18º Congresso Mundial de Gerontologia

"Envelhecimento Saudável no Século XXI: Participação, Saúde e Segurança. Construindo elos entre a pesquisa e a prática"

International Association of Gerontology

26 a 30 de junho de 2005

Riocentro

Rio de Janeiro

Brasil

Rio de Janeiro, 24 de junho de 2005 – O 18º Congresso Mundial de Gerontologia terá, como tema principal, "Envelhecimento ativo no Séc. XXI: participação, saúde e segurança. Estabelecendo elos entre a pesquisa e a prática"

Por quê?

Porque a população mundial está envelhecendo a um ritmo nunca antes observado e "se envelhecer é para ser uma experiência positiva, o aumento da expectativa de vida deve ser acompanhado de oportunidades permanentes de Saúde, Participação e Segurança".

Por que a preocupação com o envelhecimento populacional?

Porque do total da população idosa mundial no ano 2050 (2 bilhões), 1.7 bilhão estará vivendo em países em desenvolvimento. O que preocupa é o fato dos países desenvolvidos terem, primeiro, se tornados ricos para depois envelhecerem ao passo que, nos países em desenvolvimento, a população está envelhecendo antes dos países se tornarem ricos.

Quais as repercussões do envelhecimento populacional?

As implicações decorrentes desse fenômeno são imensas e tocarão todos os setores da sociedade: econômicos, sociais, ambientais, previdenciários, de saúde etc.

O que é Envelhecimento Ativo?

"Envelhecimento ativo é o processo de otimização de oportunidades de saúde, participação e segurança de forma a garantir qualidade de vida na medida em que as pessoas envelhecem."(WHO 2002, Active Ageing - a Policy Framework, Geneva, World Health Organization). Envelhecimento ativo é um processo que precisa ser visto dentro do prisma de curso de vida, numa visão intergeracional, de qualidade de vida, pautado na ética, na sociedade e nas questões de desenvolvimento.

Quais são os principais determinantes para um envelhecimento ativo? Segundo a OMS, são 6 os determinantes: 1) Serviços de saúde e serviços sociais: para se promover o envelhecimento ativo, os sistemas de saúde precisam adotar uma perspectiva de curso de vida, focado na promoção de saúde, na prevenção de doenças e no acesso imparcial a cuidados primários de qualidade e a cuidados prolongados de saúde.

2) Determinantes biológicos e individuais: Enquanto os gens podem estar envolvidos nas causas de doenças, muitas delas são provocadas por fatores ambientais e externos numa proporção bem maior do que as causas genéticas e internas.

3) Determinantes comportamentais: A adoção de hábitos e de estilo de vida saudáveis, associados à participação ativa, são fatores importantes em qualquer fase do curso de vida. Um dos mitos do envelhecimento é o de que seria muito tarde para se adotar novos hábitos na idade madura e avançada. Pelo contrário, estabelecendo uma rotina adequada de exercícios físicos, uma alimentação saudável, abolindo o fumo e o álcool e fazendo uso sensato de medicamentos nessa fase da vida são fatores que previnem doenças e declínio funcional, aumentando a expectativa de vida, garantindo qualidade de vida.

4) Meio ambiente e barreiras arquitetônicas: Grande parte dos ferimentos sofridos por idosos poderia ser prevenida; no entanto, a visão comum que insiste em classificá-los como simples "acidentes" têm resultado em negligência histórica, nessa área, por parte da saúde pública.

5) Determinantes sociais: De acordo com a Rede Internacional de Prevenção a Maus-tratos a idosos, sua definição consiste em "atos únicos ou repetidos ou mesmo na ausência de ação apropriada que venha a ocorrer em qualquer relação em que haja expectativa de confiança e que venha a causar danos ou sofrimento a uma pessoa idosa" (Action on Elder Abuse, 1995)

6) Determinantes econômicos: Manter o foco do mercado de trabalho pautado apenas no mercado formal faz com que não consideremos a valiosa contribuição que as pessoas idosas têm no mercado informal (por ex. atividades autônomas e trabalho doméstico) além de trabalhos não-remunerados desempenhados no domicílio e na comunidade.

Esses 6 determinantes têm em comum o corte transversal da cultura e de gênero. Cultura, que permeia todos os indivíduos e povos, determinando a forma com que envelhecemos porque elas influenciam todos os outros determinantes de envelhecimento ativo. Gênero, por ser o prisma através do qual é considerada a adequação das várias opções de políticas e de como elas irão influenciar o bem- estar tanto dos homens quanto das mulheres.

Programação científica do congresso

A proposta é a de abrir o Congresso com uma Grande Sessão Plenária sobre "Envelhecimento Ativo" seguida de 2 conferências sobre as perspectivas culturais e de gênero para um envelhecimento ativo. Os 6 determinantes de Envelhecimento Ativo serão as vertentes sobre as quais correrão as sessões paralelas apresentadas na forma de Conferências, Grandes Sessões Plenárias, Simpósios, Mesas Redondas, Vídeo Conferências, Posters etc.

Alguns dos Palestrantes com temáticas atualíssimas:

Alexandre Kalache (OMS/Suíça) - Active ageing in the XXIst century: an agenda

Allan Jette (EUA) - Physical therapy: an approach for active ageing

Gloria Gutman (Canadá): Global Ageing: challenges and opportunities

Jeffrey L. Cumings (EUA): Emerging understanding and treatment of Alzheimer´s disease

Larry Librach (Canada) - The quest to die with dignity: issiues and challenges in end of life care for the elderly

Michael Marmott (Prêmio Ipsen - Inglaterra) - Social determinants of mortality and longevity

Nana Apt (Ghana) - Ageing in Africa

Paul B. Baltes (Alemanha) - A psychological model of aging successfully

Susan B. Roberts (EUA) - Eating well for lifelong health: the role of nutrition in healthy metabolic aging

Andrew Wister (Canada) - Baby boomer health dynamics: how are we ageing?

Monika White (EUA) Voluntary work: motives and opportunities

Leonnard Poon (EUA) - Simpósios sobre Centenários

Robert Buther

Por que este Congresso no Brasil? Qual a importância do Congresso Internacional de Gerontologia que se realizará no Rio? Primeiramente, sua importância está em ser um Congresso Mundial, já em sua 18ª edição e que, até então, vinha sendo sediado em países europeus, asiáticos e norte-americanos. Sua realização pela 1ª vez na América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro, é justificada pelo crescente aumento da população idosa nos países em desenvolvimento, em especial na região sul-americana, e dará oportunidade, única, para que profissionais e estudantes da área do envelhecimento participem, muitos pela 1ª vez, de um evento internacional sem a implicação de grandes deslocamentos e custos. Essa participação proporcionará a apresentação das ações políticas, sociais, assistenciais e de pesquisa que vêm sendo desenvolvidas nas diferentes regiões, propiciando, ainda, o intercâmbio de informações e a capacitação de profissionais.

Quem está convidado e qual a expectativa de participantes?

Estão convidados e confirmados especialistas de renome internacional, tanto da área de geriatria como de gerontologia, que estarão participando em Sessões Plenárias (Keynote Speakers), conferências (Lectures), assim como na coordenação de 80 simpósios, dos quais participarão inúmeros pesquisadores e profissionais, de todo o mundo. Quanto ao público participante, estima-se em 3000 inscritos.

Quais serão as áreas temáticas centrais do Congresso?

· Biologia

· Demografia

· Economia

· Epidemiologia e Pesquisa Social

· Saúde e Prática Clínica

· Processos Comportamentais e personalidade

· Física e Ambiental

Quais serão as principais novidades que se apresentarão no Encontro (pesquisa, experiências ou linhas de ação) em relação ao Envelhecimento Ativo?

Resultados de pesquisas longitudinais, em diversas culturas, visando avaliar os fatores que contribuem para o envelhecimento ativo, seja do ponto de vista econômico, social, ambiental, comportamental, individual ou de saúde. Serão debatidos os temas mais relevantes das diretrizes da II Assembléia Mundial do Envelhecimento (Madrid, 2002), em busca de políticas públicas adequadas para enfrentar o impacto do envelhecimento populacional no mundo, conquista irreversível da humanidade.

Quais são as tendências atuais de pesquisa em Geriatria?

· Prevenção e Promoção de Saúde;

· A relação entre estilo de vida e envelhecimento;

· O tratamento das doenças neuropsiquiátricas, entre elas o avanço no tratamento das demências;

· A análise genômica em Biologia do Envelhecimento;

· As doenças crônico-degenerativas;

· Cuidados ao fim da vida

Quais são as tendências atuais de pesquisa em Gerontologia?

· Educação e Treinamento num mundo que envelhece;

· Os custos do cuidado de pessoas idosas dependentes;

· Fragilidades e reabilitação preventiva;

· Envelhecimento rural;

· Gerontologia Ambiental

· A heterogeneidade do envelhecimento em sociedades com desigualdades sócio-econômicas intensas; · Direitos Humanos e Violência contra os idosos;

· Curso de Vida;

· Mecanismos da Memória e da Reabilitação Cognitiva

Que temas você considera emergentes em Geriatria e em Gerontologia e que deveriam ser considerados para futuras pesquisas? Um tema que vem ganhando muita relevância, nos últimos 3 anos, é a discussão sobre a implementação de políticas que contribuam para a redução da discriminação por idade, eliminando preconceitos em relação às pessoas idosas, direcionando para uma sociedade que respeite e valorize cidadãos de qualquer idade, garantindo a sua efetiva participação social.

Quais são os países líderes em pesquisa gerontológica que estarão presentes ao Congresso e a que se deve essa liderança? Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Japão, França, Itália, Espanha, Suíça, Países Nórdicos, China. Esta liderança se deve, em grande parte, ao envelhecimento populacional ocorrido nesses países ao longo do século passado e à maior destinação de verbas para pesquisa na área do envelhecimento e à implantação de políticas adequadas de assistência.

Que tipos de desafios você imagina que o Congresso estará trazendo aos participantes?

Considerando que uma das intenções do Congresso, como bem explicitado em seu tema central, é o de vencer o gap entre pesquisa e a prática, o maior desafio para os participantes será justamente o de serem capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos no Congresso à sua prática profissional, utilizando-os como ferramentas de sensibilização e de cobrança junto aos gestores, governantes, reitores e à sociedade civil, no que concerne à preparação da sociedade para um mundo que envelhece.

Como você avalia o efeito que estes Congressos têm sobre as decisões de políticas públicas?

Uma vez que o envelhecimento populacional mundial é um fenômeno de extrema complexidade, pontuado por profundas diferenças sociais, econômicas, culturais, de saúde, de gênero, étnicas etc., o fato de inúmeros profissionais estarem reunidos, durante 4 dias, permite um intenso intercâmbio em busca de soluções criativas adaptadas à realidade de cada região. Nesse sentido, o efeito que um Congresso Mundial tem sobre decisões de políticas públicas pode ser muito positivo, cabendo a cada região aproveitá-las de acordo com sua realidade.

Que papel cabe à sociedade civil nesses Congressos?

O de se conscientizar das diversas implicações decorrentes do envelhecimento populacional, criando uma sociedade menos preconceituosa, dando oportunidade de atuação às pessoas idosas através da valorização do potencial das mesmas e contribuindo para que programas de assistência comunitária, voluntários e privados, sejam desenvolvidos neste sentido. Da mesma forma, caberá à mesma, se conscientizar quanto a hábitos saudáveis de vida, dentro de uma visão de envelhecimento pautado na prevenção.

Está realmente aumentando o interesse pelo tema do envelhecimento ou segue sendo difícil incorporá-lo em certas disciplinas?

Sim, com certeza o interesse está aumentando na medida em que o número de idosos vem crescendo diariamente no mundo, causando impacto cada vez maior em várias áreas de desenvolvimento das nações. No entanto, ainda existe muito preconceito e a incorporação do tema envelhecimento às outras disciplinas ainda não é prioridade na maioria dos países.

Pessoas responsáveis por dar entrevistas.

Dr Renato Maia Guimarães - Presidente do Congresso Tel: (61) 2740366 e (61) 92128380 e-mail: remaig@uol.com.br Laura M. Machado - Presidente da Comissão de Comunicação Tel: (21) 93876989 (21) 22476120 (21) 22749463 e-mail: lmachado@attglobal.net

Se houver solicitação de entrevistas regionais:

Brasília: Dr Renato Maia Guimarães (Congresso como um todo) Rio de Janeiro: Laura M. Machado (Violência e Congresso como um todo) São Paulo: Dra Anita Néri anitalbn@uol.com.br São Paulo: Dra Mônica Perracine monicap@gerocare.com.br Rio Grande do Sul: Dr Emilio Moriguchi moriguch@terra.com.br Minas Gerais: Dr João Carlos Machado (Demências, Doença de Alzhheimer) jcmachado@attglobal.net

Por temas:

Reminiscências, Psicologia do envelhecimento Dra Anita Néri (SP)

Centenários e Doenças crônico degenerativas (Cardio-vasculares e Câncer): Dr Emilio Moriguchi (RS)

Envelhecimento Rural e Demografia do Envelhecimento: Ana Amélia Camarano (RS) aac@ipea.gov.br

Reabilitação e Prevenção: Dra Mônica Perracine (SP)

Cuidados Paliativos, O "direito" ( as aspas são minhas, Theresa Catharina) de morrer, Eutanásia (RJ) Dra Claudia Burla cburla@gbl.com.br

Violência e Maus-tratos: Laura Machado (RJ)

Gerontologia Ambiental: ??????

Prevenção e Promoção da Saúde: Dr Salo Bucksman (RJ) Presidente da SBGG/RJ

BNED: NG FONTE: 18º CONGRESSO MUNDIAL DE GERONTOLOGIA CONTATOS: LAURA M. MACHADO TELS: 21 22476120/21 93876989 E-MAILS: lmachado@attglobal.net PALAVRA-CHAVE: RJ PALAVRA-CHAVE/RAMO DE ATIVIDADE: FEIRAS&EVENTOS PALAVRA-CHAVE/EMPRESA: 18º CONGRESSO MUNDIAL DE GERONTOLOGIA

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