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											AS PRISÕES NOSSAS DE CADA DIA 
											 
											Quando assistimos aos noticiários, 
											lemos jornais e revistas e vemos 
											documentários cinematográficos (como 
											o filme "Justiça") sobre as prisões 
											brasileiras, logo nos sentimos 
											horrorizados com a visão de seres 
											humanos amontoados, atrás de barras 
											e com o olhar perdido, desanimado, 
											em meio a sujeira e promiscuidade. 
											 
											Essas prisões são um problema 
											urgente que a sociedade, como um 
											todo, precisa resolver, em nome da 
											solidariedade e da justiça. 
											 
											Mas há outras prisões que devem ser 
											examinadas - também sem demora! 
											Estamos nelas encerrados, sem que 
											nos apercebamos disso! O mundo que 
											nos cerca - com o nosso assentimento 
											ou a nossa omissão - ali nos 
											colocou. 
											 
											Sobrevivemos em meio aos ditames da 
											moda, a determinar o que vestimos, a 
											dizer qual seria nosso peso ideal, 
											como deve ser nossa aparência e até 
											os lugares que iremos freqüentar... 
											Outros escolhem as cores de nossos 
											sapatos, informam os conceitos de 
											beleza. 
											 
											Passamos a nos preocupar em fazer o 
											impossível: deter o tempo, em busca 
											da juventude perdida, numa volta ao 
											passado que nos rouba o presente e 
											nos torna cegos para a realidade 
											futura. 
											 
											Perseguindo sem trégua os bens 
											materiais, perdemos o tesouro maior: 
											sensibilidade, amor, amizade, 
											convivência ética, o trabalho 
											realizado com satisfação, a paz 
											interior. A ambição pelo dinheiro 
											nos enfeitiça de tal modo que a ele 
											sacrificamos o que vale muito mais: 
											o tempo para ser, os momentos de 
											amor, o processo de crescimento como 
											pessoas. 
											 
											Analisamos as instituições 
											bancárias, entretanto, deixamos de 
											refletir sobre a nossa vida e os 
											nossos atos. A superficialidade não 
											nos incomoda. Não sabemos quem 
											somos, não nos conhecemos... Não 
											entendemos nossos relacionamentos 
											familiares - ou será que temos 
											família? 
											 
											Como bem denunciou o diretor de 
											teatro Elias Andreato: 
											 
											"Para o homem comum, olhar para 
											dentro de si mesmo às vezes é uma 
											tarefa quase impossível e tão 
											complexa como observar a imensidão 
											do cosmo. 
											 
											Nem sempre temos disponibilidade, 
											interesse, sensibilidade e, por que 
											não dizer, aprendizado suficiente 
											para exercer este mecanismo que a 
											psicanálise percorre com maestria." 
											 
											Ficamos presos ao telefone celular, 
											ignorando as regras de cortesia, 
											perturbando os que nos cercam, 
											prejudicando, inclusive, o silêncio 
											das igrejas e dos hospitais. Usamos 
											o aparelhinho como se estivéssemos 
											isolados, num deserto, a necessitar 
											de socorro. O celular nos domina, 
											controla a nossa conversa. 
											 
											Algemados a nossos preconceitos, 
											asfixiados por sentimentos de raiva, 
											ódio, inveja e orgulho, sufocados 
											por emoções que não ousamos 
											confessar ou partilhar, vamos 
											conduzindo mal a nossa vida. Nossos 
											bens são motivos de exibição - não 
											os adquirimos por necessidade, mas 
											para mostrá-los... 
											 
											São as prisões nossas de cada dia, 
											das quais nós temos as chaves para 
											que os portões se abram e nos 
											devolvam à vida! 
											 
											Que Deus nos conceda a força 
											espiritual para iniciarmos o nosso 
											processo de libertação - Ele nos 
											criou para sermos livres. Não nos 
											esqueçamos de que Jesus padeceu e 
											morreu na cruz para nos salvar. 
											 
											Essas prisões nossas de cada dia, 
											que nos transformam em objetos 
											aprisionados, verdadeiros "sepulcros 
											caiados de branco", precisam ser 
											destruídas por nós. 
											 
											E cantaremos, no íntimo de nosso 
											coração, com autêntica alegria 
											cristã: Aleluia, aleluia! 
											 
											Theresa Catharina de Góes Campos 
											
											
											 
											De: Liman Pechliye  
											Data: 7 de setembro de 2015 
											 
											Assino embaixo! 
											 
											As pessoas se parecem tanto, ao 
											aceitarem a ditadura da moda, que 
											mais parecem produtos em série, 
											saindo de uma indústria! 
											Estão perdendo suas identidades. 
											Loiras, escova progressiva, magras, 
											siliconadas, valorizando partes do 
											corpo.... 
											Perdendo sua identidade. A graça 
											está na diversidade! 
											Leman  | 
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