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FIJ propõe à ONU medidas de
proteção aos jornalistas
Entre os dias 5 e 9 de setembro,
o presidente da FENAJ e da
Federação dos Jornalistas da
América Latina e Caribe
(Fepalc), Celso Schröder,
participou de uma comitiva
internacional em agenda oficial
na ONU, em Nova York. No dia 7,
a delegação, chefiada pelo
presidente da Federação
Internacional dos Jornalistas
(FIJ,) Jim Boumelha, entregou ao
presidente da Assembleia Geral
da ONU, Nassir Abdulaziz
Al-Nasser, documento
reivindicando medidas de
proteção aos jornalistas. A
iniciativa foi deliberada no
Seminário Internacional
Jornalismo e Direitos Humanos,
realizado em janeiro deste ano,
no Catar.
Na visita à ONU a FIJ lançou uma
campanha de proteção e segurança
dos jornalistas. "O assassinato
de jornalistas continua a
aumentar em todo o mundo, apesar
da multiplicidade de
instrumentos internacionais,
leis internacionais de direitos
humanos universais, as leis de
direitos humanos, convênios,
declarações e resoluções que são
simplesmente ignoradas por
muitos governos", considerou Jim
Boumelha. "Nossa mensagem para a
Assembléia Geral é a utilização
de quaisquer mecanismos que tem
em seu poder para forçar os
Estados membros a cumprirem
rigorosamente a sua
responsabilidade sob as leis
internacionais para proteger os
jornalistas e acabar com a
impunidade", complementou.
Desde que o Conselho de
Segurança da ONU aprovou a
resolução 1.738 sobre a
segurança dos jornalistas em
áreas de conflito e a
impunidade, mais de 600
jornalistas morreram, a grande
maioria deles assassinados em
seus próprios países.
Em entrevista coletiva à
imprensa após o encontro,
Al-Nasser apoiou a campanha. "É
inaceitável que jornalistas
sejam assassinados todos os
anos, mas os assassinos muitas
vezes prossigam livres", disse,
conclamando “todos os amantes da
paz, os Estados membros, os
atores da sociedade civil e do
setor de mídia para apoiarem a
aprovação da recomendação da
conferência [de Doha]".
As recomendações resultantes da
Conferência de Doha, foram
distribuídos pelo presidente
Al-Nasser a todos os 193 membros
da ONU. Entre outras questões é
recomendado que a ONU desenvolva
novas ferramentas de relação com
os Estados membros, com a
aceitação de uma obrigação
permanente de proteger os
jornalistas, a adoção de
reformas de seus mecanismos e
procedimentos, tais como através
de organizações regionais de
segurança, ampliando os mandatos
dos relatores especiais e os
órgãos competentes, maior
acompanhamento, inspeções e
sanções obrigatórias, além da
criação de uma unidade para
acompanhar casos de mídia no
Conselho de Direitos Humanos.
"Precisamos de uma ação renovada
pela ONU para começar a forçar
os Estados membros a aplicarem
as disposições atuais, mas
também para desenvolverem novas
ferramentas. Está claro que a
abordagem incremental provou-se
insuficiente e a FIJ liderará
movimentos para tapar os buracos
que a impunidade permitiu o
florescimento", acrescentou
Boumelha.
Outra iniciativa da FIJ na ONU é
o lançamento, pela UNESCO, de
uma consulta sobre um novo Plano
para Segurança de Jornalistas e
combate à impunidade.
Perseguição a jornalistas e o
papel da grande mídia
Nos dias 1° e 02 de setembro a
Federação Latinoamericana de
Jornalistas (Felap) realizou, em
Caracas, na Venezuela, seu XI
Congresso com o tema "Nossa
comunicação não será censurada”.
Os debates concentraram-se
principalmente no aumento da
violência contra jornalistas na
América Latina e na disputa que
os grandes conglomerados de
mídia vêm travando com governos
democraticamente eleitos nas
últimas décadas na região.
Ao final do evento foi aprovada
a "Declaração de Caracas” . O
argentino Juan Carlos Camaño foi
reconduzido à presidência da
FELAP e o diretor da FENAJ e o
presidente do Sindicato dos
Jornalistas de Londrina, Ayoub
Hanna Ayoub, foi eleito para a
Vice-presidência Brasil da
entidade.
Com informações da FIJ/Ásia e da
FELAP
http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=3710 |
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