Theresa Catharina de Góes Campos

  A MORTE DE UM FAMILIAR

De: VICTORIA
Data: 22 de junho de 2013 22:13
Para: Theresa Catharina de Goes Campos

Querida irmã Therezita, o motivo principal desta minha mensagem é comunicar com muita tristeza e ainda bastante emocionada a notícia inesperada do falecimento de nossa prima Maria do Socorro Campos Florêncio. Estávamos assistindo ao Jornal Nacional e fazendo um lanche quando o telefone tocou e era nossa prima Norinha com a voz bastante comovida, quase chorando para dizer que sua irmã Socorrinho havia morrido na quinta feira, dia 20 de junho, à noite, em casa, vítima de um ataque cardíaco. Tinham as duas passado a tarde juntas e Socorrinho se queixara de uma dor nas costas. Norinha fizera uma massagem local e Socorrinho melhorou, resolvendo voltar para sua residência. Passado algum tempo, Norinha ligou para a irmã e, não obtendo resposta, decidiu ir lá pessoalmente.

Ela estava sentada no sofá, como se estivesse dormindo... , mas já estava sem vida. Ela me disse que foram momentos de muita dor e que ficou totalmente sem saber o que fazer por alguns minutos, sem acreditar no que estava acontecendo. Apenas hoje ela pode me avisar e pediu orações nossas. Que o bom Deus possa lhe dar conforto e paz neste momento tão difícil, pois eram muito unidas e uma apoiava a outra, fazendo companhia mútua, enfrentando juntas as dificuldades diárias. Achei melhor lhe dar ainda hoje esta triste notícia, a nos mostrar que realmente devemos sempre estar preparados para enfrentar qualquer adversidade, acordando todos os dias e logo rezando... para que Deus nos guie e ilumine, procurando agir de forma correta e sem adiar nossos atos de bondade, vivendo cada minuto com intensidade e firmeza nossos ideais. Desculpe-me, estou um pouco cansada.Beijos, Victoria.

De: Theresa Catharina de Góes Campos
Data: 22 de junho de 2013 23:01
Assunto: Sua carinhosa comunicação sobre a morte de Socorrinho tem grandes lições de vida.O mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, assinala para nós ...
Para: VICTORIA

Querida irmã Victoria:

Sua carinhosa comunicação sobre a morte de nossa prima Socorrinho tem, nas palavras sábias e amadurecidas pelas surpresas dolorosas da existência, grandes lições de vida. (Vou editá-las, para publicar e, assim, partilhar com outras pessoas, que também precisam delas.) Muito obrigada por me escrever para dar a notícia, apesar de seu cansaço e da sua comoção naturais. (...)

Peço, entretanto, que apesar da notícia triste, procure ser forte e não se deixe abater pela tristeza, porque Socorrinho faleceu sem sofrer demais e, com certeza, na paz e no amor de Deus, no sofá de sua residência. A dor nas costas comprova que, nas mulheres, de fato, os sintomas são bem diferentes do que os ataques cardíacos nos homens. Sempre devemos contar as nossas bênçãos, que Deus nos concedeu no tempo presente. O passado já se foi, o futuro, não sabemos se virá. O agora, o tempo presente, como o nome diz, é uma dádiva. Madre Tereza de Calcutá insistia nessa valorização do presente.

O mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, assinala para nós estas perdas significativas, com datas tão próximas: nosso único irmão, Fernando José, em 18/06/2007; Mamãe, em 14/06/2008; e, tão recente, a morte de Socorrinho, em 20/06/2013.

Desde menina, quando visitávamos Caruaru, lembro de como as duas irmãs, Norinha e Socorrinho, mostravam que eram próximas, bem unidas uma à outra. Agora, a irmã que ficou só, uma Norinha saudosa, precisará se fortalecer emocionalmente, aceitando o mistério das decisões divinas.


Que bom você e William terem ido visitá-las naquela viagem em que, meses atrás, foram a Garanhuns, passando por Caruaru. Que Deus os abençoe por seu ato de bondade que tanta alegria lhes deve ter proporcionado!

Antes de encerrar esta mensagem, quero enfatizar a vocês: cuidem da saúde do corpo e do espírito, cultivem juntos seus melhores sentimentos e, de modo especial, se fortaleçam na alegria cristã.

Tenhamos fé, contrapondo a esperança ao desespero comum a este mundo que precisamos enfrentar habitualmente.

Recebam meus beijos e abraços afetuosos. Com a gratidão de sempre,

Therezita

 

Jornalismo com ética e solidariedade.