica; e o de Política e Estratégia Aeroespaciais. O indicado é um dos nove oficiais generais de último posto na ativa hoje, no Brasil.

O militar tem 7.250 horas de vôo em aeronaves como o SA 16 (Albatroz), o C-95 (Bandeirante) e o AT-26 (Xavante), oportunidades em que sobrevoou a Região Amazônica, levando remédios, agasalhos e transportando doentes acometidos por fogo selvagem, malária e lepra, por exemplo.

Os parlamentares da Região Amazônica, como os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Sibá Machado (PT-AC) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), destacaram os serviços inestimáveis que a Aeronáutica e a Marinha prestam, que classificam como um trabalho social importante, que leva cidadania a muitos lugares isolados.

William de Oliveira Barros lembrou que a Força Aérea está na expectativa de ativação de duas bases na região "para fechar um arco de atuação na fronteira oeste". Em resposta ao senador Sibá, o oficial declarou ser conveniente que os militares se preparem participando de missões de paz pelo mundo, mas que a atuação das Forças Armadas nos estados, para ajudar no combate à violência, deve ser episódica, já que não é sua função precípua.

Após a confirmação da escolha do militar, o vice-presidente da CCJ, senador Válter Pereira (PMDB-MS) destacou a importância da Aeronáutica e a vocação que leva os jovens a procurarem o serviço militar, já que "não há atrativo financeiro".

- Esta escolha é o coroamento de toda uma carreira de dedicação à pátria, do serviço prestado ao povo brasileiro - ressaltou.