Theresa Catharina de Góes Campos

  ÓPERA DO METROPOLITAN “LA CENERENTOLA”
LA CENERENTOLA - DE GIOACHINO ROSSINI

2009 – Duração: 3 horas

Première Mundial: Roma,Teatro Valle, 25 de janeiro de 1817
Libreto por Jacopo Ferretti
Condutor: Maurizio Benini
Angelina: Elina Garanca
Don Ramiro: Lawrence Brownlee
Dandini: Simone Alberghini
Don Magnífico: Alessandro Corbelli
Alidoro: John Relyea
Produção: Cesare Lievi
Cenário e figurino: Maurizio Balò
Iluminação: Gigi Saccomandi
Coreografia: Daniela Schiavone
Diretor de Palco: Sharon Thomas

A premissa é simples: uma jovem mulher é denegrida pela própria
família, mas é finalmente exaltada por um príncipe que reconhece seu
valor. A versão operística de Rossini para o conto de Cinderela
(“Cenerentola” em italiano) é charmosa, bela, tocante em alguns
momentos e dramaticamente convincente. Jacopo Ferreti – sob agenda
atribulada, se dividindo entre apresentações com vários diretores de
teatro e tendo que lidar com a censura – recorreu a um método de
recorte e colagem, se utilizando de variadas fontes para o seu
libreto. Ao invés da fada madrinha da versão mais conhecida, o
personagem de Alidoro (“asas de ouro”) é apresentado, uma figura que
manipula a ação e parece possuir poderes mágicos, ainda que seja
definitivamente humano. A história dessa vez é menos sobre magia e
mais sobre a natureza humana. Como resultado, a ópera transcende suas
origens de conto infantil numa proposta mais humana e realista,
fazendo com que a transformação da heroína do título seja mais
profunda, menos estereotipada.

" É o triunfo da bondade ", canta a heroína, ao explicar suas decisões
em nome do perdão e do amor, vivenciando toda a felicidade de amar e
ser amada.
 

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