DO ÂMAGO DE MEU ESPÍRITO - Theresa Catharina de Góes Campos
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Dedicatória Expressa Generosidade
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AOS ESTIMADOS DESTINATÁRIOS DE MEUS E-MAILS - Theresa
Catharina de Góes Campos
Palavra de Amigo
O Dever da Leitura Atenta
UNIVERSITÁRIO EXPRESSA GRATIDÃO À PROFESSORA - Carta de
Marcelo Arcelino de Magalhães
Artistas e suas obras devem ser divulgados
Garimpar tesouros
O privilégio de publicar textos de Reynaldo Ferreira
Cumprimentos pelo Dia do Jornalista
Colaboração para resgate de textos antigos
BERÊ BAHIA comenta MEU PRIMEIRO LIVRO
Digitalização dos meus primeiros livros
O Reconhecimento como Jornalista
A Recuperação dos Meus Escritos Dispersos
A Consulta Médica: Uma Prática em Crise?
Palestra Discute Ética nos Meios de Comunicação
Fiz Nova Revisão... Para Melhorar!
Luta Pelos Direitos dos Jornalistas
O Jornalismo Deve Contribuir Para a Sociedade
Artigos de Theresa Catharina sobre Cinema
HERANÇA DE PALAVRAS
Querida Tia Therezita, fiquei muito emocionada com esta
sua frase sobre os textos, poemas e poesias escritos
pela senhora: "são palavras de uma vida inteira, que
resumem toda a minha existência, a minha verdadeira
herança como pessoa e profissional."
Muito interessante mesmo.
Beijos, de sua sobrinha, Elizabeth
SOBRE THERESA CATHARINA Existe Vida sem Poesia?
A jornalista Theresa Catharina de
Góes Campos acaba de reunir em livro – Existe
Vida sem Poesia? – boa parte de sua extensa
produção poética, até aqui esparsa, constituída
de versos de tom bastante emotivo, escritos ao
longo do tempo em três idiomas, além do
português, os quais espelham as diversas fases
de sua rica, sofrida e luminosa existência.
Na verdade, o brilho geral do
livro, dedicado aos familiares da autora, é
composto pela oportunidade que ela dá ao leitor
de empreender, em sua companhia, uma viagem ao
recôndito de seu coração para conhecer não só a
alegria que esbanja de viver, como também as
razões que a levam, por impulso, a escrever
poemas. Naturalmente, para quem espalhou poesia
em sua vida, como ela confessa, existem
infindáveis sentimentos geradores dessa nobre
atividade.
Todo poema, conforme admite
Theresa Catharina, tem um passado, uma história
a ser contada: Versos há que chegam / tão de
mansinho / como a luz da madrugada. / Recebem o
orvalho da manhã; / deixam-se seduzir / pelo
encanto do beija-flor. Há alguns, porém,
que, segundo ela, parecem borboletas! E
outros condenados / ao silêncio, impedidos /
de cantar. / Sinos quebrados. Muitos reagem,
conforme explica. Rebelam-se, exigindo, com voz
firme, o seu lugar no mundo. Há até os que usam
disfarces (máscaras) e artimanhas para que se
lhes retirem a mordaça.
A poetisa não usa, contudo, essa
busca da história de seus versos para omitir ou
falsear fatos de sua vida. Pelo contrário. É
nessa ingente tarefa que ela se mostra em
retrato de corpo inteiro. Em um poema, de muita
força dramática, por exemplo, exalta a coragem
de sua mãe, que a resgatou, em um país
estrangeiro, da violência, a que então se
submetia, no cotidiano de sua vida conjugal:
Dias de medo e de
horror, / de violência diária, / disfarçada e
cruel. / Anos de solidão, / dias sem sol, / nem
luar. / Dias sem luz, / anos ausentes de
proteção. / Anos sem paz, / sem visão de
esperança.
Tudo isso, entretanto, a autora
procurou esquecer. Em outro poema, ela afirma:
Nada foi estéril: tudo deu bons frutos. E
acrescenta: Nada infértil se mostrou. /
Derrotas e vitórias deram frutos... / ainda que
em meio a lágrimas. / Nada, absolutamente nada /
na minha existência se perdeu. / O ideal a tudo
transfigurou. Reconquistada a liberdade, de
volta ao âmbito da família, a jornalista
procurou alimentar o espírito por meio
principalmente do cinema, sua paixão desde os
tempos de criança. Por isso, em homenagem à
Sétima Arte, há muitos haicais em seu livro,
além de uma profusão de poemas inspirados em
filmes famosos, como Blade Runner, O
Jardineiro Espanhol, Imensidão Azul,
O Turista Acidental, Hiroshima, Meu
Amor, e O País de São Saruê.
Inspirando-se em Mouchette,
obra-prima de Robert Bresson, Theresa Catharina
assim verseja: Ainda que o corpo se recuse, /
o coração tem que reagir / e continuar a crer, a
esperar, / mesmo que as lágrimas / se recusem a
parar / de envolver nosso rosto / empalidecido e
chocado / porque a solidariedade / não nos
resgatou / do desespero. Também a literatura
de Antoine de Saint-Exupéry (Terra dos Homens)
a leva a escrever, originalmente em francês, em
Paris, estes versos, que aqui vão na tradução
dela para o português:
Tudo se vai dizer / às estrelas d´Exupéry. / Mas
é preciso se calar / diante dos homens /
perdidos no deserto / do seu orgulho. / Vamos
correr / diante das flores, / embora não, / se
ouvirmos os ruídos / da guerra. / É preciso
muita coragem, / muito amor, / para se falar aos
homens. / Com as flores, / podemos falar de
amor. / Com as estrelas / podemos conversar /
sobre a ternura / escondida no coração puro / do
Pequeno Príncipe.
No poema que dá título ao livro,
a poetisa confessa não ter mais segredos, nem
confidências: Meus versos disseram tudo –
ela complementa. Há, porém, dois traços
característicos da personalidade de Theresa
Catharina que precisam ser aqui destacados: o
primeiro é a sua pertinaz e corajosa luta contra
o câncer, que ela vem vencendo, há mais de uma
década, graças à perícia de seu médico
certamente e ao seu espírito de perseverança, de
não deixar a peteca cair, como diz, que
ela sintetiza também em poesia: A vida
precisa ser assim... / Olhe a peteca, não deixe
cair! / Mantenha vivas as cores / e os perfumes
da existência / Mantenha a vida em movimento, /
caminhando até no silêncio / das meditações
escolhidas. O segundo é a sua extraordinária
confiança no poder da amizade:
Louvado seja Deus, / pelas
bênçãos da amizade / que nos resgata do egoísmo
atrofiante.
A muitos amigos, por isso, a
autora de Existe Vida sem Poesia? oferece
versos como se fossem presentes ou flores numa
maneira, conforme explica, num poema, intitulado
Assédio Poético, de estabelecer maior
comunicação entre as pessoas queridas. Mas
ela teme também que essa atitude, própria de
poetas que vivem no mundo da lua, importune a
muitos dos destinatários. Em vista disso, se
escusa: Que nos desculpem os amigos / por
nossa impertinência. / Que nos perdoem o assédio
poético. / Somos culpados, reconhecemos. / A
nosso favor, digo apenas, que / vivemos com o
coração na mão, / sempre a pulsar, fazendo
poesia. / inclusive para ofertá-la aos amigos...
Que, por sinal, somos muitos.
REYNALDO DOMINGOS FERREIRA
De: Tereza Lúcia
Halliday
Data: 27 de junho de 2010 18:21
Assunto: Re: EXISTE VIDA SEM POESIA? - Comentário de
Reynaldo Domingos Ferreira
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Que belíssima resenha, Therezita!
Disse tudo, sem contar tudo o que o leitor deve ir
buscar por si próprio na leitura de sua estrada poética
- estrada de vida exemplar.
Um beijo, Tereza Lúcia.
De: bere bahia
Data: 28 de junho de 2010 09:23
Assunto: Re: EXISTE VIDA SEM POESIA? - Comentário de
Reynaldo Domingos Ferreira
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Olá, Amiga,
Gostei de ler estas considerações do Reynaldo sobre o
teu trabalho e exemplo de vida.
Parabéns, Berê Bahia
De: elizabeth barros
Data: 28 de junho de 2010 19:46
Assunto: Re: Agradecendo as suas palavras de
incentivo...Fwd: Adoramos o novo livro da senhora, ficou
maravilhoso!!!
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
(...)
Adorei o texto que Reynaldo fez com tanto carinho sobre
o novo livro da senhora (Existe Vida sem poesia?).
A senhora deve ter ficado muito emocionada com as
palavras desse amigo tão especial. Parabéns, a senhora
merece.
Um abraço afetuoso de Elizabeth
De: VICTORIA ELIZABETH
BARROS
Data: 28 de junho de 2010 22:30
Assunto: Existe Vida sem Poesia?
Para: theresa.files
Querida irmã Therezita, passamos um final de semana
calmo e feliz sem grandes novidades, acompanhando os
jogos da Copa, torcendo pelo Brasil em casa e
aproveitando para descansar e ler seu livro, com tão
belas poesias e nos transportando a vários locais ,
momentos que marcaram profundamente nossas vidas,
relembrando pessoas e fatos de um passado longe , outros
mais recentes, enfim, uma leitura agradável, mas também
difícil, sobre alguns períodos bem difíceis de sua vida.
Posso até confessar que estou podendo conhecer mais
profundamente sua alma, seu coração, sua pessoa tão
sensível e sofrida, mas também com muita fé e vontade de
viver e continuar fazendo outras pessoas felizes, dando
seu exemplo de como vencer os obstáculos e fazendo de um
sofrimento uma vitória, um aprendizado para enriquecer
ainda mais sua experiência de vida. Li com muita atenção
o comentário do seu amigo Reynaldo sobre seu livro
"Existe Vida sem Poesia?" e, realmente, ele conseguiu
traduzir com palavras muito verdadeiras e belas esta sua
obra literária que revela de forma transparente sua
trajetória por caminhos diversos e a riqueza dos
detalhes que encanta pela forma humana de captar a
beleza do ser humano, do universo e das palavras,
criando uma eterna poesia, seu verdadeiro e especial
mundo, que a torna feliz e dando um objetivo para
continuar vivendo. Parabéns mais uma vez pelo seu lindo
e encantador livro que tenho certeza vai iluminar a vida
de muitos leitores.
Beijos da irmã Victoria
De: VICTORIA ELIZABETH
BARROS
Data: 18 de julho de 2010 11:10
Assunto: Re:Existe Vida sem Poesia?
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Querida irmã Therezita,
(...), pois está se recuperando de uma recente separação
(...). Vou levar seu novo livro para dar de presente,
pois contém muitas lições de vida.
(...)
Beijos carinhosos de todos e saudades da irmã que muito
a ama e admira. Victória
A TERNURA EM "EXISTE VIDA SEM POESIA?"
De: Tereza Lúcia Halliday
Data: 4 de janeiro de 2011 18:39
Assunto: Existe vida sem poesia?
Para: Theresa Catharina de Goes Campos
Querida Therezita:
Não me comuniquei com você (...) porque só queria
fazê-lo depois de dar um primeiro passeio pelo seu
livro.
Primeiro, sim, pois haverá muitos outros - o território
é vasto e denso.
Como leitora, eu refraseio o título: "Existe vida melhor
sem poetas?"
Ao compartilhar seu mundo, você nos incita a pensar o
nosso e o mundo at large*.
'Visitei" vários poemas seus, revisitei haikais...
O seu texto em prosa sobre o uso dos celulares, diz tudo
o que eu sinto sobre o assunto.
Obrigada por me presentear com sua coleção de poemas de
toda uma vida, tecida com realizações, sofrimentos, e
ternura, muita ternura. " (...)
Um carinhoso abraço,
Tereza Lúcia
* "at large" - em geral
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De: Heloisa Guimaraes
Data: 5 de janeiro de 2011 12:20
Assunto: Re: A TERNURA EM "EXISTE VIDA SEM POESIA?" -
Tereza Halliday
Para: Theresa Catharina de Góes Campos
As palavras da Thereza Halliday expressam, com justeza,
tudo aquilo que sentimos na fruição desta sua linda
obra.
Abraços carinhosos,
da amiga Heloisa Helena
No primeiro número
da Revista "SENATUS", Theresa Catharina de Góes Campos
foi membro da Comissão Técnica, escrevendo também os
textos sobre Athos Bulcão (p. 29 - 31) e o Museu do
Senado Federal (p. 93 - 95), um trabalho que teve
destaque no Editorial da publicação (p. 6).
http://www.senado.gov.br/publicacoes/revistaSenatus/pdf/Senatus_Vol1.pdf |