Theresa Catharina de Góes Campos

  SONHOS DE NATAL
Faustino Vicente*

Família reunida, mesa farta e muitos presentes, este é o sonho de milhões de pessoas para a festa da noite de Natal. Há os que,embora possam fazê-lo, dispensam essa forma de comemoração. Existem,ainda, aqueles que,embora desejassem,não participam pelas mais variadas circunstâncias.Em qualquer das três alternativas é possível um Natal Feliz, desde que se tenha a convicção das reais,e sublimes,motivações que a data representa. Felicidade é estado de espírito.

A história,e a trajetória triunfal,do anfitrião natalino - Jesus Cristo - nos legou o poder supremo da espiritualidade - "a dimensão mais nobre do ser humano,que o move à transcendência". Ela pode ser manifestada através de ações práticas dos dois mandamentos mais importantes: amar a Deus sobre todas as coisas e, semelhante a este, amar o próximo como a si mesmo.Esse grau de importância foi expresso pelo próprio Cristo,quando questionado a respeito. Na evolução espiritual encontra-se o segredo que harmoniza as necessidades humanas: saúde (física e mental), convivência familiar, relacionamento social, exercício profissional e condições financeiras. O equilíbrio entre esses fatores é decisivo para o nosso bem-estar.

Devemos nos conscientizar de que o responsável pela maior festa da cristandade,também sonhou,quando de sua passagem pela terra.Sonhou com um mundo de fartura para todos, tendo nos deixado a flora,a fauna e os recursos do solo e do subsolo.Sonhou,e pregou,a paz entre todos os povos do planeta azul.Sonhou com uma sociedade mais igualitária economicamente e mais justa socialmente.Sonhou com a inexistência da discriminação,do preconceito e de qualquer tipo de exclusão social.Sonhou com a prática da fé, da esperança e da caridade - as três virtudes teologais - que poderão ser compreendidas pela leitura, e reflexão, dos textos bíblicos.

O Natal é uma oportunidade (a mais),que temos anualmente, para fazermos um balanço da nossa vida espiritual, e para erradicarmos as "ervas daninhas" que insistimos em cultivamos em nossa mente - os nossos sentimentos negativos.Podemos agregar valores se entendermos,definitivamente, que é dividindo que se soma.Os fundamentos do cristianismo não servem apenas para cada um de nós,mas podem ser aplicados em qualquer atividade humana,inclusive, na gestão empresarial.Visão,missão,princípios,normas de procedimentos e metas,elementos que ganharam status organizacional no século XX, constam nas Escrituras da forma explícita.

Entre as referências bíblicas encontra-se a construção da Arca de Noé (Gênesis 6: 14 e 16) cujas especificações detalhadas nos fazem lembrar da ISO (International Organization Standardization). Norma técnica internacional de certificação de qualidade assegurada. A ISO pode ser entendida como - escreva o que, e como você faz, e faça como você escreveu.Célebre,também, é a exemplar lição de planejamento estratégico revelada por José do Egito,administrador admirável, (Gênesis 41: 37 a 45) podendo ser comparado com o CEO (Chief Executive Officer) - Presidente Executivo de hoje.Ele soube, com extrema competência, administrar os sete anos de fartura e os sete anos de escassez. As vagarosas e silenciosas passadas de Moisés pelo deserto,na caminhada à Terra Prometida,o colocaram na galeria de protagonistas históricos, pelos valores que ele agregou à gestão de recursos humanos. Ele pode ser considerado o pai da descentralização do poder e da gestão participativa (Êxodo 18: 13 a 26).

Daniel,nomeado pelo Rei Nabucodonosor, governador de toda a província, administrou a então poderosa Babilônia,com a ajuda de seus três amigos: Sidrac,Misac e Abdénago. (Dan.2: 48 e 49) Ler, refletir e vivenciar os ensinamentos contidos na Bíblia são as pegadas que Jesus deixou para os cristãos conquistarem qualidade de vida, felicidade e a salvação eterna.

*Faustino Vicente - Consultor de Empresas - e-mail: faustino.vicente@uol.com.br - tel.(0xx11) 4586.7426 - Jundiaí (Terra da Uva) - SP
 
 

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