Theresa Catharina de Góes Campos

  REIVINDICANDO DIREITOS POR MANIFESTAÇÕES PACÍFICAS

From: Theresa Catharina de Goes Campos
Date: 2009/8/7
Subject: Assisti à reportagem filmada em Rio Verde, assim "conhecendo" a aposentada e ouvindo seu depoimento
To: adfalcao


Amiga Ana:

Assisti à reportagem filmada em Rio Verde, assim "conhecendo" e ouvindo o depoimento da aposentada, que soube explicar com a maior objetividade o porquê de sua atitude pacífica, mas determinada.

Também li e gostei da crônica publicada hoje em "O Globo", edição que ainda passei adiante para um executivo que demonstrou interesse pelo assunto. O antecedente histórico de Rosa Parks de fato representou um marco no movimento em prol dos direitos civis dos negros nos EUA. Desde alguns anos e atualmente, encontramos registros sobre ela em arquivos de jornais, livros e filmes. Algumas publicações sobre a ativista, depois condecorada, são distribuídas pela embaixada e por consulados americanos, em território brasileiro e outras nações.

Lamento, porém, não poder divulgar a crônica de "O Globo" nos meus sites, por uma questão de direitos autorais.

Como acontece todas as vezes em que você me dá o prazer de me escrever suas mensagens, oportunas e por isso bastante úteis, quero reafirmar sentir-me gratíssima por sua atenção, que muito me honra.

Em Brasília, São Paulo ou qualquer outro lugar, vivo me informando nos jornais, rádio e tv, pois nosso grau de conscientização depende dessa atitude contínua para não sofrer um processo de alienação, tão fácil de acontecer. Se não estou recorrendo aos livros, me encontro buscando os meios de comunicação. Depois, saio para eventos, cinemas e outros compromissos. Quando retorno, enquanto estou de pé, coloco ouvidos e visão de novo "antenados" com o Brasil e o mundo.

Descrevo esse procedimento usual porque recomendo tal hábito para todos nós vivermos conscientemente. Não apenas para os jornalistas.

Com estima e abraços cordiais,
Theresa Catharina
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From: Ana Falcão
Date: 2009/8/7
To: theresa.files


Theresa,
"O Globo" de hoje, sexta-feira 7 de agosto, publica a crônica "Passinho à frente - duas lições de transporte coletivo", em que Arthur Dapieve relata dois episódios de defesa da cidadania .
No primeiro, uma negra do Alabama recusa-se a ceder lugar a um branco, em um ônibus municipal. Rosa Louise McCauley Parks, ativista dos direitos civis dos negros, sentou-se inicialmente em banco reservado a pessoas de sua cor, quando havia lugar para todos. No decorrer da viagem, faltaram assentos para brancos. O motorista branco decidiu aumentar a área para seus "companheiros". Mandou os negros desocuparem algumas filas. Rosa não se levantou e, com seu gesto, engrandeceu a luta pelos direitos civis dos negros. No segundo, uma aposentada de Rio Verde, Goiás, recusou-se a pagar a passagem de 2 reais. Invocou a lei municipal que concede gratuidade aos maiores de 60 anos.
O cronista exalta a importância da tomada de consciência: a americana protestou contra uma lei injusta, e a brasileira protestou a favor da justa aplicação de uma lei.
Recomendo-lhe a leitura (e possível reprodução) , pois a crônica tem tudo a ver om a divulgação , em seu "blog", de ações que podem
renovar comportamentos acomodados.
Abraços
Ana
 

Jornalismo com ética e solidariedade.