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								HISTÓRIA: A REALIDADE CRUEL DO HOLOCAUSTO 
								 
								(seria inacreditável, mas ACONTECEU - e deve ser 
								relembrado - 6 
								milhões de judeus assassinados pelos nazistas!) 
								 
								
								www.morash.com.br 
								 
								Igualmente reveladora foi a descoberta de 
								fotografias amadoras tiradas 
								pelos soldados alemães, em seu dia-a-dia: nos 
								campos, escoltando para 
								a morte colunas de judeus nus - homens, mulheres 
								e crianças; posando 
								ao lado de um homem enforcado ou apontando a 
								arma na cabeça de um 
								judeu de joelhos. As cenas de dor e as condições 
								abjetas às quais os 
								prisioneiros haviam sido submetidos se repetiram 
								campo a campo. Em 
								seus testemunhos, os libertadores falavam do 
								odor, terrível e 
								inesquecível, de morte e excremento que tomava 
								conta de todos os 
								campos; das pilhas de corpos nus; das covas com 
								centenas, às vezes 
								milhares de cadáveres apodrecendo; as pilhas de 
								sapatos, óculos, 
								cabelos humanos... Era uma visão do inferno. 
								 
								Chocantes também eram as deploráveis condições 
								físicas e psicológicas 
								em que se encontravam os judeus sobreviventes. 
								Era difícil para os 
								libertadores distinguir os vivos entre os 
								moribundos e os já 
								falecidos. Os que ainda estavam vivos eram 
								criaturas famintas, 
								esqueletos humanos - muitos pesando 30 quilos - 
								com a cabeça raspada, 
								olhos fundos, doentes. Às vezes catatônicos, a 
								maioria não conseguindo 
								mover-se, outros nem entendendo que estavam 
								sendo libertados. Centenas 
								morreram nos braços de seus libertadores, 
								milhares sucumbiram nos dias 
								e nas semanas seguintes. Médicos aliados que os 
								socorreram não 
								entendiam como aqueles corpos e mentes tinham 
								conseguido resistir 
								tanto tempo. 
								 
								Em suas memórias, o rabino militar 
								norte-americano, Eli Bohnen, 
								descreveu seus sentimentos no dia 29 de abril, 
								quando tropas dos EUA 
								libertaram o campo de concentração de Dachau: 
								"Eu tinha a sensação de 
								ter que pedir desculpas ao nosso cachorro pelo 
								fato de pertencer à 
								raça humana. Quanto mais adentrávamos o campo e 
								víamos os esqueletos 
								revestidos de pele e as instalações 
								características do campo de 
								extermínio, mais eu me sentia inferior ao 
								cachorro, porque, como ser 
								humano, pertencia à raça responsável por Dachau". 
								 
								O mundo precisa saber 
								 
								No dia 12 de abril, os generais George Patton, 
								Omar Bradley e Dwight 
								Eisenhower, do exército norte-americano, chegam 
								a Ohrdruf. Eisenhower, 
								Comandante-em-chefe das Forças Aliadas e futuro 
								Presidente dos Estados 
								Unidos, inspecionou todo o campo. Queria ser 
								testemunha ocular. 
								 
								Em sua mensagem a Washington sobre a visita, 
								Eisenhower escreveu: 
								"Após ver, com meus próprios olhos, posso 
								declarar inequivocamente que 
								tudo que foi dito ou escrito, até agora, não 
								consegue descrever os 
								horrores". 
								 
								As impressões de Eisenhower podem ser lidas em 
								carta ao General George 
								C. Marshall, de 15 de abril de 1945: "O que vi, 
								ultrapassa qualquer 
								possibilidade de descrição... As evidências 
								concretas e os testemunhos 
								verbais da inanição, crueldade e bestialidade 
								são esmagadores... Fiz a 
								visita deliberadamente; assim tenho provas, em 
								primeira-mão, sobre 
								tudo isso, na eventualidade de que porventura no 
								futuro surja a idéia 
								de atribuir tais alegações a 'mera propaganda". 
								 
								Foi o General Eisenhower que, chocado, tomou uma 
								decisão histórica: 
								suas tropas precisavam ver os crimes nazistas e 
								o mundo precisava 
								saber a verdade. Ordenou que todos os soldados 
								fossem a Ohrdruf ou a 
								outros campos para ver com seus próprios olhos o 
								que os nazistas 
								haviam feito. Conheceriam, assim, a causa pela 
								qual lutaram. O segundo 
								passo do General foi convidar membros do 
								Congresso norte-americano e 
								um grupo de jornalistas, liderados por Joseph 
								Pullitzer, para ver in 
								loco os crimes nazistas. O grupo foi à Alemanha 
								e visitou Buchenwald, 
								em 24 de abril. 
								 
								Em seu livro Ike, o soldado: como eles o 
								conheceram, "Ike the Soldier: 
								As They Knew Him," Merle Miller cita o discurso 
								de Eisenhower, após a 
								visita: "Vocês viram apenas um campo, ontem. Há 
								muitos outros. O 
								tratamento selvagem que estas pessoas receberam 
								nos campos de 
								concentração alemães é quase inacreditável. 
								Quero que vejam, com seus 
								olhos, e sejam porta-vozes em nome dos Estados 
								Unidos". 
								 
								A tragédia da Shoá começava a ser documentada, 
								mas anos se passariam 
								até que o mundo soubesse de toda a verdade. Á 
								medida que os fatos se 
								tornaram conhecidos através de fotografias, 
								reportagens e noticiários, 
								o Holocausto foi-se tornando, para o mundo, a 
								metáfora universal do 
								"mal absoluto". As perdas judaicas durante a 
								Shoá foram assustadoras: 
								6 milhões dentre os seus haviam sido 
								assassinados pelos nazistas, dois 
								em cada três judeus europeus. Para os que 
								sobreviveram, não haviam 
								ainda chegado ao fim as suas provações. Sua 
								redenção não viria pelas 
								mãos do mundo livre, como se acreditava no final 
								da guerra - mas 
								somente três anos mais tarde, com a criação do 
								Estado de Israel. 
								 
								Bibliografia 
								 
								· Sachar,Abram L., The Redemption of the 
								Unwanted, St. Martin's/ 
								Marek, New York 
								 
 Berenbaum, Michael, The World Must Know, Little, Brown and Company 
								www.ushmm.org/ 
								 
								· Dawidowicz, Lucy, The War Against the Jews-1933-1945, 
								Bantam Books | 
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