Theresa Catharina de Góes Campos

 
COMENTÁRIOS SOBRE OS EVANGELHOS
Para as Missas em Agosto 2008
Padre Tomaz Hughes, SVD
 
From: lmaikol
Date: 2008/7/16
Subject: Missas Agosto 2008
 
Ano Litúrgico Letra A (Evangelho de Mateus)
Décimo Oitavo Domingo Comum (03.08.2008)
Mt 14, 13-21
"Dai-lhes vós mesmos de comer"

No Evangelho de Mateus, o texto do Evangelho de hoje vem logo após a história da morte de João Batista, ligada à festa de aniversário do Tetrarca Herodes Antipas. Mateus contrasta o "Banquete da Morte" promovida por Herodes, com "O Banquete da Vida", protagonizado por Jesus!

 

O milagre, normalmente chamado "A Multiplicação dos Pães", é o único milagre de Jesus relatado nos quatro Evangelhos. Isso aponta à importância dada nas primeiras comunidades a este relato, tanto que a sua memória persistiu não somente nas comunidades da tradição Sinótica (Mc, Mt, e Lc), mas também na Comunidade do Discípulo Amado.

 

            Mesmo fazendo leitura superficial dos quatro relatos (Mc 6, 30-44; Lc 9, 10-17; Mt 14, 13-21; Jo 6, 1-15), alguns elementos importantes saltam aos olhos:

 

1) A reação dos discípulos diante do problema da fome da multidão. Nos Sinóticos, a solução sugerida por eles é a de despedir a turba para que pudesse comprar pão. Assim, ignora a situação dos que não tinham possibilidade de comprar! É a solução de muita gente hoje diante do escândalo da pobreza no mundo - que se virem! Cada um para si! Quem não tem condições, que se lasque! Jesus rejeita claramente essa "solução" - "Dai-lhes vós mesmos de comer!". Em João, Marcos e Lucas, a proposta de comprar pão para doá-lo também se revela uma solução inadequada. Jesus insiste: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Ele não aceita nem a solução de "lavar as mãos" diante da fome alheia ou de cair num assistencialismo. Ele desafia a comunidade dos discípulos a achar uma saída baseada numa nova proposta de vida - a da partilha!

 

2) Em nenhum dos quatro relatos se usa o verbo "multiplicar"! O motivo é simples - se a ênfase caísse sobre o "multiplicar" milagroso, teria poucas conseqüências para os discípulos (nós, hoje), pois não temos possibilidade de "multiplicar" as coisas. Os verbos são bem escolhidos: "benzer, partir, dar, distribuir" - porque todos nós podemos partilhar os bens materiais e espirituais que temos. O Brasil não precisa "multiplicar" terras, bens ou renda. Tem mais do que o suficiente. Mas é urgente partilhar e redistribuir os bens que Deus nos deu para o sustento de todos!

 

Menos do que João, mas muito mais do que Lucas e Marcos, Mateus liga a sua narrativa à instituição eucarística (Mt 26, 26). Também concentra a atenção nos pães, pois neste relato somente eles são distribuídos. Assim o texto nos lembra que a participação eucarística exige compromisso com uma visão social baseada na partilha dos bens necessários para a vida, e não na acumulação da parte de alguns junto com a falta do básico para muitos. O cristão não pode compactuar com uma sociedade organizada conforme os princípios de Herodes, mas deve lutar para a construção de uma sociedade em favor da vida, seguindo as pegadas do Jesus de Nazaré.

O texto de hoje relê Êx. 16, (o maná), Nm 11 (as codornas) e 2Rs 4, 1-7.42-44 (onde Eliseu distribuiu óleo e pão). O texto do Êx.16 enfatiza que a avareza de acumular coisas às custas dos outros leva à podridão.

 

            É claro que diante do enorme sofrimento da maioria da população do mundo, a gente pode sentir-se tão impotente como se sentiram os discípulos no Evangelho de hoje. Mas o texto nos ensina que não devemos cair na cilada de aceitar as falsas propostas pela sociedade vigente e hegemônica - ou de "lavar as mãos" ou de cair somente num simples assistencialismo. O cristão, sustentado pela eucaristia, a Mesa da Palavra e a Mesa do Pão, deve se comprometer com uma visão cristã da sociedade, que exige que nós façamos o que é possível para a construção de um mundo de justiça, e fraternidade.

                Há dois mil anos, Jesus olhou a multidão, teve compaixão dela e agiu. Com certeza ele olha hoje a situação de tantos irmãos e irmãs e pede que os seus seguidores façam algo para mudar a situação. Ultimamente, os jornais nos trouxeram notícias do aumento assustador da fome no mundo por causa da crescente falta de alimentos e do aumento dos preços de alimentos básicos como o arroz. Paira sobre nós cristãos o desafio do texto de hoje: "Dai-lhes vós mesmos de comer!" O que significa isso na prática para mim, para você, para as nossas Igrejas, na situação concreta da nossa vida?

 

DÉCIMO NONO DOMINGO COMUM (10.08.2008)

 

Mt 14, 22-33

 

"Coragem! Sou eu! Não tenham Medo!"

 

            É comum ler nos jornais e revistas os resultados de pesquisas que apontam o medo e a insegurança entre as principais preocupações do nosso povo - o medo da violência, do desemprego, da pobreza, da solidão, da velhice e muitos outros. O medo parece até tomar conta de uma boa parte de nossas instituições - o medo de tomar as medidas necessárias para uma justa reforma agrária, por parte das autoridades competentes; o medo por parte de muitos líderes religiosos diante dos desafios do mundo de pós-modernidade, levando até a paralisia e o fechamento; o medo de procurar novas soluções para novos desafios. O medo parece ser a força motora da atividade - ou da falta da mesma - de muitas pessoas, grupos e instituições.

 

            A comunidade eclesial onde nasceu o Evangelho de Mateus também sentia medo. Os seus membros (na sua quase totalidade judeu-cristãos, bem diferente etnicamente das comunidades lucanas) enfrentavam oposição e perseguição por parte das autoridades das sinagogas. A comunidade estava em luta com o chamado "judaísmo formativo", para definir o rumo que o judaísmo iria tomar depois do desastre de 70 d.C., quando foram destruídos Jerusalém e o Templo. Com a eliminação, pela repressão romana ou por guerra civil, dos Saduceus, dos Zelotas e dos Essênios, somente dois grupos organizados sobreviveram para disputar a hegemonia dentro do judaísmo - a linha farisaica e a linha judeu-cristã, representada pela comunidade de Mateus. Era uma luta de muita radicalidade, como costuma acontecer nas brigas fratricidas. O sofrimento da comunidade de Mateus é retratado em Mt 10, 22: "Sereis odiados por todos por causa do meu nome; mas quem perseverar até o fim será salvo".

 

            É neste contexto que se entende o texto de hoje. Os discípulos, ao verem Jesus, acham que é um fantasma e ficam apavorados. A comunidade de Mateus era semelhante - diante da perseguição e do sofrimento, Jesus parecia para eles um fantasma - uma ilusão, uma fugacidade, incapaz de dar sustento à sua vida comunitária de fé. Diante do medo dos discípulos, Jesus é taxativo: "Coragem! Não tenham medo! Sou eu!". Mateus relata essa história - acrescentando esses elementos em comparação com o texto mais sóbrio de João 6, 16-21 - para ajudar a sua comunidade a entender que Jesus não é um fantasma, mas uma presença real, vivificante, fortalecedora e libertadora no meio da comunidade, especialmente na hora das dificuldades e perseguições.

 

            Tipicamente, o Evangelho de Mateus destaca a figura de Pedro (como também em 16,13-20; 17, 24-27). Pedro era personagem muito importante em Antioquia, talvez o local da última redação de Mateus. Aqui Pedro é o protótipo do discípulo - cheio de amor, mas com uma fé enfraquecida pela dúvida. O estender da mão de Jesus é um convite a Pedro, à comunidade de Mateus, e a nós hoje, para dar uns passos para o desconhecido, para não nos fecharmos nas nossas seguranças, freqüentemente falsas, que nós mesmos construímos, mas para termos a coragem de enfrentar os ventos da vida, mesmo quando contrários, pois Jesus está realmente conosco e como disse Paulo "Se Deus está conosco, quem estará contra nós?" (Rm 8, 31).

 

            Ter fé e não ter medo por causa de Jesus não quer dizer: "Não tenham medo, confiem em Deus, e Ele garantirá que as coisas que os amedrontam não lhes acontecerão", mas antes: "Não tenham medo, confiem em Deus. É bem possível que as coisas que os amedrontam vão lhes acontecer, mas não devem ter medo disso, porque Deus estará ao seu lado"!

 

A fé em Deus não tira os nossos sofrimentos e dificuldades, como querem tantos hoje, mas nos dá as forças necessárias para vencê-los. Deus não é um analgésico para as dores e dificuldades da vida, mas uma presença amorosa que anima, fortalece e estimula, pois, como disse Paulo "a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (I Cor 1, 25)

 

Festa da Assunção de Maria (17.08.2008)

 

Lc 1, 39-56

 

"Olhou para a humilhação da sua Serva"

 

            Pode-se dividir esse texto em duas partes - a história da visitação da Maria a Isabel, e o "Canto de Maria"- ou "Magnificat". Reduzir o sentido da Visitação a um simples gesto serviçal da parte da Maria para com a sua parente, idosa, seria empobrecer muito o pensamento de Lucas. Esta cena é altamente simbólica - Lucas quer mostrar o acolhimento do "Novo" (representado por Maria e Jesus) por parte do "Antigo", (representado por Isabel e João). Isabel, símbolo de todos os justos da Antiga Aliança, inspirada pelo Espírito Santo, proclama Maria "bendita entre as mulheres", usando uma frase usada no Antigo Testamento para duas mulheres lutadoras, que ajudaram na libertação do seu povo, Jael (Jz 5, 24) e Judite (Jt 13,18). Assim, apresenta Maria como mulher corajosa, que, animada pela fé em Javé libertador, colabora na luta pelo mundo que Deus quer. Esse mundo, a chegada do Reino de Deus, já é inaugurado com a chegada do seu Filho: "Bendito o fruto do seu ventre". Nesse trecho é importante destacar o motivo pelo qual Maria é bem-aventurada: "Feliz aquela que acreditou". Para Lucas, Maria é bendita não pelo simples fato da maternidade, mas porque ela é o modelo da fé. Ela acreditou na promessa do Senhor - não somente a promessa da gravidez, mas no projeto de Deus, desde Abraão, de dar ao seu povo a terra, a descendência e a bênção. Enfim, a promessa da realização do projeto do Reino.

 

            O Magnificat, que Lucas põe na boca da Maria, é uma composição literária magistral, inspirada no Canto de Ana (1 Sam 2,1-10) e outros trechos do Antigo Testamento. Expressa a espiritualidade dos "Pobres de Javé", os deserdados dessa terra, que apesar de tudo acreditavam no projeto libertador do Deus da vida e na chegada de uma sociedade justa. Maria exulta, pois experimentou que Deus olhou para a sua pequenez e humilhação (não "humildade"!). Ela celebra a mudança radical que o Reino traz - os poderosos, soberbos e ricaços serão derrubados e os pobres, humilhados e famintos, serão erguidos.

 

            Esse retrato de Maria contrasta muito com a personalidade passiva e pálida que muitas vezes inventamos para Ela. A Maria de Lucas é uma figura pobre e humilhada, mas forte e batalhadora, como tantas mulheres das nossas comunidades hoje. Diante das forças opressoras do seu tempo (o abuso do poder religioso e econômico, o machismo, o racismo), Ela canta a experiência do Deus libertador, do Deus da vida, do Deus que se encarna no meio dos oprimidos. Essa Maria nos desafia para que nos unamos na luta pela construção do Reino, sem pobres e ricaços, humilhados e soberbos, dominados e dominadores. No nosso mundo, pelo menos tão opressor quanto naquela época, esse texto questiona as nossas opções reais da vida. Seremos bem-aventurados na medida em que nós acreditamos e nos empenhamos na construção de um mundo mais fraterno, justo e igualitário, conforme a vontade e o projeto de Deus, celebrado por Maria no Canto do Magnificat e demonstrado na pessoa e missão do seu Filho Jesus.

 

Vigésimo Primeiro Domingo (24.08.2008)
Mt 16, 13-20

"E vocês, quem dizem que eu sou?"

 

            Aqui temos a versão mateana da profissão de fé de Pedro, que Marcos (Mc 8, 27-35) coloca como pivô de todo o seu evangelho. Esse trecho levanta as duas perguntas fundamentais de todos os evangelhos: Quem é Jesus? O que é ser discípulo d'Ele?

São duas perguntas interligadas, pois a segunda resposta depende muito da primeira. A minha visão de Jesus determinará a maneira do meu seguimento d'Ele.

 

O diálogo começa com uma pergunta um tanto inócua: "Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?" É inócua, pois não compromete - o "diz que" compromete ninguém, pois expressa a opinião de outros. Por isso chove respostas da parte dos discípulos: "João Batista, Elias, Jeremias, ou um dos profetas!". Mas Jesus não quer parar aqui - esta pergunta foi só uma introdução. Depois vem a facada!: "E vocês, quem dizem que eu sou?"

 

Agora não chove respostas, pois quem responde vai se comprometer - não será a opinião de outros, mas a pessoal! Esta opinião traz conseqüências práticas para a vida. Finalmente, Pedro se arrisca: "O Messias, o Filho de Deus vivo".

 

Aqui Mateus acrescenta os vv. 17-19, pois quer destacar o papel de Pedro (e por conseguinte dos líderes da sua própria comunidade), na função de ligar e desligar da comunidade, que nos Evangelhos somente aqui e em Cap. 18 é chamada de "Igreja". "As chaves do Reino" não se refere ao poder de perdoar pecados, mas de integrar e desligar pessoas da comunidade dos discípulos.

 

            O fundamento, o alicerce, dessa comunidade é o conteúdo da profissão de Pedro "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo". Mas, continuam no ar as duas perguntas que são o cerne do Evangelho: "Quem é Jesus?", e "o que significa segui-Lo?" Pois os termos que Pedro usa são ambíguos, porque cada um os interpreta conforme a sua cabeça. Por isso, Jesus toma uma atitude, aparentemente estranha: "Ele ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias!" Que coisa esquisita! Jesus proíbe que se fale a verdade sobre Ele! Como é que Ele espera angariar discípulos deste jeito? O assunto merece mais atenção.

 

            Realmente, Pedro acertou em termos de teologia, de "ortodoxia", conforme diríamos hoje. Ele usou o termo certo para descrever Jesus. Mas, Jesus quer esclarecer o que significa ser "O Messias de Deus". Pois cada um pode entender este termo conforme os seus desejos. Jesus quer deixar bem claro que ser "messias" para ele é ser o "Servo Sofredor" de Javé. É vivenciar o projeto do Pai, que necessariamente vai levá-Lo a um choque com as autoridades políticas, religiosas, e econômicas, enfim, com a classe dominante do seu tempo, e não o Messias nacionalista e triunfalista das expectativas de então.

 

No nosso tempo, quando é moda apresentar um Jesus "light", sem exigências, sem paixão, sem Cruz, sem compromisso com a transformação social, o texto nos desafia para clarificar: em que Jesus acreditamos? O Jesus "Ôba! Ôba!" tão amado por setores da mídia, e também das Igrejas, ou o Jesus bíblico, o Servo de Javé, que veio para dar a vida em favor de todos? Esse assunto virá à tona no evangelho do próximo domingo.

 

Vigésimo Segundo Domingo Comum (31.08.2008)

 

Mt 16, 21-27

 

"Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!"

 

Seria um erro grave não complementar a reflexão sobre o texto do Domingo passado com o trecho de hoje. Pois ele mostra que embora Pedro tivesse usado os termos certos para descrever quem era Jesus, ele os entendia de modo errado. Para Jesus, ser o Cristo significava assumir a missão do Servo de Javé, descrito pelo profeta Segundo-Isaías, nos Cantos do Servo de Javé (Is 42, 1-9; 49, 1-9ª; 50, 4-11; 52, 13-53, 12). Jesus deixa claro que ser o Cristo não significava triunfo nos termos desse mundo, mas o contrário: "O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia".

 

Essa visão que Jesus tinha da missão do Messias, não era comum - em geral o povo esperava um messias triunfante e glorioso. Mateus nos mostra que Pedro partilhava essa visão errada, a ponto de tentar corrigir Jesus, e de ganhar de Jesus uma correção dura:"Fique longe de mim, Satanás! Você não pensa as coisas de Deus, mas as coisas dos homens" (Mc 8, 33).

 

Não basta usar os termos certos - temos que ter o conteúdo certo. A Bíblia nos conta que Deus criou o homem e a mulher na sua imagem e semelhança, mas na verdade muitas vezes nós criamos Deus na nossa imagem e semelhança, para que Ele não nos incomode. A nossa tendência é de seguir um messias triunfante e não o Servo Sofredor. Mas, para Jesus não há meio-termo. O discípulo tem que andar nas pegadas do seu mestre: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga" (Lc 9 ,23).

            O seguimento de Jesus leva à cruz, pois a vivência das atitudes e opções d'Ele vai nos colocar em conflito com os poderes contrários ao Evangelho. Carregar a cruz, não é agüentar qualquer sofrimento passivamente. Fosse assim, a religião seria masoquismo! Carregar a cruz é viver as conseqüências de uma vida coerente com o projeto do Pai, manifestado em Jesus. Segui-Lo não é tanto fazer o que Jesus fazia, mas o que Ele faria se estivesse aqui hoje. E como Ele foi morto, não pelo povo, mas por grupos de interesse bem definidos "os anciãos, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei" (a elite dominante em termos econômicos, religiosos e ideológicos), os seus seguidores entrarão em conflito com os grupos que hoje representam os mesmos interesses. Por isso, sempre haverá a tentação de criarmos um Jesus "light", sem grandes exigências, limitado a uma religião intimista e individualista, sem conseqüências políticas, econômicas ou ideológicas. A nossa resposta à pergunta "E você, quem diz que eu sou?" se dá, não tanto com os lábios, mas com as mãos e os pés. Respondemos quem é Jesus para nós, pela nossa maneira de viver, pelas nossas opções concretas, pela nossa maneira de ler os acontecimentos da vida e da história. Tenhamos cuidado com qualquer Jesus não exigente, que não traz conseqüências sociais, que não nos engaja na luta por uma sociedade mais justa. Pois, o Jesus real, o Jesus de Nazaré, o Jesus do Evangelho, não foi assim, e deixou claro: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará" (Lc 9, 24)

 

Pe. Tomaz Hughes, SVD

E-mail: thughes@netpar.com.br

Revisão do texto: www.maikol.com.br

 

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