Paris Manhattan - dirigido por Sophie Lellouche,

um delicioso filme para os amantes de boas frases e daquilo que Woody Allen nos enriquece na vida: Sorrir!
Eis um roteiro... brilhante e inteligente. Sutil e corajoso.
A história que se passa inteiramente na cidade de Paris, traz Alice (interpretado pela cativante e bela atriz Alice Taglioni), uma jovem judia farmacêutica, que desde muito cedo coleciona os melhores e bons momentos de seu ídolo e inspirador Woody Allen, tendo em seu quarto um lindo poster do cineasta, travando com ele conversas e confissões de sua intimidade. A admiração por ele é tanta que chega a recomendar aos clientes assistir a filmes, ao invés de lhes vender medicamentos.
Seus pais, pessoas simpáticas e agradáveis, que nos encantam, querem com urgência lhe arrumar um pretendente, mas Alice não se rende a qualquer escolha, nos percursos de sua vida; e vai vivendo tudo aquilo que os momentos lhe trazem de bom, até que, de forma inesperada, um encontro com Victor (o charmoso Patrick Bruel) vai lhe dar o maior encontro de sua vida...
O roteiro também é brilhantemente assinado pela própria diretora, que parece ser um nome
promissor a se guardar, trazendo boas surpresas, como se realmente fosse a pupila do inusitado e
exemplar, a quem o filme homenageia implicitamente nos seus melhores tempos, Woody Allen, que
nos surpreende numa aparição breve e suficiente, sem roubar todo o mérito desta jovem, estupenda
diretora.
Duas frases me chamaram a atenção:
"Woody Allen nos torna mais inteligentes rindo do que bocejando".
"A verdade é aquela que enxergamos de olhos fechados".
Quem nunca ficou entre Paris e/ou Manhatan para passar um belo encontro a dois? Ir ao destino de
Veneza assistindo a esta bela obra somente corrobora que o bom cinema nos faz mais ricos
culturalmente e que, de fato, o cinema é a boa "verdade/mentira que enxergamos de olhos abertos."
Filme que indico com meus olhos cansados.
Nota 10!

Márcia Rachel Ris Mohrer
Advogada