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								MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA 
								 
								Originário da animação, Brad Bird imprime ao 
								quarto filme da série 
								Missão Impossível, de subtítulo Protocolo 
								Fantasma, uma dinâmica 
								visual, em que as personagens, envolvidas em 
								sequências eletrizantes, 
								de humor e de suspense, assumem expressão de 
								candura (ou de 
								ingenuidade), característica das figuras de 
								desenhos, no deslinde de 
								complexas questões do mundo da espionagem. 
								 
								Com base no roteiro de André Nemec e Josh 
								Appelbaum, rico em tramas 
								de ação, Bird executa apurado exercício de 
								movimentação, em cena, de 
								quatro personagens – Ethan Hunt (Tom Cruise), 
								William Brandt (Jeremy 
								Renner), Benji Dunn ( Simon Pegg) e Jane Carter 
								(Paula Patton) – 
								afastadas da Impossible Mission Force (IMF). 
								Embora não se conheçam 
								bem, eles têm a difícil missão de, em conjunto, 
								reabilitar o nome da 
								agência, acusada de haver sido causadora de um 
								atentado terrorista na 
								Praça Vermelha, em Moscou. 
								 
								Desprestigiado em seu meio, Ethan Hunt – sobre 
								quem pesa a suspeita 
								de haver causado a explosão no Kremlin, pois, na 
								oportunidade, acabara 
								de ser resgatado de uma prisão de Moscou - se vê 
								forçado a assumir a 
								liderança do grupo, antes que a IMF venha a ser 
								extinta, nos termos do 
								protocolo fantasma, assinado por seu presidente. 
								Como já fora traído 
								por integrantes de suas equipes, em missões 
								anteriores, ele não vê 
								outra saída senão confiar ( ou fazer de conta 
								que confia) em seus 
								novos companheiros. O mais acessível deles 
								aparenta ser Benji Dunn, 
								agente do computador, meio patusco, que sabe de 
								tudo um pouco, e se 
								mostra prestativo às ordens de comando de Hunt. 
								 
								William Brandt é apresentado, inicialmente, 
								apenas como um sisudo 
								burocrata, que, aos poucos, entretanto, revela 
								outras habilidades. 
								Apesar de não ser muito emotivo, Brandt 
								dissimula sentimento de culpa 
								por um episódio anterior, em que acha que falhou 
								no cumprimento de sua 
								missão específica. Por sua vez, Jane Carter é 
								uma agente menos 
								experiente, mas impetuosa, que age por vingança, 
								já que perdeu o 
								namorado ao tentar ele, Trevor Hanaway (Josh 
								Holloway), recuperar 
								códigos de lançamentos nucleares russos, os 
								quais estavam em poder da 
								atraente assassina Sabine Moreau (Léa Seydou), 
								que mata a troco de 
								diamantes. 
								 
								No encalço de Sabine, Hunt e seus comparsas vão 
								para Dubai, nos 
								Emirados Árabes, onde terão de enfrentar Kurt 
								Hendricks (Michael 
								Nyqvist), um bandido terrível, do estilo 
								tradicional, que busca, da 
								mesma forma, obter os códigos nucleares, pois 
								deseja nada mais nada 
								menos, que a destruição do mundo. É em Dubai, 
								que não só a ação ganha 
								mais intensidade, como a direção de Bird ( Os 
								Incríveis e Ratatouille) 
								se reveste de brilho especial pelos movimentos 
								panorâmicos de câmera, 
								que ele promove, tomados do topo do Burj Khalifa, 
								o edifício mais alto 
								de mundo. É então imperceptível, para o 
								espectador, em termos de 
								condução da narrativa, a alternância de planos, 
								longos e curtos, que 
								Bird executa, com habilidade, os quais criam 
								atmosfera de suspense, 
								pontuada pela música de Michael Giacchino e Lalo 
								Schifrin. 
								 
								Os atores, na linha imposta pela direção, atuam 
								como se fossem 
								estimulados pelo subconsciente, o que se, de um 
								lado, lhes facilita 
								participar do processo de criação de Bird, de 
								outro, lhes dificulta 
								exprimir a vida interior de suas personagens, 
								como se fossem seres 
								humanos. Isso só acontece, na cena final, 
								quando, libertos de suas 
								respectivas máscaras, eles, reunidos num bar, 
								antecipam planos para a 
								próxima missão. Sob esse aspecto, todo o elenco 
								está muito bem, com 
								destaques para Tom Cruise, como Hunt, Simon Pegg, 
								como Benji Dunn – 
								ambos egressos da película anterior -, Jeremy 
								Renner, no papel de 
								William Brandt, Michael Nyqvist, como Kurt 
								Hendricks e Léa Seydou, 
								como Sabine Moreau. Como não se mexe em equipe 
								que está ganhando (e 
								muito), é bem provável que todos integrem o 
								elenco do novo filme da 
								série. Tomara. 
								 
								REYNALDO DOMINGOS FERREIRA 
								ROTEIRO, Brasília, Revista 
								www.theresacatharinacampos.com 
								www.arteculturanews.com 
								www.noticiasculturais.com 
								www.politicaparapoliticos.com.br 
								www.cafenapolitica.com.brFICHA TÉCNICA 
								MSSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA 
								MISSION: IMPOSSIBLE – GHOST PROTOCOL 
								 
								EUA – 20011 
								Duração – 132 minutos 
								Direção – Brad Bird 
								Roteiro – André Nemec e Josh Appelbaum, baseado 
								em Mission: 
								Impossible, de Bruce Geller 
								Produção – Tom Cruise, J.J. Abrams, Bryan Burk 
								Fotografia – Robert Elswit 
								Trilha Sonora – Michael Giacchino e Lalo 
								Schifrin 
								Edição – Paul Hirsch 
								Elenco – Tom Cruise (Ethan Hunt), Simon Pegg 
								(Benji Dunn), Jeremy 
								Renner (William Brandt), Paula Patton (Jane 
								Carter), Michael Nyqvist (Kurt Hendricks), Léa 
								Seydou (Sabine Moreau) e Josh Holloway (Trevor 
								Hanaway).
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