Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 

 

 

BRichos

FICHA TÉCNICA

direção: Paulo Munhoz
roteiro: Érico Beduschi e Paulo Munhoz
d ireção de animação: Tadao Miaqui
direção de arte: Antonio Eder
design de produção: Aluisio Barbosa
direção de produção: Daniela Michelena
direção musical: Vadeco

duração: 80 min


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ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Contemplado no último programa Petrobrás Cultural na categoria longa-metragem.

 

 

TEXTOS

 


 

 

Origem do projeto

A idéia do projeto BRICHOS, filme de longa-metragem, nasceu a partir da criação (em 2001) de uma turma de personagens baseados na fauna brasileira. Os autores, Paulo Munhoz e Antonio Éder, partiram da percepção de que esses seres poderiam gerar histórias críticas, bem humoradas e otimistas a respeito do Brasil e do Povo brasileiro.
Tais personagens nos permitem trabalhar metaforicamente no sentido de refletir sobre nossa identidade, nossos problemas, nossos valores e nossos sonhos, criando aventuras em que possamos nos ver em grande profundidade.
Assim, pretendemos criar instâncias de percepção de nossas riquezas, de nossos problemas, de caminhos para solução de tais problemas, de modos de construção de uma sociedade mais bela, mais justa, mais rica e mais feliz, a partir de potenciais que são nossos e que precisam ser cultivados.
Pois, como dizia o poeta Paulo Leminski, um BRicho do Paraná:
“Isso de querer ser aquilo que a gente é, ainda vai nos levar além!”

A palavra BRICHOS tem este significado: BICHOS BRASILEIROS.

Uso do desenho animado

Sabe-se que é uma forma de comunicação poderosa que atinge todas as faixas da população e que pode veicular qualquer tipo de mensagem, permitindo uma relação profunda e uma interação imediata do espectador com os enunciados audiovisuais. Isso se dá porque as imagens dessa natureza se apresentam como signos de rápida absorção.
O estilo caricato permitirá uma animação simplificada de grande força e elegância. Cremos que caricaturas fortes, personagens interessantes e grupalmente harmônicos, vozes adequadas e muito bem trabalhadas, trilha sonora envolvente, animação expressiva e uma narrativa dinâmica são ingredientes a tornar BRICHOS um modelo de produção com grande potencial de sucesso.

Público-alvo

A quase a totalidade da informação audiovisual consumida no Brasil vem de fora, carregada de muita violência. Isso é mais forte ainda a respeito de animação.
Nossos Brichos trabalham cooperativamente. Todos discutem e contribuem democraticamente. Há Brichos bons e maus, nenhum é perfeito. É um filme que não mostra socos e pontapés, chutes ou tiros. As soluções se dão via estratégia, convencimento, competição justa. Este é o campo do trabalho suado, da lida profissional transformadora, é o campo da luta, da paixão, do amor. Novos sonhos, novos projetos e novas ações são o nosso futuro em construção. Isso é o que pretendemos mostrar para o público jovem a que se destina esta obra.

 

 

SINOPSE

Conta a história de uma assembléia dos Brichos, onde se discute o problema da falta de identificação dos filhotes com a sua fauna e com a sua floresta. Isso acontece porque os filhotes têm sido bombardeados por filmes que valorizam animais estrangeiros como os leões, elefantes, tigres, etc. Ou seja, a não existência dos animais brasileiros nas telinhas e, conseqüentemente, nas brincadeiras dos filhotes, significa que o imaginário infantil está sendo condicionado a reconhecer como heróis somente os bichos estrangeiros.
Para solucionar tal problema, os Brichos resolvem fazer seu próprio filme. Mas, além dos problemas inerentes a uma produção complexa, eles se vêm prejudicados por interesses econômicos estrangeiros, na figura de Sam, uma águia careca que tenta boicotar essa produção independente. Para isso ela conta com a ajuda de Ratão, Bricho de mau caráter, e de sua companheira Kika Medonha, uma aranha bastante perigosa. Mr. Sam interfere em laboratórios, tenta comprar os músicos, incentiva uma greve, enfim, usa de todos os artifícios para interromper o projeto dos Brichos.
Liderados por Jaguar, os Brichos vão tentando resolver seu problema. Em certo momento, aparece o corvo Edgar, que, diferentemente de seu conterrâneo Sam, tem boas intenções em relação a uma possível co-produção. Como ele conhece o vilão a fundo, acaba por indicar o seu ponto fraco – uma bela aposta. O clímax se dá num campo de futebol. Se os Brichos ganharem, Sam desiste de tudo e vai embora. Se os Brichos perderem para o time dos Warnimals, terão que entregar tudo para o inimigo e Edgar vai ter de trabalhar para Sam.
Dribles, lançamentos, chutes a gol e um pênalti defendido pela cascavel marcam o primeiro tempo. No segundo tempo, Ratão abala a psique do goleiro elefante, com o objetivo de se vingar de Sam que o “escanteara” da jogada econômica contra os Brichos. Um gol dos Brichos é anulado. Vamos para a prorrogação. Com o elefante traumatizado, os Brichos encontram a saída, ou melhor, as várias entradas para um 4 a zero arrasador.
No final, os Brichos lançam seu filme, em noite de muitos aplausos e alegria.
O filme encerra com a cena de três filhotes brincando e conversando. A cobrinha quer ser importante como seu pais; o tamanduazinho quer ser um cientista que vai curar todas as doenças; o canarinho, segurando um capacete de astronauta, revela seu sonho em conquistar as estrelas.


 

 

 

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