Theresa Catharina de Góes Campos

     
Lumière! A Aventura Começa


https://oglobo.globo.com/rioshow/critica-lumiere-aventura-comeca-22188951

http://www.rtp.pt/cinemax/?t=Lumiere-A-Aventura-Comeca.rtp&article=15665&visual=2&layout=7&tm=13

https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/2017/12/critica-lumiere-a-aventura-comeca-2

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http://knoow.net/arteseletras/cinemateatro/irmaos-lumiere/

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O cinematógrafo e os irmãos Lumière

Os irmãos Lumière iniciaram a comunicação através do cinema. Para que chegassem ao primeiro aparelho, o cinematógrafo, foi preciso que resolvessem três dificuldades: a análise do movimento, a fixação deste movimento num recipiente qualquer e a sua projeção fora do aparelho. Louis Lumière mostrou a sua invenção ao público na histórica sessão de 28 de dezembro de 1895, em Paris, realizando os primeiros espetáculos regulares de Cinema. Os irmãos Lumière, apresentando o seu cinematógrafo, tinham mais uma preocupação científica do que um interesse artístico ou comercial. As cenas filmadas eram as da vida diária, sem nenhum artifício, uma espécie de "álbum de família" animado. Pelos títulos dos filmes podemos ter uma ideia: "A Saída da Fábrica", "A Chegada do Trem" — filmes de 16 milímetros, com duração de 2 minutos. Aos poucos, entretanto, as perspectivas vão se ampliando. Lumière passa a filmar acontecimentos fora de casa: um congresso, um jubileu, uma exposição — uma espécie de atualidades cinematográficas de hoje! Envia seus auxiliares, os "caçadores de imagens", para o exterior, a fim de filmar acontecimentos históricos. Eis que os filmes vão aumentando de duração e passaram a contar histórias e a transmitir idéias. Lumière realizou ainda o primeiro filme de enredo, com os seguintes elementos: exposição do ambiente, motivos, personagens, intriga, clímax e desenlace. Na origem do cinema, já encontramos duas tendências documentarista (informação) e composição de espetáculos (diversão). Nesse período, aliás, a maior tendência é para o teatro filmado. George Méliès, o mágico da tela George Méliès foi chamado "o mágico da tela." Diretor de uma casa de espetáculos, prestidigitador e ilusionista, viu logo as enormes possibilidades da câmera. Seguiu no princípio o exemplo de Lumière, mas começou a filmar todo o repertório do grande ilusionista Houdini, e se voltou definitivamente para o teatro, principalmente o gênero fantástico, o que hoje chamamos "ficção científica". Descobriu muitos truques cinematográficos. Seus filmes: "Viagem Através do Impossível", "Vinte Mil Léguas Submarinas", "Viagem à Lua", "A Conquista do Polo", destacaram-se entre mais de 4 mil que realizou. Em 1908, porém, estava superado. O cinema deve muito a George Méliès. Foi ele quem introduziu o sonho, o feérico, partes integrantes da arte. Deu um impulso decisivo à arte cinematográfica, como criador de filmes de enredo; construiu o primeiro estúdio cinematográfico; foi o primeiro distribuidor de filmes.
Theresa Catharina de Góes Campos
"O Progresso das Comunicações Diminui a Solidão Humana? Uma interpretação histórica das comunicações gráficas e audiovisuais, desde a pré-história até o Intelsat" - Rio de Janeiro, Editora Lidador, 1970, 139p.

http://www.theresacatharinacampos.com/O%20progresso%20das%20comunica%C3%A7%C3%B5es.pdf

 

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