Theresa Catharina de Góes Campos

  SERVIÇOS PÚBLICOS – CUSTO ELEVADO e BAIXA QUALIDADE
Faustino Vicente

“Estudo sobre a carga tributária/PIB x IDH”, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, nos mostra uma desconfortável realidade: entre os 30 países com maior carga tributária, o Brasil é o que proporciona o pior retorno da qualidade de serviços à população.”

Essa realidade nos leva a crer que o maior desafio dos Prefeitos e dos Vereadores, não se encontra na realização das promessas de campanha, mas na capacidade gerencial de baixar o elevado custeio da máquina pública, pois embora reconheçamos que existam ilhas de excelência, ainda “surfamos” num oceano de serviços públicos que deixam muito a desejar.

Não devemos esquecer que o mundo está em crise, que há cerca de 200 milhões de desempregados no planeta, países superendividados, milhões de pessoas passando fome e prefeituras brasileiras com seus orçamentos comprometidos com despesas gerais, inibindo investimentos em infraestrutura.

Que no planejamento estratégico da Prefeitura e da Câmara, os planos de ação, para melhorar a qualidade – adequação ao uso com satisfação do contribuinte -, aumentar a produtividade – produzir cada vez mais e melhor, com cada vez menos (menos tudo) e reduzir, sistematicamente, os custos fixos, tenham prioridade Zero.

O sinal de alerta para a classe política tem eco milenar, pois nos leva ao Império Romano, o mais badalado da história da humanidade, e ao célebre Cícero (106-43 A.C.) – filósofo, advogado, escritor, político e o maior orador romano. “Temos que equilibrar o orçamento, proteger o tesouro, combater a usura e reduzir a burocracia. Caso contrário, afundaremos todos.”

O primeiro passo, para aumentar a produtividade, deve ser a eliminação do excesso de burocracia que, além de oneroso e gerar morosidade, tem se mostrado ineficaz no combate à corrupção e às fraudes.

Para que os servidores públicos colaborem com o projeto sobre redução de custos e as metas sejam plenamente atingidas, é de fundamental importância que Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais e Vereadores demonstrem que estão comprometidos, sendo exemplos.

Encerramos com a frase de Peter Drucker (1909-2005), um dos maiores pensadores em gestão organizacional: “Não existem países subdesenvolvidos. Existem países subadministrados”. Faustino Vicente – Professor, Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos e Advogado – e-mail: faustino.vicente@uol.com.br – Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil
 

Jornalismo com ética e solidariedade.