Pe. Tomaz 
																	Hughes, SVD
																	
																	E-mail:
																	
																	
																	thughes@netpar.com.br
																	
																	- - -
																	
																	
																	QUINTO 
																	DOMINGO DE 
																	PÁSCOA 
																	(06.05.12)
																	
																	
																	Jo 15, 
																	1-8
																	
																	
																	“Sem mim, 
																	vocês não 
																	podem fazer 
																	nada”
																	
																	 
																	
																	Esse texto 
																	inicia a 
																	seção do 
																	quarto 
																	evangelho 
																	que tem os 
																	trechos que 
																	mais se 
																	aproximam 
																	aos 
																	discursos da 
																	vida pública 
																	de Jesus nos 
																	Evangelhos 
																	Sinóticos. 
																	Aqui temos 
																	um exemplo 
																	raro de uma 
																	parábola em 
																	João - a da 
																	vinha e dos 
																	ramos, uma 
																	metáfora que 
																	expressa o 
																	amor íntimo 
																	entre Jesus 
																	e os seus 
																	discípulos. 
																	Em 
																	contraste, o 
																	segmento 
																	seguinte 
																	(15, 18-16, 
																	4) vai 
																	tratar do 
																	ódio do 
																	mundo para 
																	com os seus 
																	seguidores.
																	
																	            
																	No Antigo 
																	Testamento, 
																	frequentemente 
																	se retrata 
																	Israel como 
																	a vinha (ou 
																	videira) 
																	escolhida de 
																	Deus, que 
																	Ele tem 
																	cuidado com 
																	muito amor, 
																	mas, que deu 
																	frutas 
																	amargas. Na 
																	primeira 
																	parte de 
																	João vimos 
																	como Jesus 
																	substitui as 
																	instituições 
																	e festas 
																	judaicas; 
																	agora, Ele 
																	se manifesta 
																	como a vinha 
																	do Novo 
																	Israel. Se 
																	ficarem 
																	unidos a 
																	Ele, os 
																	cristãos 
																	darão 
																	somente 
																	frutos que 
																	agradarão ao 
																	vinhateiro - 
																	o Pai. No 
																	Antigo 
																	Testamento, 
																	Deus muitas 
																	vezes 
																	ameaçava 
																	podar ou até 
																	desenraizar 
																	a vinha 
																	improdutiva. 
																	Embora a 
																	vinha do 
																	Novo Israel 
																	não falhará, 
																	sempre 
																	haverá ramos 
																	secos a 
																	serem 
																	tirados e 
																	queimados.
																	
																	            
																	A Bíblia 
																	sempre 
																	insiste que 
																	o fruto que 
																	Deus quer é 
																	a prática da 
																	justiça e 
																	solidariedade. 
																	Este tema 
																	perpassa a 
																	Bíblia toda, 
																	tanto no 
																	Antigo como 
																	no Novo 
																	Testamento. 
																	Mas, os 
																	cristãos 
																	somente 
																	poderão dar 
																	este fruto 
																	agradável se 
																	ficarem 
																	unidos a 
																	Jesus, pois 
																	“sem mim, 
																	nada poderão 
																	fazer”. Mais 
																	uma vez 
																	volta-se à 
																	ideia que é 
																	pelos frutos 
																	que se 
																	conhece a 
																	árvore. 
																	 
																	
																	Assim, nos 
																	leva a 
																	refletir 
																	sobre os 
																	frutos que 
																	mais de 500 
																	anos de 
																	evangelização 
																	têm dado no 
																	Brasil e na 
																	América 
																	Latina, como 
																	fez em 2007 
																	a 
																	Conferência 
																	de Aparecida 
																	e o 
																	documento 
																	que foi 
																	publicado 
																	por ela. Com 
																	uma das 
																	piores 
																	distribuições 
																	de renda no 
																	mundo, com 
																	uma das 
																	maiores 
																	concentrações 
																	de terras 
																	nas mãos de 
																	poucos, com 
																	indígenas e 
																	pobres 
																	marginalizados, 
																	com tanta 
																	gente 
																	sofrida, 
																	talvez muita 
																	coisa tenha 
																	que ser 
																	podado pelo 
																	Pai, para 
																	que 
																	realmente 
																	sejamos a 
																	verdadeira 
																	videira na 
																	vinha do 
																	Senhor. Como 
																	dizia o 
																	mártir 
																	salvadorenho 
																	Dom Oscar 
																	Romero: “Uma 
																	religião de 
																	Missa 
																	Dominical, 
																	mas de 
																	semanas 
																	injustas, 
																	não agrada o 
																	Deus da 
																	vida. Uma 
																	religião de 
																	muita reza, 
																	mas de 
																	hipocrisias 
																	no coração, 
																	não é 
																	cristã. Uma 
																	Igreja que 
																	se instala 
																	só para 
																	estar bem, 
																	para ter 
																	muito 
																	dinheiro, 
																	muita 
																	comodidade, 
																	porém que 
																	não ouve o 
																	clamor dos 
																	injustiçados, 
																	não é a 
																	verdadeira 
																	Igreja do 
																	nosso Divino 
																	Redentor” 
																	(Discurso 
																	04.12.1977).
																	
																	
																	
																	Sem dúvida, 
																	há muita 
																	coisa 
																	realmente 
																	boa 
																	acontecendo 
																	nas 
																	comunidades 
																	cristãs do 
																	Brasil, bem 
																	como na 
																	sociedade 
																	civil em 
																	geral, mas o 
																	teste mesmo 
																	é a 
																	construção 
																	de uma 
																	sociedade 
																	baseada nos 
																	princípios 
																	de justiça, 
																	fraternidade 
																	e 
																	solidariedade 
																	e não no 
																	lucro, 
																	competitividade 
																	e na lei da 
																	selva.
																	
																	Hoje, diante 
																	da recessão 
																	mundial, um 
																	dos 
																	sentimentos 
																	mais comuns 
																	em todas as 
																	camadas da 
																	sociedade é 
																	a da 
																	impotência. 
																	Parece que 
																	estamos sem 
																	forças 
																	diante do 
																	rolo 
																	opressor do 
																	sistema 
																	hegemônico, 
																	do 
																	neo-liberalismo, 
																	da 
																	globalização, 
																	das forças 
																	do mercado. 
																	Seria fácil 
																	cairmos na 
																	tentação de 
																	desistir da 
																	luta para 
																	melhorar a 
																	sociedade, 
																	pois os 
																	resultados 
																	parecem 
																	ínfimos. Por 
																	isso urge 
																	cada vez 
																	mais 
																	ficarmos 
																	unidos a 
																	Jesus, na 
																	oração e no 
																	compromisso, 
																	a Ele que 
																	parecia 
																	também um 
																	derrotado, 
																	mas que teve 
																	a vitória 
																	final na 
																	Ressurreição. 
																	Se sem Ele 
																	nada podemos 
																	fazer, o 
																	contrário é 
																	também 
																	verdade - 
																	com Ele tudo 
																	podemos! 
																	Talvez não 
																	da maneira 
																	que 
																	gostaríamos, 
																	mas sem 
																	dúvida como 
																	colaboradores 
																	d’Ele na 
																	construção 
																	do Reino de 
																	Deus.
																	
																	As 
																	dificuldades 
																	enfrentadas 
																	pelos 
																	movimentos 
																	populares em 
																	favor dos 
																	excluídos e 
																	pelos 
																	setores mais 
																	comprometidos 
																	das Igrejas 
																	- às vezes 
																	dentro da 
																	própria 
																	Igreja - os 
																	sofrimentos 
																	dos mártires 
																	da caminhada 
																	e das suas 
																	famílias, 
																	são podas - 
																	mas podas 
																	que darão 
																	mais fruto 
																	ainda. Como 
																	as forças 
																	opressoras 
																	do Império 
																	Romano, 
																	aliadas às 
																	elites do 
																	judaísmo, 
																	não 
																	conseguiram 
																	matar o 
																	projeto de 
																	Jesus, nem 
																	as forças 
																	opressoras 
																	de hoje 
																	conseguirão 
																	matar o 
																	crescimento 
																	do Reino 
																	entre nós - 
																	uma vez que 
																	fiquemos 
																	unidos a 
																	Ele, e entre 
																	nós, pois 
																	Jesus mesmo 
																	nos disse, 
																	“sem mim, 
																	nada poderão 
																	fazer”!
																	
																	 
																	
																	
																	SEXTO 
																	DOMINGO DA 
																	PÁSCOA 
																	(13.05.12)
																	
																	
																	Jo 15, 
																	9-17
																	
																	
																	“Amem-se 
																	uns aos 
																	outros”
																	
																	 
																	
																	            
																	Poucos 
																	trechos do 
																	Evangelho de 
																	João são tão 
																	conhecidos 
																	como o de 
																	hoje, pelo 
																	menos pelas 
																	diversas 
																	frases 
																	lapidares 
																	tecidas 
																	dentro dele. 
																	Sobressai o 
																	tema básico 
																	do “amor” - 
																	como a 
																	característica 
																	que deve 
																	distinguir 
																	os/as 
																	discípulos/as 
																	de Jesus.
																	
																	O amor é um 
																	dos temas 
																	preferidos 
																	da sociedade 
																	atual, como 
																	mostram os 
																	nossos 
																	cantos, 
																	poemas e 
																	novelas - 
																	mesmo que 
																	seja mais na 
																	fala do que 
																	na prática. 
																	Por isso, 
																	torna-se 
																	necessário 
																	recuperar o 
																	sentido 
																	profundo do 
																	amor nos 
																	Evangelhos. 
																	Até um 
																	estudo 
																	rápido 
																	mostra que o 
																	termo tem 
																	outro 
																	sentido do 
																	que aquele 
																	que a nossa 
																	sociedade 
																	liberal e 
																	consumista 
																	lhe atribui. 
																	Na sociedade 
																	atual, o 
																	amor não 
																	passa de um 
																	sentimento 
																	agradável, 
																	uma emoção, 
																	quando não 
																	de um 
																	egoísmo 
																	disfarçado. 
																	Tendo como 
																	base a 
																	emoção, 
																	torna-se 
																	temporário, 
																	volúvel, sem 
																	consistência, 
																	descartável. 
																	Passado o 
																	sentimento, 
																	termina o 
																	amor! Uma 
																	das 
																	consequências 
																	dessa visão 
																	pós-moderna 
																	é o alto 
																	índice de 
																	divórcios, 
																	de 
																	separações, 
																	de 
																	desistências 
																	de tudo que 
																	é 
																	compromisso, 
																	pois a base 
																	é como areia 
																	movediça, 
																	não sustenta 
																	o peso do 
																	dia-a-dia.
																	
																	            
																	O amor ao 
																	qual Jesus 
																	nos conclama 
																	tem outro 
																	sentido - é 
																	o amor “como 
																	eu os amei”. 
																	Como foi que 
																	Ele nos 
																	amou? Dando 
																	a vida d’Ele 
																	por nós. O 
																	amor 
																	torna-se uma 
																	atitude de 
																	vida e não 
																	um 
																	sentimento. 
																	A comunidade 
																	dos 
																	discípulos/as 
																	- a Igreja - 
																	deve ser uma 
																	comunidade 
																	de pessoas 
																	comprometidas 
																	com o 
																	projeto de 
																	Jesus, que 
																	veio “para 
																	que todos 
																	tivessem a 
																	vida e a 
																	vida 
																	plenamente” 
																	(Jo 10, 10). 
																	A comunidade 
																	cristã deve 
																	ser muito 
																	mais do que 
																	um grupo de 
																	amigos e 
																	companheiros 
																	(oxalá fosse 
																	isso também, 
																	pois 
																	frequentemente, 
																	nem isso é!) 
																	- deve ser 
																	uma 
																	comunidade 
																	enraizada no 
																	amor de 
																	Jesus, que é 
																	a Encarnação 
																	do Deus da 
																	vida, 
																	animada pelo 
																	seu Espírito 
																	e dedicada a 
																	criar o 
																	mundo que 
																	Deus quer.
																	
																	A 
																	pedra-de-toque 
																	de uma 
																	comunidade 
																	cristã então 
																	não será o 
																	sentimento e 
																	a emoção, 
																	mas os 
																	frutos que 
																	ela dá, 
																	frutos que 
																	devem 
																	permanecer 
																	(v. 16) e 
																	que não 
																	devem 
																	evaporar com 
																	a 
																	instabilidade 
																	dos 
																	sentimentos. 
																	Tal 
																	comunidade 
																	vai ser 
																	comunidade 
																	de vida e 
																	partilha, da 
																	justiça e 
																	solidariedade, 
																	da 
																	verdadeira 
																	paz e 
																	dedicação. 
																	Saberá 
																	ultrapassar 
																	os limites 
																	da mera 
																	simpatia e 
																	atração, 
																	para assumir 
																	a vida de 
																	cada irmão e 
																	irmã como 
																	expressão do 
																	amor do Pai.
																	
																	É 
																	interessante 
																	que, embora 
																	o trecho 
																	situe-se no 
																	contexto da 
																	véspera da 
																	paixão, 
																	Jesus fala 
																	da alegria 
																	completa. É 
																	impressionante 
																	como, em um 
																	mundo que 
																	propõe a 
																	satisfação 
																	imediata 
																	pessoal e a 
																	“felicidade 
																	já” como 
																	metas, 
																	garantidas 
																	pelo consumo 
																	e pelas 
																	posses, há 
																	tanta gente 
																	desanimada, 
																	triste, 
																	insatisfeita 
																	e deprimida. 
																	Quantos 
																	jovens, 
																	mesmo - ou 
																	talvez 
																	especialmente 
																	- nas 
																	classes mais 
																	abastadas, 
																	irrequietos 
																	e perdidos 
																	na vida. 
																	Pois, a 
																	alegria não 
																	vem somente 
																	das posses e 
																	dos bens 
																	materiais, e 
																	uma vida 
																	baseada 
																	sobre eles 
																	vai 
																	necessariamente 
																	elevar à 
																	frustração. 
																	Mas, também 
																	há muita 
																	gente, 
																	muitas vezes 
																	com uma vida 
																	sofrida e 
																	difícil, que 
																	irradia a 
																	verdadeira 
																	alegria e 
																	profunda 
																	paz, pois as 
																	suas vidas 
																	são 
																	alicerçadas 
																	sobre a 
																	rocha - uma 
																	vida de amor 
																	verdadeira, 
																	na doação de 
																	si, na busca 
																	de uma vida 
																	digna para 
																	todos. A 
																	sociedade do 
																	consumo nos 
																	aponta um 
																	caminho para 
																	a felicidade 
																	- sempre ter 
																	mais, em uma 
																	busca 
																	individualista 
																	de 
																	felicidade, 
																	que só pode 
																	nos levar à 
																	alegria 
																	falsa dos 
																	shows de 
																	Faustão ou 
																	Sílvio 
																	Santos. 
																	Jesus nos 
																	aponta o 
																	caminho para 
																	a verdadeira 
																	alegria - 
																	uma vida de 
																	amor-doação, 
																	de busca da 
																	justiça e 
																	solidariedade, 
																	que tem a 
																	alegria não 
																	como meta, 
																	mas que a 
																	traz como 
																	consequência.
																	
																	Não há 
																	nenhum 
																	mandamento 
																	“simpatizai-vos 
																	uns com os 
																	outros”, mas 
																	há o 
																	mandamento 
																	do amor! 
																	Para isso, 
																	precisamos 
																	de uma vida 
																	fortemente 
																	fundamentada 
																	no Evangelho 
																	e no 
																	seguimento 
																	de Jesus, 
																	pois se não 
																	temos, será 
																	impossível 
																	sustentá-la. 
																	Jesus nos 
																	quer como 
																	“amigos” e 
																	não servos, 
																	ou seja, 
																	pessoas que 
																	livremente 
																	assumem o 
																	seu projeto. 
																	Assim 
																	assinala que 
																	a religião 
																	não deve ser 
																	simplesmente 
																	o 
																	cumprimento 
																	de uma série 
																	de leis e 
																	regulamentos, 
																	mas o 
																	seguimento 
																	de um 
																	projeto de 
																	vida, 
																	continuador 
																	da sua 
																	missão, no 
																	mundo atual. 
																	Um projeto 
																	além das 
																	nossas 
																	forças 
																	humanas, 
																	pelo qual 
																	precisamos 
																	do dom 
																	sempre 
																	renovado do 
																	Espírito 
																	Santo, um 
																	dom que nos 
																	é garantido, 
																	pois, como 
																	diz o texto 
																	“o Pai dará 
																	a vocês 
																	qualquer 
																	coisa que 
																	vocês 
																	pedirem em 
																	meu nome” 
																	(v. 16). É 
																	um projeto 
																	que nos 
																	coloca na 
																	contramão da 
																	sociedade 
																	atual, mas, 
																	que nos 
																	garante uma 
																	vida 
																	realizada e 
																	plena, que 
																	os falsos 
																	ídolos do 
																	consumismo 
																	são 
																	incapazes de 
																	nos dar. “O 
																	que mando é 
																	isso - 
																	amem-se uns 
																	aos outros”. 
																	(v. 17)
																	
																	 
																	
																	
																	FESTA DA 
																	ASCENSÃO DO 
																	SENHOR 
																	(20.05.12)
																	
																	
																	Mc 16, 15-20
																	
																	
																	“Vão pelo 
																	mundo 
																	inteiro e 
																	anunciem a 
																	Boa-Notícia 
																	para toda a 
																	humanidade”
																	
																	 
																	
																	O texto e Mc 
																	9-20, que 
																	contém o fim 
																	do Evangelho 
																	de Marcos, 
																	interrompe o 
																	fio da 
																	narração 
																	precedente, 
																	é muito 
																	diferente em 
																	estilo e 
																	vocabulário 
																	do resto do 
																	Evangelho e 
																	está ausente 
																	dos melhores 
																	e mais 
																	antigos 
																	manuscritos. 
																	Por isso, 
																	normalmente 
																	está 
																	designado 
																	nas nossas 
																	bíblias como 
																	“Apêndice” 
																	provavelmente 
																	escrito no 
																	segundo 
																	século, e 
																	baseado 
																	basicamente 
																	no Capítulo 
																	24 de Lucas, 
																	com alguma 
																	adição de 
																	João 20 e 
																	com 
																	referências 
																	de fatos 
																	narrados em 
																	Atos. Embora 
																	não 
																	acrescente 
																	nada de novo 
																	para uma 
																	melhor 
																	compreensão 
																	de Jesus e 
																	dos 
																	acontecimentos 
																	pós-pascais, 
																	traz 
																	elementos 
																	muito 
																	importantes 
																	para a vida 
																	da Igreja 
																	hoje.
																	
																	Destaca-se 
																	muito o 
																	mandamento 
																	missionário 
																	de Jesus - o 
																	de levar a 
																	Boa-Nova 
																	para toda a 
																	humanidade 
																	(Mt 28, 
																	18-20). A 
																	Igreja é por 
																	sua natureza 
																	missionária, 
																	e uma Igreja 
																	que 
																	descuidasse 
																	desse 
																	mandato 
																	estaria 
																	traindo a 
																	sua 
																	identidade. 
																	Porém, 
																	faz-se 
																	necessário 
																	distinguir 
																	entre 
																	“missão” e 
																	“proselitismo”. 
																	Igrejas 
																	proselitistas 
																	têm como 
																	meta 
																	angariar 
																	fiéis de 
																	outras 
																	Igrejas para 
																	a deles. 
																	Giram ao 
																	redor de si 
																	mesmas, 
																	identificando 
																	a sua Igreja 
																	institucional 
																	com o Reino 
																	de Deus. Uma 
																	Igreja 
																	missionária 
																	tem como 
																	objetivo 
																	levar a 
																	Boa-Nova do 
																	Reino para 
																	todas as 
																	culturas e 
																	religiões, 
																	respeitando-as, 
																	sendo 
																	testemunha 
																	dos valores 
																	do Reino de 
																	Deus e 
																	ajudando a 
																	pessoas de 
																	boa vontade 
																	a 
																	descobrirem 
																	a presença 
																	do Reino - e 
																	do 
																	anti-Reino - 
																	nas suas 
																	próprias 
																	culturas e 
																	tradições 
																	religiosas. 
																	Um 
																	aprofundamento 
																	desse 
																	mandato nos 
																	fará lembrar 
																	que nós não 
																	somos donos 
																	da missão - 
																	a missão é 
																	do próprio 
																	Deus, cujo 
																	Filho Jesus 
																	foi o 
																	primeiro 
																	missionário 
																	da Trindade. 
																	Ele deixou 
																	uma 
																	comunidade 
																	de 
																	discípulos/as 
																	para 
																	continuar a 
																	sua missão 
																	da 
																	implantação 
																	do Reino de 
																	Deus, e nós 
																	somos 
																	herdeiros 
																	dessa 
																	missão. A 
																	serviço dela 
																	existem 
																	diversos 
																	carismas, ou 
																	dons do 
																	Espírito 
																	Santo, para 
																	o bem de 
																	todos. Mas, 
																	ninguém está 
																	dispensado 
																	dessa tarefa 
																	missionária, 
																	fechando-se 
																	na sua 
																	própria 
																	comunidade, 
																	movimento, 
																	ou Igreja - 
																	pelo 
																	contrário, 
																	devemos 
																	sentirmo-nos 
																	unidos aos 
																	irmãos e 
																	irmãs do 
																	mundo todo e 
																	comprometidos 
																	com a 
																	construção 
																	da sociedade 
																	justa e 
																	solidária 
																	que será uma 
																	concretização 
																	da Boa-Nova 
																	do Reino de 
																	Deus. O 
																	objetivo da 
																	missão a 
																	longo prazo 
																	é de reunir 
																	a humanidade 
																	inteira no 
																	Reino de 
																	Deus (que 
																	ultrapassa 
																	as 
																	fronteiras 
																	da Igreja 
																	visível). 
																	Fazemo-lo 
																	através da 
																	proclamação 
																	explícita da 
																	Boa Nova, e 
																	no 
																	estabelecimento 
																	de um 
																	diálogo 
																	respeitoso 
																	com membros 
																	de outras 
																	tradições 
																	religiosas, 
																	convidando 
																	homens e 
																	mulheres a 
																	pertencer a 
																	uma 
																	comunidade 
																	de 
																	testemunho e 
																	serviço e 
																	levando a 
																	cada ser 
																	humano a 
																	missão 
																	divina de 
																	uma salvação 
																	integral.
																	
																	O texto 
																	explicita 
																	alguns 
																	elementos 
																	importantes 
																	nessa 
																	atividade 
																	missionária: 
																	“expulsão de 
																	demônios”: 
																	expulsando 
																	da 
																	convivência 
																	humana os 
																	sinais do 
																	mal, do 
																	anti-Reino, 
																	que 
																	escraviza e 
																	oprime 
																	milhões de 
																	pessoas, 
																	através de 
																	estruturas 
																	econômicas, 
																	sociais e 
																	até 
																	religiosas, 
																	de exclusão; 
																	“falando 
																	línguas”: 
																	como em 
																	Pentecostes, 
																	criando uma 
																	nova língua 
																	do diálogo e 
																	respeito, a 
																	linguagem do 
																	amor, 
																	justiça e 
																	solidariedade; 
																	“vencendo 
																	veneno”- 
																	superando 
																	tanto veneno 
																	semeado 
																	durante 
																	milênios na 
																	convivência 
																	humana, 
																	expressado 
																	através do 
																	racismo, 
																	machismo, 
																	clericalismo, 
																	e todos os 
																	“ismos” que 
																	excluem e 
																	nos dividem; 
																	“curando 
																	doentes”: 
																	lutando na 
																	prática para 
																	que “todos 
																	tenham a 
																	vida e a 
																	tenham 
																	plenamente” 
																	(Jo 10, 10), 
																	como fez 
																	Jesus, não 
																	somente 
																	fazendo 
																	curas 
																	individuais, 
																	mas, 
																	restaurando 
																	a saúde 
																	integral, 
																	das pessoas 
																	e da 
																	criação, 
																	através da 
																	vivência 
																	comunitária 
																	e individual 
																	do projeto 
																	de Jesus. 
																	Seria 
																	trágico se 
																	esses 
																	elementos 
																	ficassem 
																	reduzidos à 
																	busca de 
																	“milagres” 
																	duvidosos, à 
																	falação de 
																	supostas 
																	“línguas dos 
																	anjos”, e à 
																	satanização 
																	de tudo, 
																	confundindo 
																	expressões 
																	de 
																	desequilíbrio 
																	emocional 
																	com a 
																	presença 
																	diabólica.
																	
																	Durante 
																	séculos, 
																	muitas vezes 
																	os cristãos 
																	do Brasil - 
																	e de muitas 
																	outras 
																	regiões - 
																	têm se 
																	acomodado 
																	com a 
																	vivência de 
																	uma religião 
																	individualista, 
																	acomodada e 
																	frequentemente 
																	alienada dos 
																	problemas do 
																	mundo. 
																	Vivíamos uma 
																	separação 
																	artificial 
																	entre o 
																	mundo e o 
																	espiritual, 
																	entre a 
																	prática 
																	religiosa e 
																	a 
																	transformação 
																	social. O 
																	mandato de 
																	semearmos a 
																	Boa Nova do 
																	Reino nos 
																	ajuda para 
																	que sejamos 
																	mais fiéis a 
																	Jesus - não 
																	somente à 
																	sua pessoa, 
																	mas também à 
																	sua prática 
																	e mensagem, 
																	levando a 
																	Boa Notícia 
																	do Reino a 
																	toda a 
																	humanidade.
																	
																	
																	 
																	
																	
																	DOMINGO DE 
																	PENTECOSTES 
																	(27.05.12)
																	
																	
																	At 2, 1-11
																	
																	
																	“Todos 
																	ficaram 
																	repletos do 
																	Espírito 
																	Santo”
																	
																	
																	 
																	
																	A liturgia 
																	de hoje nos 
																	apresenta a 
																	descida do 
																	Espírito 
																	Santo sobre 
																	a comunidade 
																	dos 
																	discípulos, 
																	em duas 
																	tradições - 
																	a de Lucas 
																	(Atos 2) e 
																	da 
																	Comunidade 
																	do Discípulo 
																	Amado (João 
																	20). Salta 
																	aos olhos 
																	que uma 
																	leitura 
																	fundamentalista 
																	da bíblia - 
																	infelizmente 
																	ainda muito 
																	comum entre 
																	nós - leva a 
																	gente a um 
																	beco sem 
																	saída, pois 
																	em João, a 
																	Ressurreição, 
																	a Ascensão e 
																	a Descida do 
																	Espírito se 
																	deram no 
																	mesmo dia 
																	(Páscoa), 
																	enquanto 
																	Lucas separa 
																	os três 
																	eventos, 
																	durante um 
																	período de 
																	cinquenta 
																	dias. Assim, 
																	devemos ler 
																	os textos 
																	dentro dos 
																	interesses 
																	teológicos 
																	dos diversos 
																	autores - os 
																	40 dias de 
																	Lucas, por 
																	exemplo, 
																	entre a 
																	Ressurreição 
																	e a 
																	Ascensão, 
																	correspondem 
																	aos 40 dias 
																	da 
																	preparação 
																	de Jesus no 
																	deserto, 
																	para a sua 
																	missão. 
																	Pois, como 
																	Jesus ficou 
																	“repleto do 
																	Espírito 
																	Santo” (Lc 
																	4, 1) e se 
																	lançou na 
																	sua missão 
																	“com a força 
																	do Espírito” 
																	(Lc 4, 14), 
																	a comunidade 
																	cristã se 
																	preparou 
																	durante o 
																	mesmo 
																	período, e 
																	na festa 
																	judaica de 
																	Pentecostes 
																	também 
																	experimentou 
																	que “todos 
																	ficaram 
																	repletos do 
																	Espírito 
																	Santo” (At 
																	2, 4).
																	
																	            
																	Uma leitura 
																	superficial 
																	do texto de 
																	Atos dá a 
																	impressão de 
																	um relato 
																	uniforme e 
																	coeso - mas, 
																	isso se deve 
																	à habilidade 
																	literária do 
																	autor. Na 
																	verdade, ele 
																	costurou um 
																	relato só, 
																	tecendo 
																	elementos de 
																	duas 
																	tradições. 
																	Uma leitura 
																	cuidadosa 
																	nos mostra 
																	essas duas 
																	tradições: a 
																	primeira 
																	está nos vv. 
																	1-4, uma 
																	tradição 
																	mais antiga 
																	e 
																	apocalíptica; 
																	a segunda 
																	está nos vv. 
																	5-11, mais 
																	profética e 
																	missionária.
																	
																	Nos 
																	primeiros 
																	versículos, 
																	estamos no 
																	ambiente de 
																	uma casa, 
																	onde os 
																	discípulos 
																	se reuniram. 
																	Atos nos faz 
																	lembrar que 
																	estavam 
																	reunidos 
																	três grupos 
																	distintos: 
																	os Onze; as 
																	mulheres, 
																	entre as 
																	quais Maria 
																	a mãe de 
																	Jesus; e, os 
																	irmãos do 
																	Senhor. 
																	Embora 
																	talvez 
																	representem 
																	três 
																	tradições 
																	cristológicas 
																	diferentes 
																	no tempo de 
																	Lucas, ele 
																	faz questão 
																	de enfatizar 
																	que todos 
																	estavam 
																	reunidos com 
																	“os mesmos 
																	sentimentos, 
																	e eram 
																	assíduos na 
																	oração” (At 
																	1, 14). Ou 
																	seja, a 
																	descida do 
																	Espírito não 
																	é algo 
																	mágico; mas, 
																	consequência 
																	da unidade 
																	na fé e no 
																	seguimento 
																	do projeto 
																	de Jesus.
																	
																	            
																	O primeiro 
																	relato (vv. 
																	1-4) usa 
																	imagens 
																	apocalípticas, 
																	símbolos da 
																	teofania, ou 
																	da 
																	manifestação 
																	da presença 
																	de Deus - o 
																	som de um 
																	vendaval e 
																	as línguas 
																	de fogo. A 
																	expressão 
																	externa da 
																	descida do 
																	Espírito é o 
																	“falar em 
																	outras 
																	línguas” 
																	(não o 
																	“falar em 
																	línguas”- 
																	glossolalia 
																	- tão 
																	valorizado 
																	por muitos 
																	grupos de 
																	cunho 
																	neo-pentecostal).
																	
																	A segunda 
																	tradição 
																	muda o 
																	enfoque. O 
																	ambiente 
																	muda, da 
																	casa para um 
																	lugar 
																	público - 
																	provavelmente 
																	o pátio do 
																	Templo. O 
																	sinal 
																	visível da 
																	presença do 
																	Espírito não 
																	é mais o 
																	falar em 
																	outras 
																	línguas, mas 
																	o fato que 
																	todos os 
																	presentes 
																	pudessem 
																	“ouvir, na 
																	sua própria 
																	língua, os 
																	discípulos 
																	falarem” (At 
																	1, 6). O 
																	termo 
																	“ouvir” aqui 
																	implica 
																	também 
																	“compreender”. 
																	Três vezes o 
																	relato 
																	destaca o 
																	fato dos 
																	presentes 
																	poderem 
																	“ouvir” na 
																	sua própria 
																	língua (vv. 
																	6.8.11). 
																	Assim, Lucas 
																	quer 
																	enfatizar 
																	que o dom do 
																	Espírito 
																	Santo tem um 
																	objetivo 
																	missionário 
																	e profético 
																	- de fazer 
																	com que toda 
																	a humanidade 
																	possa ouvir 
																	e 
																	compreender 
																	a nova 
																	linguagem, 
																	que une 
																	todas as 
																	raças e 
																	culturas - 
																	ou seja, a 
																	do amor, da 
																	solidariedade, 
																	do projeto 
																	de Jesus, do 
																	Reino de 
																	Deus.
																	
																	            
																	A lista dos 
																	presentes 
																	tem um 
																	sentido 
																	especial - 
																	estão 
																	mencionadas 
																	raças, áreas 
																	geográficas, 
																	culturas e 
																	religiões. 
																	Todos ouvem 
																	as 
																	maravilhas 
																	do Senhor. 
																	Lucas ensina 
																	que a 
																	aceitação do 
																	Evangelho 
																	não exige 
																	deixar a 
																	identidade 
																	cultural. 
																	Contesta a 
																	dominação 
																	cultural, ou 
																	seja, a 
																	identificação 
																	do Evangelho 
																	com uma 
																	cultura 
																	específica. 
																	Durante 
																	séculos, 
																	este fato 
																	foi 
																	esquecido 
																	nas Igrejas, 
																	e 
																	identificava-se 
																	o Evangelho 
																	com a sua 
																	expressão 
																	cultural 
																	europeia. 
																	Nos últimos 
																	anos, a 
																	Igreja tem 
																	insistido 
																	muito na 
																	necessidade 
																	da 
																	“inculturação”, 
																	de anunciar 
																	e vivenciar 
																	a mensagem 
																	de Jesus 
																	dentro das 
																	expressões 
																	culturais 
																	das diversas 
																	raças e 
																	etnias. O 
																	texto é uma 
																	releitura da 
																	Torre de 
																	Babel, onde 
																	a língua 
																	única era o 
																	instrumento 
																	de um 
																	projeto de 
																	dominação 
																	(uma torre 
																	até o céu) 
																	que foi 
																	destruído 
																	por Deus 
																	pela 
																	diversidade 
																	de línguas. 
																	Nenhuma 
																	cultura ou 
																	etnia pode 
																	identificar 
																	o Evangelho 
																	com a sua 
																	expressão 
																	cultural 
																	dele.
																	
																	Hoje é uma 
																	grande festa 
																	missionária. 
																	Marca a 
																	transformação 
																	da Igreja de 
																	uma seita 
																	judaica em 
																	uma 
																	comunidade 
																	universal, 
																	missionária, 
																	mas não 
																	proselitista, 
																	comprometida 
																	com a 
																	construção 
																	do Reino de 
																	Deus “até os 
																	confins da 
																	terra”. Mas, 
																	Lucas 
																	insiste que 
																	a 
																	experiência 
																	de 
																	Pentecostes 
																	não se 
																	limita a um 
																	evento - é 
																	uma 
																	experiência 
																	contínua - 
																	por isso 
																	relata novas 
																	descidas do 
																	Espírito 
																	Santo: em 
																	uma 
																	comunidade 
																	em oração em 
																	uma casa (At 
																	4, 31), 
																	sobre os 
																	samaritanos 
																	(At 8, 17), 
																	e, para o 
																	espanto dos 
																	judeu-cristãos 
																	ortodoxos, 
																	sobre os 
																	pagãos na 
																	casa do 
																	Cornélio (At 
																	10, 4). 
																	Pois, o 
																	Espírito 
																	Santo sopra 
																	onde quer, 
																	sobre quem 
																	quer, em 
																	favor do 
																	Reino de 
																	Deus. 
																	
																	
																	Aprendamos 
																	do texto de 
																	Atos, e 
																	celebremos a 
																	nossa 
																	vocação 
																	missionária, 
																	não a de 
																	falar em 
																	línguas, mas 
																	de falar a 
																	língua única 
																	do amor e do 
																	compromisso 
																	com o Reino, 
																	para que a 
																	mensagem do 
																	Evangelho 
																	penetre 
																	todos os 
																	povos, 
																	culturas, 
																	raças e 
																	etnias.
																	
																	 
																	
																	
																	Jo 20, 19-23
																	
																	
																	 
																	
																	            
																	No texto 
																	anterior ao 
																	de hoje, a 
																	Maria 
																	Madalena 
																	trouxe a 
																	notícia da 
																	Ressurreição 
																	aos 
																	discípulos 
																	incrédulos. 
																	Agora é o 
																	próprio 
																	Jesus que 
																	aparece a 
																	eles. Não há 
																	reprovação 
																	nem queixa 
																	nas suas 
																	palavras, 
																	apesar da 
																	infidelidade 
																	de todos 
																	eles, mas 
																	somente a 
																	alegria e a 
																	paz, que já 
																	tinha 
																	prometido no 
																	último 
																	discurso. 
																	Duas vezes 
																	Jesus 
																	proclama o 
																	seu desejo 
																	para a 
																	comunidade 
																	dos seus 
																	discípulos - 
																	“A paz 
																	esteja com 
																	vocês”. O 
																	nosso termo 
																	“paz” 
																	procura 
																	traduzir - 
																	embora de 
																	uma maneira 
																	inadequada - 
																	o termo 
																	hebraico “Shalom!”, 
																	que é muito 
																	mais do que 
																	“paz” 
																	conforme o 
																	nosso mundo 
																	a 
																	compreende. 
																	O “Shalom” 
																	é a paz que 
																	vem da 
																	presença de 
																	Deus, da 
																	justiça do 
																	Reino. Como 
																	cantamos, 
																	“da justiça 
																	nascerá a 
																	paz.” Jesus 
																	não promete 
																	a paz do 
																	comodismo; 
																	mas, pelo 
																	contrário, 
																	envia os 
																	seus 
																	discípulos 
																	na missão 
																	árdua em 
																	favor do 
																	Reino, 
																	prometendo o
																	Shalom, 
																	pois, Ele 
																	nunca 
																	abandonará 
																	quem procura 
																	viver na 
																	fidelidade 
																	ao projeto 
																	de Deus.
																	
																	            
																	Jesus soprou 
																	sobre os 
																	discípulos, 
																	como Deus 
																	fez (é o 
																	mesmo termo) 
																	sobre Adão 
																	quando 
																	infundiu 
																	nele o 
																	espírito de 
																	vida; Jesus 
																	os recria 
																	com o 
																	Espírito 
																	Santo.
																	
																	Normalmente 
																	imaginamos o 
																	Espírito 
																	Santo 
																	descendo 
																	sobre os 
																	discípulos 
																	em 
																	Pentecostes; 
																	mas, aquilo 
																	era a 
																	descida 
																	oficial e 
																	pública do 
																	Espírito 
																	para dirigir 
																	a missão da 
																	Igreja no 
																	mundo. Para 
																	João, o dom 
																	do Espírito, 
																	que da sua 
																	natureza é 
																	invisível, 
																	flui da 
																	glorificação 
																	de Jesus, da 
																	sua volta ao 
																	Pai. O dom 
																	do Espírito 
																	neste texto 
																	tem a ver 
																	com o perdão 
																	dos pecados.
																	
																	Que a 
																	celebração 
																	nos anime 
																	para que 
																	busquemos a 
																	criação de 
																	um mundo 
																	onde 
																	realmente 
																	possa reinar 
																	o Shalom, 
																	não a paz 
																	falsa da 
																	opressão e 
																	injustiça, 
																	mas do Reino 
																	de Deus, 
																	fruto de 
																	justiça, 
																	solidariedade 
																	e 
																	fraternidade. 
																	Jesus nos 
																	deu o 
																	Espírito 
																	Santo - 
																	agora 
																	depende de 
																	nós usarmos 
																	essa força 
																	que temos, 
																	na 
																	construção 
																	do mundo que 
																	Deus quer.
																	
																	- - -
																	
																	
																	Pe. Tomaz 
																	Hughes, SVD
																	
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