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Reflexões Homiléticas para Novembro de 2009
FESTA DE TODOS OS SANTOS (01.11.09)
Mt 5, 1-12a
“Fiquem alegres e contentes, porque será grande
para vocês a
recompensa nos céus”
Esses primeiros versículos do Cap. 5 servem ao
mesmo tempo como
introdução e como resumo do Sermão da Montanha.
Apresentam-nos um
retrato das qualidades do verdadeiro(a)
discípulo(a), daquele que, no
seguimento de Jesus, procura viver os valores do
Reino de Deus. Basta
uma leitura superficial para ver que a proposta
de Jesus está na
contramão da proposta da sociedade vigente -
tanto a do tempo de
Jesus, como a de hoje. Embora de uma forma menos
contundente do que
Lucas (Lc 6, 20-26), o texto de Mateus deixa
claro que o seguimento de
Jesus exige uma mudança radical na nossa maneira
de pensar e viver.
Um primeiro elemento que chama a atenção é o
fato de que a
primeira e a última bem-aventurança estão com o
verbo no presente - o
Reino já é dos pobres em espírito e dos
perseguidos por causa da
justiça - na verdade, as mesmas pessoas, pois os
que buscam a justiça
são “pobres em espírito”. Eles já vivem a
dependência total de Deus,
pois só com Ele esses valores podem vigorar.
Mas, quem luta pela
justiça será perseguido - e quem não se empenha
nessa luta jamais
poderá ser “pobre em espírito”.
As outras bem-aventuranças traçam as
características de
quem é pobre em espírito. É aflito, por causa
das injustiças e do
sofrimento dos outros, causados por uma
sociedade materialista e
consumista. É manso, não no sentido de ser
passivo, mas porque não é
movido pelo ódio e violência que marcam a
ganância e a truculência dos
que dominam, “amansando” os pobres e fracos.
Tem fome da justiça do Reino, não a dos homens,
que tantas
vezes não passa de uma legitimação oficial da
exploração e privilégio.
Tem coração compassivo, como o próprio Pai do
Céu, e é “puro de
coração”, sem ídolos e falsos valores. Promove a
paz, não “a paz que o
mundo dá” (Jo 14, 27), mas o “shalom”, a paz que
nasce do projeto de
Deus, quando existe a justiça do Reino. Cumpre
lembrar a frase famosa
do Papa Paulo VI: “Justiça é o novo nome da
paz!”
Mas, Jesus deixa clara a consequência de assumir
esse
projeto de vida - a perseguição! Pois, um
sistema baseado em valores
anti-evangélicos não pode aguentar quem o
contesta e questiona, algo
que a história dos mártires do nosso continente
testemunha muito bem.
Qualquer igreja cristã que é bem aceita e
elogiada pelo sistema
hegemônico excludente precisaria se questionar
sobre a sua fidelidade
à vivência das bem-aventuranças do Sermão da
Montanha. O martírio (que
na sua raiz significa “testemunho”) é a
pedra-de-toque dessa
fidelidade. O martírio nem sempre se dá pela
morte física, mas muitas
vezes pela morte lenta ao egoísmo e às
ideologias de dominação, numa
vivência fiel da luta pela justiça do Reino de
Deus. É a concretização
da declaração de Jesus: “Quem quiser me seguir,
renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz, e me siga.” (Mt 16,24)
A festa de hoje não é tanto para que recordemos
os nomes e
façanhas dos grandes Santos/as conhecidos/as;
mas, também para que
lembremos de tantos milhões de pessoas, de todas
as raças, culturas e
religiões, que viviam a santidade no anonimato
das suas vidas diárias,
na luta de viver na fidelidade aos valores do
Reino. O grande milagre
que mostra a santidade é a vivência fiel em
busca do bem, na dedicação
à família, à comunidade e à sociedade, sempre
procurando cumprir a
vontade de Deus, seja qual for a nossa
experiência d’Ele. Se
examinarmos a nossa vida, veremos que já
conhecíamos muitas pessoas
santas, cujos nomes jamais serão conhecidos, mas
que serviram como
exemplo dos verdadeiros valores para nós. Que a
celebração nos anime
na busca da vivência fiel dos valores do
Evangelho, não em grandes
milagres, mas no dia a dia da nossa vocação,
seja o que for.
TRIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO COMUM (08.11.09)
Mc 12, 38-44
“Esta viúva pobre depositou mais do que todos os
que depositaram dinheiro”
No Evangelho de Marcos, Jesus, na sua última
semana de vida em
Jerusalém, só encontra uma coisa positiva - o
gesto da viúva pobre que
depositou duas das menores moedas da época no
cofre do Templo. Ela
aparece no texto de hoje em contraste com um
certo tipo de liderança
religiosa da época. O texto relata dois
acontecimentos (vv. 38-40; vv.
41-44). O primeiro condena os escribas
hipócritas, que concretizam
tudo que Jesus quer que os seus discípulos
evitem. Ele adverte contra
o seu anseio de ter prestígio e honras (vv.
38b-39) - perigo constante
para os líderes religiosos, clericais ou
leigos/as, de todos os tempos
e de todas as religiões! - e o fato de eles
esgotarem os recursos das
viúvas, enquanto demonstravam a aparência de
piedade (v.40). Embora
essa passagem seja muito mais suave do que
Mateus 23, também tem sido
usado historicamente para atacar os judeus. Mas,
Jesus não critica
todos os escribas, muito menos todos os judeus,
mas somente um certo
tipo de escriba (vv. 28-34), os que desviavam o
verdadeiro sentido do
seu serviço religioso.
Na antiguidade, os escribas podiam servir como
administradores dos
bens das viúvas. Muitas vezes cobravam uma parte
dos bens como
pagamento - e um escriba com fama de piedade
tinha muitas
possibilidades de ganhar clientes! Por causa da
sua avareza e
hipocrisia, esses escribas receberão uma
condenação severa no Dia do
Juízo, o tribunal mais alto que existe!
Do outro lado, a viúva pobre, embora contribua
com quase nada em
termos monetários, representa a verdadeira
espiritualidade dos
seguidores de Jesus. Pois, ela contribui com
tudo o que ela tinha para
viver, e não com o supérfluo (v. 44). Ela
simboliza o grupo dos
“pobres de Javé” - os que depositavam toda a sua
confiança em Deus e
não nas riquezas nem no poder. Já em outros
textos (Mc 10, 17-30)
Jesus enfatizou que é difícil para um rico
entrar no Reino de Deus -
pois facilmente ele confia nas suas riquezas e
não no poder e na graça
de Deus.
A viúva anônima demonstra o fundamento da
espiritualidade dos “pobres
de Javé” - gratuidade e doação total, aliadas a
uma confiança absoluta
em Deus. Contrastando a sua ação com a atitude
dos ricos, Jesus
implicitamente condena o sistema do Templo, pois
ele explorava os mais
pobres, exigindo até a oferta dos seus parcos
recursos para que
pudessem ter acesso a Deus! Assim, Jesus mostra
que Deus rejeita
qualquer religião que explora e se enriquece às
custas dos pobres.
Hoje não é nada raro encontrar grupos religiosos
que exploram os mais
pobres em nome de Deus, com falsas promessas. O
texto de hoje nos
convida a examinarmos a nós mesmos, para
verificar se as nossas
práticas religiosas estão revelando o rosto
verdadeiro do Deus dos
pobres, e para que evitemos totalmente quaisquer
projetos - mesmo em
nome de Deus - que tiram dos mais necessitados o
pouco que eles ainda
têm. Também somos convidados a evitar os
critérios humanos em julgar
as pessoas, pois pode acontecer que alguém doe
muito, sem que lhe
custe nada, pois vem do seu supérfluo, enquanto
frequentemente a
“moeda da viúva”, oferecida pelos pobres, tem
muito mais valor diante
do Senhor. Somos convidados a olhar e enxergar
as coisas com os olhos
de Deus e não com os olhos da sociedade
materialista e consumista de
hoje.
TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO COMUM (15.11.09)
Mc 13, 24-32
“O céu e a terra passarão, mas as minhas
palavras não passarão”
O texto nos apresenta diversas dificuldades de
interpretação, pois
está saturado com conceitos apocalípticos,
referências veladas a
possíveis eventos históricos, e referências
tiradas de escritos do
tempo do Antigo Testamento, muitas das quais
desconhecidas para nós.
Porém, a sua mensagem central fica clara - o
triunfo final do Filho do
Homem, mandando por Deus para estabelecer o seu
Reino. A linguagem
vetero-testamentária de sinais cósmicos, a
figura do Filho do Homem e
a reunião dos eleitos de Deus são unidas num
contexto novo, em que a
vinda escatalógica de Jesus como Filho do Homem
se torna o evento
central. A sua vinda gloriosa no fim dos tempos
servirá como prova da
vitória de Deus - e a expectativa desta chegada
serve como base da
vigilância paciente que é recomendada aos
discípulos ao longo de todo
o Discurso Escatalógico de Marcos.
Os sinais cósmicos que antecederão o fim fazem
referência a textos do
Antigo Testamento: Is 13, 10; Ez 32, 7; Am 8, 9;
Jl 2, 10.31; 3, 1-5;
Is 34, 4; Ag 2, 6.21. Mas, em nenhum lugar no
Antigo Testamento se
referem à vinda do Filho do Homem - é uma
novidade do evangelho. A
lista desses sinais é uma maneira de dizer que
toda a citação
assinalará a sua vinda final. A descrição da
chegada do Filho do
Homem, rodeado das nuvens, é tirada do livro de
Daniel 7, 13; mas,
aqui se refere claramente a Jesus e não à figura
angélica “em forma
humana” do livro apocalíptico de Daniel. A ação
de Jesus em reunir os
eleitos é o oposto de Zc 2, 10. Este reunir-se
dos eleitos do seu povo
por parte de Deus se encontra em Dt 30, 4; Is
11, 11.16; 27, 12, Ez
39, 7 etc, - mas nunca no Antigo Testamento é o
Filho do Homem que faz
esse trabalho.
A segunda parte do texto consiste numa parábola
(vv. 28-29), um ditado
sobre a hora do fim (v. 30), sobre a autoridade
de Jesus (v. 31) e de
novo sobre a hora (v. 32). Nem sempre fica claro
a que se refere - o
que se fala sobre essas coisas acontecerem
“nessa geração” tem como
contrabalanço o v. 32 que diz que somente Deus
sabe a hora exata. A
parábola sobre os sinais claros da chegada do
fim (vv. 28-29) tem em
contraposição a parábola da vigilância constante
(vv. 33-37). Mas,
continua clara a mensagem básica - a vitória
final do projeto de Deus,
concretizada através de Jesus, o Filho do Homem.
Mas, a certeza dessa
vitória não dispensa a atitude de vigilância
constante por parte dos
discípulos, para que não se desviem do caminho.
Pode parecer confuso o nosso texto - e para nós
hoje, de uma certa
forma o é. Mas, inserido no contexto do Discurso
Escatalógico
(referente aos tempos finais) do Evangelho, nos
traz uma mensagem de
esperança e uma advertência. A esperança nasce
do fato de que a
vitória de Deus é garantida - um elemento
fundamental em todo
apocaliptismo. A advertência está na necessidade
de vigilância
constante, para que não percamos a hora do
Filho.
Num mundo de desesperança e falta de ânimo por
parte de muitos, o
texto nos convida, os discípulos, a uma atitude
positiva que nos leva
a um engajamento maior em prol da construção do
Reino entre nós. Mas,
também nos desafia para que estejamos sempre
vigilantes para não
sermos cooptados pela sociedade vigente,
opressora e consumista, que
muitas vezes se baseia em princípios contrários
aos do Reino de Deus.
As palavras de Jesus têm um valor permanente,
para que possamos julgar
as diversas propostas de vida que o mundo nos
apresenta. “O céu a
terra passarão, mas as minhas palavras não
passarão”.
FESTA DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO
UNIVERSO (22.11.09)
Jo 18, 33b-37
“Todo aquele que é da verdade, escuta a minha
voz”
Como é de costume na Igreja Católica, hoje, no
último domingo do Ano
Litúrgico, celebra-se a festa de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Rei do
Universo. A festa foi estabelecida na época dos
governos totalitários
nazistas, fascistas e comunistas, nos anos antes
da Segunda Guerra,
para enfatizar que o único poder absoluto é de
Deus. Nos dias de hoje,
em que milhões padecem as consequências de um
novo tipo de
totalitarismo disfarçado, o do poder econômico
inescrupuloso, torna-se
atual a inspiração original da festa - que Deus
é o único Absoluto.
Num mundo que não é ateu, mas idolátrico, pois
presta culto ao lucro,
a festa de hoje nos desafia para que revejamos
as nossas atitudes e
ações concretas - para descobrir o que é para
nós, na verdade, o valor
absoluto da nossa vida.
O texto é tirado da paixão segundo João - o
diálogo entre Jesus e
Pilatos sobre a verdadeira identidade de Jesus.
Com a ironia que lhe é
típica, João faz com que Pilatos - o
representante do poder absoluto
da época, o Império Romano - apresente Jesus
como Rei, o que Ele é na
verdade, mas, não da maneira que Pilatos possa
entender. O Reino de
Jesus é o oposto do Reino do Império Romano -
não é opressor, nem
injusto, nem idolátrico, mas o Reino da justiça,
fraternidade,
solidariedade e partilha, o Reino do Deus da
Vida.
É exatamente por ter semeado este Reino que
Jesus deve morrer – aliás,
não morrer, mas ser matado, o que é diferente.
Pilatos - como também
acontece nos outros Evangelhos - demonstra isso
quando ele deixa claro
quem entregou Jesus, pedindo a sua morte. Não
foi o povo, mas os sumos
sacerdotes que o entregaram (v. 35). É
importante entender o que isso
significa, pois, se Jesus foi matado, houve
algum motivo, e houve
alguém que o matasse. Os sumos sacerdotes eram,
no tempo de Jesus,
todos nomeados pelos romanos, dentro do partido
dos saduceus, o
partido da elite jerusalemita, donos de terras e
do comércio, e chefes
do Templo. E o Templo funcionava como Banco
Central, centro de
arrecadação de impostos, e lugar de câmbio
monetário, uma vez que não
se aceitava nele a moeda corrente. Jesus,
portanto, foi assassinado
pelo poder político, econômico e religioso,
coniventes com o poder
imperialista, representado por Pilatos. Pois, o
Reino de Deus se opõe
frontalmente com qualquer reino opressor, como
era o de Roma.
A realidade vivida por Jesus continua hoje. O
seguimento
de Jesus, na construção de um Reino de justiça e
paz, do shalom de
Deus, necessariamente vai entrar em conflito com
os reinos que
dependem da exploração e da injustiça.
Normalmente, esses poderes
primeiro vão tentar cooptar a Igreja, para que,
em lugar de ser voz
profética diante das injustiças, torne-se
porta-voz dos valores desses
reinos. Não faltarão incentivos, monetários e
outros, para que as
Igrejas caiam nesta cilada. Por isso, como nos
advertiram os textos
nos últimos domingos, é mister ficarmos sempre
vigilantes, para que
verifiquemos se a nossa vida prática está mais
de acordo com o Reino
de Deus ou o reino de Pilatos.
Para João, Jesus traz a grande crise da
história. Diante da verdade,
que é Ele, todos têm que se posicionar. Ele,
como todo profeta, não
causa a divisão; mas, desmascara a divisão que
existe dentro da
sociedade, a divisão entre o bem e o mal, entre
um projeto da morte e
um projeto de vida, uma divisão que permeia
todos os elementos da
sociedade. Diante d’Ele, não há lugar para
meio-termo - todos têm que
optar. Por isso, a nossa festa de hoje, longe de
ser algo
triunfalista, nos desafia para que façamos um
exame de consciência -
tanto individual como eclesial e comunitário -
para verificar se o
nosso Rei é realmente Jesus, ou se, mesmo de uma
maneira disfarçada,
continua sendo Pilatos!
PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO (29.11.09)
Lucas 21, 25-28.34-36
“A libertação de vocês está próxima”
Neste primeiro domingo do Ano Litúrgico, Lucas
nos
mergulha num dos discursos escatalógicos do seu
Evangelho. Sendo
assim, usa imagens e símbolos que não são da
nossa cultura e época, e
por isso nem sempre são fáceis a serem
compreendidos pelos ouvintes de
hoje. Porém, na literatura apocalíptica não é
necessário interpretar
cada imagem detalhadamente - o mais importante
não é cada pedra do
mosaico, mas o padrão inteiro - não cada imagem
e símbolo, mas a sua
mensagem de conjunto.
O texto nos apresenta a figura do “Filho do
Homem” - o
título que nos Evangelhos Jesus mais usava para
si mesmo, e que nós
pouco usamos. Este título vem de um trecho do
livro apocalíptico de
Daniel: “Em imagens noturnas, tive esta visão:
entre as nuvens do céu
vinha alguém como um filho de homem... Foi-lhe
dado poder, glória e
reino, e todos os povos, nações e línguas o
serviram. O seu poder é um
poder eterno, que nunca lhe será tirado. E o seu
reino é tal que
jamais será destruído.” ( Dn 7, 13s)
Então, Jesus recorda aos seus discípulos a
mensagem de
ânimo que trazia o Livro de Daniel aos
perseguidos do tempo dos
Macabeus, pelo ano 175 a.C. - que embora possa
parecer que os poderes
deste mundo, os impérios opressores sejam mais
fortes do que o poder
de Deus, isso não passa de uma ilusão. Pois, na
plenitude dos tempos,
Deus, através do seu Ungido - o Filho do Homem -
revelará o seu poder,
e estabelecerá um Reino que jamais será
destruído. Isso acontece agora
em Jesus!
Qualquer interpretação de um texto apocalíptico
que bota
medo nos ouvintes é necessariamente errada, pois
a função da
literatura apocalíptica é de animar e dar
coragem aos oprimidos e
sofredores. Por isso, o ponto central do nosso
texto de hoje é uma
mensagem de ânimo, coragem e fé: “Quando essas
coisas começarem a
acontecer, levantem-se e erguem a cabeça, porque
a libertação de vocês
está próxima.” (v. 28)
Este trecho tem uma dimensão fortemente
cristológica - nos
afirma que Jesus, o Filho do Homem vitorioso,
tem em controle todos as
forças, sejam elas de guerra (v. 9) ou do mar -
símbolo de forças
indomináveis na literatura judaica da época (v.
25). O versículo acima
citado traz uma mensagem cheia de confiança: em
contraste com a
atitude de covardia dos malvados (v. 26), os
discípulos ficarão com a
cabeça erguida, para acolher o juiz justo, o
Filho do Homem.
Mesmo assim, os eleitos devem ficar atentos para
não
caírem. Devem cuidar muito para que: “Os
corações não fiquem
insensíveis por causa da gula, da embriaguez e
das preocupações da
vida.” ( v. 34)
Pois, é fácil assumir as atitudes do mundo, sem
que
notemos, a não ser que sejamos vigilantes. Por
isso, o texto de hoje
termina com um conselho válido também para os
discípulos dos tempos
modernos: “Fiquem atentos e rezem todo o tempo,
a fim de terem força.”
( v. 36)
O Advento é tempo oportuno para que examinemos a
nossa
vida para descobrir se realmente estamos atentos
o tempo todo para não
perdermos as manifestações da presença de Jesus
no meio de nós. É
tempo de nos dedicarmos mais à oração, para
renovarmos as nossas
forças, para não cairmos na armadilha da
“inatenção” no meio das
preocupações e barulhos do mundo moderno, para
que os nossos corações
continuem “sensíveis” aos apelos do Senhor,
através dos irmãos e
irmãs, no nosso dia-a-dia!
Pe. Tomaz Hughes, SVD
E-mail: thughes@netpar.com.br
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