" Extremo Sul " ( Brasil, 2005), cor, 
			92 min., dirigido por Sylvestre Campe e Monica Schmiedt , 
			com distribuição Europa Filmes, tem no elenco:
		
			 
		
			Nelson Baretta, Ronaldo Franzen Jr. e Eduardo Hugo López.
		
			 
		
			" Em março de 2003, cinco alpinistas montaram um acampamento no 
			extremo sul da Terra do Fogo, um dos locais mais inóspitos do 
			planeta.
		
			Enfrentando o frio, a chuva constante, a neve e os ventos fortes, é 
			realizada uma expedição para escalar o Monte Sarmiento, montanha 
			pouco explorada mas bastante conhecida pela sua beleza, pelo 
			isolamento e perigo. "
		
			 
		
			É  surpreendente, como obra cinematográfica, pelo fato de tudo ter 
			saído diferente ( do roteiro original), " errado ", contrariando o 
			que fora cuidadosamente planejado... e, apesar disso, dessa grande 
			frustração, os cineastas conseguirem fazer um filme perturbador, 
			belo, misterioso em perguntas essenciais sobre a natureza, a vida, o 
			ser humano.
		
			 
		
			E ganharem, com o filme, um troféu  cinematográfico -  Gran Premio - 
			Genziana D´Oro, no 53º Trento Film Festival, premiação nunca
		
			 antes  concedida a uma produção brasileira no gênero 
			aventura/alpinismo!
		
			 
		
			" Nessa expedição, só a montanha é de gelo. " ( frase da divulgação)
		
			 
		
			Quando todos os protagonistas desistiram de realizar o seu sonho, o 
			seu projeto, os cineastas superaram a guinada do destino, para 
			concluírem,  apesar do que seus esforços e sua dedicação não 
			conseguiram realizar ( ! ), o seu documentário inesperado, e por 
			isso muito especial.
		
 
		
			Eu já me preparava para assistir a " Extremo Sul "  no dia seguinte, 
			quando encontrei, saindo da sala de exibição do cinema, um amigo 
			paulista, médico psiquiatra, que estava " nas nuvens ", 
			impressionado com o filme.
		
			 
		
			Mesmo sabendo o desfecho da história, " Extremo Sul " me reservou 
			grandes surpresas com a sua narrativa, enriquecida por imagens e 
			sons de arquivos históricos; as informações sobre os primeiros 
			habitantes da área; com os seus diálogos documentais, suas palavras 
			reveladoras e a natureza como locação externa privilegiada, senhora 
			absoluta, ativa e atuante, hipnotizadora e mágica.  Sempre 
			misteriosa e ativa, encantando e atraindo...e atemorizando também.
		
			 
		
			Theresa Catharina de Góes Campos